Moraes e Dino votam para rejeitar recursos de Bolsonaro e manter condenação; veja placar

Posted On Sexta, 07 Novembro 2025 13:14
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Primeira Turma do STF começou a julgar argumentos das defesas do ex-presidente e de outros seis condenados do núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado

 

 

 

Com SBT

 

 

 
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (7) para rejeitar recursos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seis réus do núcleo 1 contra condenação por tentativa de golpe de Estado. Julgamento da Primeira Turma analisa embargos de declaração enviados por advogados. Flávio Dino começou a votar e acompanhou relator contra ex-mandatário e outros três condenados. No momento, placar é de 2 a 0 contra Bolsonaro (veja votos mais abaixo).

 

Sessão, no plenário virtual da Corte, começou hoje e ministros podem votar até 14 de novembro, às 23h59. "Diversamente do alegado pela Defesa de JAIR MESSIAS BOLSONARO, inexiste qualquer contradição no acórdão condenatório com relação à prática delitiva do embargante nos atos ilícitos ocorridos em 8/1/2023", escreveu Moraes em trecho da decisão, manifestando-se para manter condenação do ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão.

 

O ministro do STF, relator da ação penal da tentativa de golpe, também votou para rejeitar recursos apresentados por advogados de outros seis condenados do chamado núcleo crucial. Veja placar atual:

 

Alexandre Ramagem, deputado federal pelo PL-RJ e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin): 2 votos contra recursos (Moraes e Dino);

Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha: 2 votos contra recursos (Moraes e Dino);

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal: 1 voto contra recursos (Moraes);

Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): 1 voto contra recursos (Moraes);

Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República: 2 votos contra recursos (Moraes e Dino);

Paulo Sérgio Nogueira, general da reserva, ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército: 1 voto contra recursos (Moraes);

Walter Souza Braga Netto, general da reserva, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022: 2 votos contra recursos (Moraes e Dino).

 

O ministro relator afirmou que "não há qualquer contradição no acórdão condenatório" e defendeu a pena imposta ao ex-presidente, a maior entre os réus do núcleo 1 da tentativa de golpe. "A dosimetria da pena em face de JAIR MESSIAS BOLSONARO restou amplamente individualizada, tendo sido fixada com base nos parâmetros legais", disse.

 

"Inviável o argumento defensivo suscitando contradição ou omissão na dosimetria da pena, uma vez que o acórdão fundamentou todas as etapas do cálculo da pena em face do recorrente, inclusive especificando a fixação da pena de JAIR MESSIAS BOLSONARO com relação à cada conduta delitiva que o réu praticou. Assim, REJEITO as alegações de omissão e contradição na dosimetria da pena do embargante. Diante do exposto, REJEITO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS POR JAIR MESSIAS BOLSONARO. É o voto", finalizou Moraes, em documento de 141 páginas.

 

 

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