Mais uma federação partidária caminha a passos largos para sua formalização junto ao Tribunal Superior Eleitoral, com efeitos políticos diretos no Tocantins. A nova composição é formada pelo PSDB, pelo Cidadania e pelo Podemos, e contará com 30 deputados federais, nove senadores, além de governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.
Por Edson Rodrigues
Uma fonte informou que o processo está 98% definido e que a próxima fase é a redação do contrato da federação. Antes, no entanto, estão sendo aparadas arestas em cenários regionais, já que em alguns Estados esses partidos têm lideranças políticas que são adversárias.
O arranjo tem impacto direto nas próximas eleições, alterando a chapa de vereadores e fazendo com que os partidos da federação tenham um candidato único à prefeitura.
Prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, PSDB
Dentre esses estados, no Tocantins a federação contará com a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, seu esposo, deputado estadual Eduardo Mantoan, do PSDB, e Eduardo do Dertins, do Podemos, além de seis prefeitos e diversos vereadores nos 139 municípios.
Eduardo do Dertins, do Podemos
As cúpulas das três legendas já decidiram que nas cidades com mais de 100 mil eleitores haverá, obrigatoriamente, um candidato da Federação a prefeito. Logo, Palmas será uma dessas cidades no Brasil, principalmente pelo fato de ser a Capital do Tocantins, tr mais de 200 mil eleitores – o maior colégio eleitoral do Estado – e onde a associação desses partidos já terá um deputado estadual com berço eleitoral justamente em Palmas.
MAIS UMA PEÇA NO TABULEIRO
A iminente federação partidária entre PSDB, Cidadania e Podemos torna-se mais uma peça no tabuleiro sucessório municipal em todo o Tocantins, principalmente em Palmas, somando-se às demais que já se encontravam no jogo, que passa a ter contornos de um quebra-cabeças que dinheiro nenhum no mundo pode pagar para ser montado nesta reta inicial, em que há muitos pré-candidatos mas, que porém, nenhum pode ser considerado favorito a ir para o segundo turno, que se horizonta, justamente, pelo número de candidatos.
O Observatório Político de O Paralelo 13 vem acompanhando de perto esse processo sucessório antecipado que se instalou na Capital do Tocantins e as incertezas que se avolumam a cada dia, a cada novidade, a cada mexida de peças ou, como neste caso, à inclusão de mais uma peça no tabuleiro em que está sendo jogado o jogo da sucessão.
FALTA COMBINAR COM O POVO
Muitas serão as novidades e reviravoltas que acontecerão no jogo sucessório, à proporção que os meses, as semanas e os dias vão diminuindo a distância para o pleito eleitoral de outubro de 2024. O jogo ainda nem começou a ser jogado, mas o caldeirão político de Palmas já ferve, entre intrigas, picuinhas, jogadas de mestre e gafes que vão, naturalmente, filtrando os nomes das peças que terão reais condições de participar do jogo sucessório.
Mas, e o povo? A voz do povo já foi levada em consideração por algum dos pretensos candidatos á prefeito da Capital do Tocantins?
É bom que tenham início os debates, os encontros com lideranças populares, as visitas aos bairros mais carentes de investimentos públicos e as conversas olho no olho com a população.
Afinal, sem o povo, ninguém é eleito. E sem conhecer o povo, ninguém se torna conhecido.
Vamos aguardar que os políticos “descubram a roda” que faz andar uma eleição, que é a proximidade e o conhecimento com o povo. Só após essa “combinação” é que uma peça estará realmente habilitada a fazer parte do tabuleiro sucessório.
Quem avisa amigo é.