Presidente da Câmara citou sanções se não houver cumprimento de défict; e quer que Haddad explique proposta a líderes
Por Lis Cappi
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou que o governo cumpra a meta fiscal. Em evento com empresários nesta 2ª feira (6.nov), realizado pelo BTG Pactual, ele afirmou que poderão haver consequências em sanções econômicas, caso não haja o cumprimento do défict fiscal.
"Se não atingir [déficit zero], não é porque não quer. É porque não conseguiu mesmo. E se não conseguir, tem as consequências do arcabouço que serão aplicadas", declarou Lira, em defesa que a meta de déficit fiscal em 2024 seja zero.
A declaração veio em um período de discussões econômimcas para as estimativas ao ano de 2024. Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que dificilmente o governo vai zerar défict, como proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A posição do presidente diverge da equipe econômica.
Como forma de maior de debate no Congresso, Lira ainda sugeriu que Haddad explique qual será a proposta do governo ao colégio de líderes.
"Propus ao ministro Haddad que ele vá a uma reunião com o Colégio de Líderes, como fez na transição, como fez no novo arcabouço fiscal, como fez na reforma tributária, e, numa parceria franca, explique as propostas", afirmou.
Além da questão do crédito fiscal, Lira citou necessidade em discutir impactos ao mercado. "É preciso construir um texto que seja razoável, que dê ao governo o que ele precisa, mas sem sangrar o direito adquirido e sem prejudicar os estados e os empresários que fizeram investimentos", reforçou .