AEROPORTO: O INFERNO DOS POLÍTICOS CORRUPTOS De acordo com a revista Veja, uma distância de menos de 100 metros separa a entrada do Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, do portão de embarque para voos nacionais. O trajeto, ladeado de guichês para a emissão de bilhetes aéreos, pode ser concluído em menos de um minuto – tempo que passaria despercebido para a maioria dos passageiros que por ali circula, mas o caminho mais assustador para os políticos que voltam para casa todas as semanas. É onde o povo – ou simplesmente manifestantes – tem a oportunidade de um encontro cara a cara com algumas notórias personalidades normalmente inatingíveis. “Olhem, é o deputado do dinheiro na cueca. Cadê o dinheirinho, deputado?” Assim foi recebido José Guimarães (PT-CE), o ex-líder do governo Dilma Rousseff, na última quinta-feira, ao dar os primeiros passos no corredor do pânico. E seguem os xingamentos: “Safado”! “Corrupto!”. Os manifestantes se referiam ao famoso caso em que um assessor do petista foi flagrado com dólares na cueca, em 2005. Era a segunda investida dos manifestantes. A primeira foi contra o deputado Celso Russomano, do PRB de São Paulo. “Ladrão!” “La…”! Alguém avisou que Russomano não estava envolvido na Lava Jato. O publicitário Fernando Souza, 29 anos, explica que eles procuram “os peixes grandes da Lava Jato”. “Cadê o Waldir Maranhão?”, perguntou outro.
GOVERNO DO RIO PARCELA SALÁRIOS DE NOVEMBRO EM ATÉ NOVE VEZES Segundo o jornal “O Tempo Brasil”, o governo do Rio anunciou que vai pagar em até nove parcelas os salários de novembro de uma parte dos servidores ativos, inativos e pensionistas. Os depósitos ocorrerão entre os dias 23 de dezembro e 17 de janeiro. A medida foi adotada porque, com receitas em queda e desequilíbrio fiscal, o Estado não tem dinheiro para quitar seus compromissos. Já os funcionários ativos e inativos da área de Segurança receberam os vencimentos integralmente ontem, 16. São policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários. Na quarta-feira, 14, foi feito o pagamento para os servidores ativos da Educação. De acordo com o governo, os valores totais pagos representam 59,8% da folha de novembro, que é de R$ 2 bilhões. O Estado informou ainda que os servidores que ganham os menores salários terão os vencimentos quitados integralmente já nas parcelas iniciais.
LAVA JATO PODE CAUSAR ESTRAGO POLÍTICO SEM PRECEDENTES EM 2017
A Folha de São Paulo afirma em matéria que não é exagero prever que a Lava Jato tem potencial para causar um estrago político sem precedentes em 2017, mesmo após um ano marcado por eventos imprevisíveis na investigação mais profunda que o país já viu.
As últimas semanas de 2016 sinalizam o que vem por aí. Enquanto este texto era escrito, dezenas de executivos da Odebrecht prestavam depoimento para corroborar o que informaram no acordo de delação premiada.
Ao todo, 77 funcionários do grupo contam em detalhes como funcionou um engenhoso esquema de corrupção com políticos do governo federal e do Congresso, governadores, e outros tantos nomes já implicados nas conversas preliminares.
O INÍCIO DA CONFISSÃO DOS ODEBRECHT ANUNCIA O FIM DO AMIGO LULA De acordo com a Veja, Dura é a vida de petista no Brasil da Lava Jato. No começo desta semana, por exemplo, a seita dos devotos de Lula fez o possível para animar-se com o desempenho do chefão no Datafolha. A pesquisa informa que, se a eleição de 2018 fosse realizada agora, o único líder popular do mundo que só se apresenta para plateias amestradas venceria no primeiro turno candidatos que, como ele, acabarão impugnados pela Odebrecht. Se o índice obtido pelo ex-presidente não é lá essas coisas, a taxa de rejeição está perto de 50%. Metade do eleitorado quer ver pelas costas o antigo campeão de popularidade. O que restou do PT também fez o possível para entusiasmar-se com a chegada da Lava Jato a figurões do PMDB instalados na cúpula do governo Michel Temer, como se ninguém soubesse que a ladroagem do Petrolão resultou da parceria entre o partido do governo e a sigla que não consegue respirar longe do poder. O restante da semana reafirmou que, no Brasil enfim inconformado com a canalhice hegemônica, alegria de adorador de gatuno agora dura pouco. Nesta quinta-feira, a ofensiva contra os corruptos foi retomada pelas primeiras revelações de Marcelo Odebrecht e pelo detalhamento de bandalheiras envolvendo o patrimônio imobiliário do ex-presidente. Como insiste em jurar que não lhe pertencem propriedades que ganhou de empreiteiros amigos, o dono do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia só não recebeu de Guilherme Boulos uma carteirinha de sócio do clube dos sem-teto por ter registrado em cartório a posse do apartamento onde mora em São Bernardo. Alcançada no fígado pelo primeiro golpe da Odebrecht, a defesa de Lula avisou que não comentaria “especulação de delação” e enfiou o rabo entre as pernas.
