MDB oficializa Meirelles como candidato à Presidência e cogita Marta para vice
Com Agências
Sem alianças formadas e sem a unanimidade da legenda a respeito de Meirelles, partido de Michel Temer faz sua convenção nacional nesta quinta
O MDB realiza, nesta quinta-feira (2), em Brasília, a convenção nacional do partido, que confirma a candidatura do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à Presidência da República. A escolha do nome que vai compor a chapa, assumindo o cargo de vice, caso a legenda ganhe, ainda está em aberto.
O próprio nome de Henrique Meirelles não é visto com bons olhos pela unanimidade do partido. O senador Renan Calheiros (MDB), por exemplo, afirma que essa candidatura seja "um mico" e "um tiro no pé do partido", que reúne o maior número de políticos com mandato.
Além do presidente da República, Michel Temer , o MDB tem quatro ministros, cinco governadores, 51 deputados federais, 18 senadores, 118 deputados estaduais e 1.049 prefeitos. De acordo com os dados divulgados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é também a legenda com maior número de filiados: totalizando 2.394.547.
Apadrinhado por Temer, Meirelles conta com a maioria absoluta dos 598 votos na convenção. Quando seu nome vai para fora do partido, o apoio ainda é pequeno: possui apenas 1% das intenções de voto. Além disso, o partido não possui alianças externas. Atualmente, o partido e o ex-ministro defendem a busca de uma mulher para o posto de vice. Essa escolha deve ficar para a Executiva Nacional, mas alguns nome já foram cogitados. Por exemplo, o da senadora Marta Suplicy (MDB) – segundo O Estado de S.Paulo . Afinal, depois de 24 anos sem encabeçar a disputa, o MDB pode acabar tendo uma vice do próprio partido.
Por sua vez, o ex-ministro se apresentará como homem de sucesso no setor privado e responsável pelas políticas econômicas adotadas nos governos Temer e Lula , em busca do espólio eleitoral do petista. Inclusive, há pouco tempo, ele divulgou nas redes sociais um vídeo no qual o petista o elogia.
Embora queira se aproximar do petista e seja apadrinhado por Temer, Henrique Meirelles deve tentar se desvincular do presidente emedebista durante a sua campanha. Isso porque a alta impopularidade do presidente (82% de reprovação) poderia contaminar não apenas a candidatura de Meirelles como quem dele se aproximar.