Informação foi divulgada pela TV Cultura no começo da tarde desta terça, minutos depois de a coletiva do governo de São Paulo sobre o caso ter sido encerrada
Com Estado de Minas
Um laudo médico emitido pelo Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a causa da morte do voluntário da CoronaVac - vacina produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan -, que fez a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interromper os testes de forma imediata, foi suicídio. A informação foi divulgada pela TV Cultura, no começo da tarde desta terça-feira (10).
De acordo com o canal, o IML deve divulgar o laudo, oficialmente, às 17h. Minutos antes de a TV Cultura dar a informação, uma coletiva foi realizada pelo governo de São Paulo para explicar o 'evento adverso grave' utilizado pela Anvisa, nessa segunda (9), para interromper os testes. Os membros da cúpula paulista evitaram falar em morte, mas já haviam adiantado que o falecimento não tinha relação com a vacina, que foi aplicada na terceira fase de testes da CoronaVac.
"Como eu disse, do ponto de vista clínico do caso e nós não podemos dar detalhes, infelizmente, é impossível, é impossível que haja relacionamento desse evento com a vacina, impossível, eu acho que essa definição encerra um pouco essa discussão”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Covas e o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, evitaram falar em morte. Apenas o secretário-executivo do comitê de contenção do coronavírus de São Paulo, João Gabbardo, admitiu que o voluntário havia falecido, mesmo assim, sem especificar a causa, por “sigilo e questão de ética”.
Na coletiva desta manhã, Covas, Gorinchteyn e Gabbardo questionaram a decisão da Anvisa de interromper os testes. Uma reunião entre o governo de São Paulo e o órgão foi realizada nesta terça. Os documentos para a retomada dos estudos foram reenviados e a expectativa é que tudo volte ao normal nos próximos dias.
Nesta manhã,
o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao responder um apoiador, disse que havia "ganhado" do governador de São Paulo, João Dória, após a Anvisa interromper os testes da CoronaVac.
"Morte, invalidez, anomalia... esta é a vacina que o Doria quer obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", disse, em resposta.