TEMER QUER IMPLEMENTAR JORNADA FLEXÍVEL DE TRABALHO
Segundo o site “O Tempo”, O presidente Michel Temer quer permitir a contratação de trabalhadores por hora de trabalho, em jornada intermitente. A justificativa é que a medida que está sendo preparada pelo atual governo poderia reduzir o desempego no Brasil.
Isso significa que o empregador poderá escalar o funcionário em determinado horário e em dias diferentes da semana, uma espécie de jornada flexível. A ideia é que, com isso, o empregado possa manter mais de um emprego e receber os seus direitos trabalhistas de forma proporcional.
COM NÚCLEO POLÍTICO NO ALVO, TEMER PLANEJA “CHACOALHADA”
Conforme o jornal “O Tempo”, preocupado com os efeitos das delações de ex-executivos da Odebrecht, o presidente Michel Temer quer dar uma “cara nova” ao governo após a eleição para o comando da Câmara e do Senado, em fevereiro de 2017. O plano imediato de Temer para enfrentar a crise sem fim e se manter no cargo é mexer na equipe alvejada por denúncias de corrupção, substituir ministros ineficientes em áreas sociais e investir em mais medidas para alavancar o crescimento.
A permanência do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, é considerada incerta, apesar dos desmentidos oficiais. Temer, Padilha e Moreira foram citados na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. O nome do presidente também apareceu no depoimento de Márcio Faria, outro dirigente da construtora, à força-tarefa da Lava Jato.
PRISÕES ATORDOAM MEIO POLÍTICO
Conforme o jornal “O Tempo”, no momento em que a briga entre Judiciário e Legislativo esquenta com a disputa de forças em torno da nova versão dada pelos deputados ao pacote anticorrupção proposto pelo Ministério Público, os números mostram por que o mundo político anda atordoado com os desdobramentos da Lava Jato.
Só neste ano, a maior operação de combate à corrupção do país mandou para a cadeia oito políticos. Se forem somadas as prisões efetuadas em 2015, quando a investigação avançou pelos gabinetes do Legislativo, já são 15 presos, entre ex-ministros, ex-governadores, ex-senadores e tesoureiros de legendas – um número recorde de detenções por corrupção no Brasil, desde a redemocratização.
STF DETERMINA QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO E FISCAL DE DIRETÓRIO DO DEM
De acordo com o jornal “O Tempo”, o diretório nacional do DEM será investigado após autorização do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). O magistrado aprovou a quebra do sigilo bancário e fiscal do diretório referente ao período que compreende entre janeiro de 2012 a dezembro de 2014.
Além da investigação relacionada ao diretório, o ministro também autorizou a quebra do sigilo telefônico do senador José Agripino Maia (DEM-RJ), presidente nacional do partido; de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e de um primo de Agripino.
As medidas têm como prerrogativa um inquérito relacionado a um suposto esquema de propina na construção da Arena das Dunas, estádio que foi palco de jogos da Copa do Mundo de 2014. A Arena fica situada em Natal, no Rio Grande do Norte.
AJUFE NEGA QUE JUIZES FEDERAIS RECEBAM SALÁRIO ACIMA DO TETO
Segundo o Correio Braziliense, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) rebateu neste sábado (17/12), em nota, reportagem da revista Veja que afirmava que juízes federais, entre outras catagorias, receberiam salário acima do teto constitucional. A publicação informava que mais de 5 mil funcionários federais, do Judiciário, Legislativo e Executivo, teriam salário acima do permitido e que o prejuízo aos cofres públicos chegaria a R$ 30 milhões em único mês.
