Nas entre linhas da sucessão Estadual

Posted On Quinta, 08 Março 2018 10:49
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Não há mais dúvidas sobre a falência da candidatura do prefeito de Araguaína, o ex-governadoriável do Partido da República (PR), do Senador Vicentinho Alves. Porém a pretensão do PR de ter uma cabeça de chapa sucumbiu por vários motivos: O prefeito Ronaldo Dimas é um político de resultados excelentes e com uma administração que conta com a aprovação do povo araguainense. Outra questão que parece óbvia é de que o grupo encontrou dificuldades para formar um grupo de apoio de peso no Estado, e como isso não ocorreu até um determinado tempo pode ter sido a luz de alerta à renúncia do gestor araguainense.

 

Por: Edson Rodrigues

 

Outra coisa que balançou e possa ser decisivo para o grupo ter jogado a toalha branca no solo, foi uma questão interna. A base política de sustentação a Dimas em Araguaína foi de dois vereadores. O presidente da Câmara dos empresários e da sua equipe. Todos taxativos em pedir, apelar para que Dimas não renunciasse.  Deve-se lembrar também que Dimas não e conhecido nas Regiões Centro Sul e sudeste, mas há informações de que o nobre prefeito ficou assustado com muitos líderes de partidos e pré-candidatos, todos questionando sobre valores financeiros para campanha. O prefeito, que destacou em gestões empresariais não está acostumado e ficou indignado com este assédio e tipo de linguagem.

 

Mas cabe ressaltar que o Partido da República está no páreo para o processo democrático sucessório. A pergunta é a quem o grupo dará apoio ao Governo?

 

Senado

A corrida ao senado da República, por enquanto, pode trazer surpresas com um fator que ninguém está analisando, mas que pode ser o divisor de águas nessa disputa. Quem terá condições logística de abastecer os candidatos a deputados Estadual e Federal, além de suprir as necessidades dos vereadores e lideranças municipais, afinal são eles os cabos eleitorais mais importantes na corrida em carrear pelo menos um dos dois votos que o eleitor terá direito.

 

Isso tem que ser levado a sério no momento de  fazer os cálculos de probabilidades, mas só começaremos a perceber isso após as convenções, e a campanha começar oficialmente nos programas, durante o horário eleitoral gratuito de propagando em que cada candidato a deputado estadual e federal começar a pedir apoio a seu candidato ao senado.

 

O senador Vicentinho Alves tem um trabalho muito importante como carreador de recursos para o Tocantins e todos os municípios, e é uma figura conhecida pelo eleitor tocantinense. Segundo consta, até o momento conta com o apoio de mais de 100 prefeitos do Tocantins. O número aponta um bom alicerce para colocar na balança na hora da busca de somatórias, já o ex-governador Siqueira Campos também está no páreo, e tem serviços prestados ao Tocantins com moral e credibilidade. Porém, um caso a parte a ser analisado com seus 92 anos, em qualquer palanque e quem será o seu suplente? Já o deputado César Halum, um político da Região Norte com ramificações políticas no bico do papagaio.

 

O ex-deputado federal Eduardo Gomes é outro nome que pode surpreender muita gente. O político tem agido sem problema algum com nenhum dos postulantes ao cargo de senador, e possui um bom relacionamento com todos os possíveis governadoriáveis. Hoje sem função eletiva Gomes continua fazendo um trabalho de qualidade junto as principais lideranças do Tocantins.

 

Vice-presidente nacional do Partido Solidariedade Eduardo Gomes tem bala na agulha, isso significa que tem caixa financeiro oficial para abastecer e contribuir com os candidatos a deputado Federal e Estadual que lhe apoiarem, isso pode ser o diferencial para por Eduardo Gomes em pé de igualdade com qualquer um dos mais cotados a uma vaga no senado. Trocando em miúdos: Gomes está no páreo para uma das duas vagas  ao senado da República.

 

Sucessão estadual

Apesar de a classe política brasileira passar por um período de desgaste social, haja vista o alto custo de vida, falta de oportunidades, violência, e dezenas de escândalos de corrupção, ainda assim, na hora de votar 90% do eleitorado terá um candidato ao governo. A maioria das famílias tocantinenses é goiana, mas com naturalidade em municípios que hoje estão no Tocantins.

 

Tem um, dois, e até três membros de sua família empregados no Estado, 89% destes em cargos comissionados ou contratos temporários. Isso é uma realidade nos 139 municípios tocantinenses, principalmente em Palmas.

 

Para muitos,  este fator tem um enorme peso na hora do voto. Quem irá assegurar a permanência dos funcionários não concursados? Quem acredita em que este item pode ser decisivo para esse ou aquele candidato, trabalhará como multiplicador dentro da família, o que pode assegurar ao governo uma das vagas ao segundo turno, para a disputa eleitoral. 

 

Até Breve