Na nota, a Ajufe afirmou que os juízes federais, incluídos na reportagem da VEJA, não recebem salários acima do teto. A associação explicou que o vencimento dos magistrados é composto por uma parcela fixa de subsídios e pela parcela eventual de gratificação por exercício cumulativo de jurisdição (paga apenas quando há acúmulo de jurisdição).
TSE USA PROVAS DO CASO SOBRE CHAPA PRESIDENCIAL PARA INVESTIGAR PARTIDOS
Conforme a “Uol Notícias”, provas obtidas no processo que apura se a chapa Dilma-Temer foi financiada com dinheiro proveniente de corrupção serão usadas pelo Tribunal Superior Eleitoral em investigações sobre a conduta dos partidos políticos, informou ao blog o ministro Herman Benjamin, relator do caso. “As provas coligidas (reunidas) para esse processo da chapa presidencial serão muito úteis na análise do comportamento dos partidos”, disse.
“Várias informações nem serão aproveitadas nesse processo, mas terão muita utilidade quando formos investigar os partidos”, explicou o ministro. “A maior parte dos 37 depoimentos que ouvimos trata da campanha de 2010. Alguns falam até de eleições anteriores. Isso não tem relevância direta para o processo presidencial, que é referente às eleições de 2014. Mas tem muita importância na apuração do comporamento dos partidos.”
ALÉM DA POPULARIDADE, TEMER PERDE CREDIBILIDADE
A “Uol Notícias” afirma em matéria que com a popularidade em queda livre, Michel Temer disse hoje que o caminho certo nem sempre é o mais popular. Afirmou que “não há mais espaço para feitiçaria”. Declarou que tem “coragem” e faz o que precisa ser feito: impõe um teto para os gastos públicos, propõe a reforma da Previdência. O presidente tem razão. Às vezes, os melhores remédidos são os mais amargos. O problema é que Temer não está perdendo apenas a popularidade.
Na pesquisa divulgada hoje pelo Ibope, alguns dados chamam especial atenção. Por exemplo: apenas 21% dos basileiros avaliam que o governo Temer é melhor do que a gestão Dilma. Para 42%, Temer é igual a Dilma. Para 34% Temer é pior que Dilma. Somando 42% com 34%, verifica-se que 76% dos brasileiros acham que tudo ficou a mesma porcaria ou piorou depois da saída de Dilma.
MAIS DO QUE DELAÇÃO DA ODEBRECHT, PLANALTO TEME POSSÍVEIS REVELAÇÕES DE EDUARDO CUNHA
Segundo a Folha de São Paulo, integrantes do governo Temer dizem ter informações de que o pior das delações já passou. Mas quem acompanha a Lava Jato de perto afirma que as colaborações de Marcelo Odebrecht e de seu pai, Emílio, ainda poderão render dores de cabeça ao presidente da República. Nos bastidores, no entanto, o que a cúpula do Planalto mais teme não são os depoimentos de ex-executivos da empreiteira, e sim a convicção de que Eduardo Cunha não ficará em silêncio por muito tempo.
Por aqui, ó! Cunha esperava que seus companheiros o ajudassem a tirá-lo da prisão rapidamente. Há dois meses trancado, dizem que sua paciência está rareando.
Alma e coração Há convicção no Planalto de que o ex-deputado falará de qualquer forma, mesmo que a Lava Jato não aceite firmar com ele eventual acordo de delação.
LAVA JATO CONCLUI DEPOIMENTOS DOS 77 DELATORES DA ODEBRECHT
Segundo o G1, em uma sala isolada, trancada, no terceiro andar do prédio principal do Supremo Tribunal Federal, está sendo preparada. É onde vai ficar toda a documentação dos acordos de delação premiada de executivos e ex-executivos da Odebrecht, 77 no total.
Só o ministro Teori Zavaski, relator da Lava Jato no Supremo, assessores e juízes da equipe dele terão acesso.
Como os delatores depuseram mais de uma vez cada um, os procuradores colheram mais de 800 depoimentos dos ex-executivos. O trabalho foi concluído nesta madrugada, tudo foi gravado em vídeo.
O material será encaminhado ao Supremo na segunda-feira (19), o último dia de trabalho antes do recesso no Judiciário. Ou seja, um tempo absolutamente curto para que tudo seja analisado antes do recesso, o que é considerado atípico.