Mal começou seu terceiro governo e Luiz Inácio Lula da Silva já se mostra incapaz de discernir entre os equilibrados e os aloprados – termo que o próprio presidente da República usou para classificar alguns membros do PT – agindo de forma visceral, quando o Brasil precisa, urgentemente, de um governo que aja de maneira racional, em meio a tantas demonstrações de ódio e radicalismo.
Por Edson Rodrigues
Uma ala do PT, já chamada pela grande mídia de “raivosos” - instiga Lula ao revanchismo e a ações que ou imitam Bolsonaro ou fazem o “Lulinha paz e amor” ser uma coisa de um passado bem distante.
A hora é de todos buscarem a pacificação do Brasil, seja Executivo, Legislativo ou Judiciário, é dever de cada um dos Três poderes avançar por um Brasil mais coeso, unido e equilibrado, para o bem de todos os brasileiros, antes que seja tarde demais.
As ações do Judiciário - leia-se STF – devem ser reservadas à própria |Justiça, sem interferência ou incitamento do poder Executivo, venha de onde vier a acusação. É hora de todos se desarmarem em busca de uma harmonia mínima, pela pacificação efetiva do Brasil.
BNDES, PATRIMONIO DO POVO BRASILEIRO
Reportagens sobre empréstimos não pagos ao BNDES
O aparelhamento do BNDES, deixado nas mãos de Aloizio Mercadante, indiciado por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, durante a investigação da Operação Lava Jato, precisa ser acompanhado de perto por todos os membros do Congresso Nacional.
Os recursos disponíveis no Banco, com juros baixos e carência a perder de vista, não podem ser desperdiçados ou deixados de ser aplicados no Brasil, onde o povo mais carente tanto precisa, para servir de “moeda de troca” com países caloteiros. Os nobres congressistas que tomam posse neste dia dois de fevereiro e os senadores que estão em meio de mandato, devem primar por preservar o patrimônio de todos os brasileiros, que são os recursos do BNDES, impedindo empréstimos e convênios com países que, sabidamente, não irão honrar com os compromissos.
Venezuela, Cuba e Moçambique somavam US$ 1,03 bilhão em atrasos de pagamentos ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) até setembro de 2022, período mais recente com dados disponíveis no site da instituição. A inadimplência diz respeito a empréstimos da política classificada pelo banco como exportação de bens e serviços brasileiros de engenharia.
Essa iniciativa gerou polêmica durante as gestões petistas devido ao registro dos calotes e de financiamentos que beneficiaram empreiteiras citadas em casos de corrupção. Nesta semana, o tema voltou ao centro do debate após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar, em visita à Argentina, que o BNDES poderia voltar a financiar projetos brasileiros no exterior.
Lançado em 1998, o programa de financiamento à exportação de bens e serviços de engenharia paralisou os desembolsos nos últimos anos em meio à descoberta de casos de corrupção com empreiteiras, durante a Operação Lava Jato que, embora tenha tido suas decisões anuladas pela Justiça, comprovaram os casos de irregularidades nos empréstimos.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Chegou a hora do Ministério Público Federal assumir o seu papel e frear ações temerárias com o erário público. O patrimônio do povo tem que ser defendido com unhas e dentes e os repasses a países estrangeiros, mesmo por meio de empreiteiras brasileiras que estejam operando obras em território exterior, devem ser impedidos e negados, para que o povo brasileiro tenha a certeza de que o governo do PT é para o cidadão, pata o contribuinte e, não para os países “amigos”.
MAIS EXECUTIVO, MENOS JUDICIÁRIO
Outra questão imediata, é o desempenho de papel de cada poder, cabendo ao Executivo e ao Legislativo cumprirem suas premissas, ao invés de deixar as decisões importantes a cargo do Judiciário, não só para tirar a pecha de “governo paralelo” das costas dos juízes das cortes supremas, mas para dar aos eleitores a certeza de que fizeram a opção certa ao eleger os seus representantes no último dois de outubro.
As ações do Judiciário incomodaram a todos, principalmente aos representantes classistas, empresários e o próprio comando das forças armadas, tão associadas ao governo de Jair Bolsonaro e que se prestaram a cumprir as determinações legais após os atos de oito de janeiro, e se viram enfraquecidas pelas ações posteriores do governo petista, que deflagrou uma verdadeira “caça às bruxas” contra tudo e contra todos e que agora começam a ter que recuar para, eles próprios, da Justiça, não agirem contra a Constituição.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a reativação das contas do deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) nas redes sociais Facebook, Instagram, Telegram, Tik Tok, Twitter e YouTube.Alexandre estabeleceu, porém, que o parlamentar deve se abster de publicar e compartilhar fake news, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A decisão foi tomada na terça-feira (24/1) e publicada na quinta (26/1).
No último dia 11, o ministro determinou que as empresas bloqueassem as contas do deputado, com o fornecimento de seus dados cadastrais ao STF e a integral preservação de seu conteúdo, sob pena de multa diária.
Manifestação em 8 de janeiro em Brasilía
Depois, no dia 18, ele autorizou a reativação das contas do senador eleito Alan Rick (União-AC), cujo bloqueio foi imposto na mesma decisão referente aos perfis do deputado federal eleito. Na ocasião, o ministro atendeu a requerimento formulado pelo presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco.
Alexandre verificou que os argumentos apresentados para a liberação das contas do senador também são aplicáveis a Nikolas, devido à identidade da situação jurídica decorrente de sua condição de parlamentar eleito. Ele afirmou que a liberação permite que os parlamentares voltem a utilizar as redes "dentro do mais absoluto respeito à Constituição".
O ministro considerou ainda a análise individualizada da situação do deputado, que parou de divulgar conteúdos ilícitos e voltados a questionar a integridade do processo eleitoral, além de não ter mais incentivado a promoção de atos antidemocráticos.
Por essa razão, ele entendeu que é viável a reativação dos perfis, mantendo-se, porém, a remoção das postagens irregulares veiculadas, numa clara demonstração de que o STF estava passando dos próprios limites.
RAIVOSOS
Servidores experientes, que atuaram em diferentes governos, firmam a percepção de que o presidente Lula (PT) está perdido e nas mãos de um grupo raivoso de petistas, entre os quais o ministro Flávio Dino (Justiça) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além da primeira-dama. O grupo só pensa em retaliar e seria o responsável pelo discurso cada vez mais hostil de Lula, mostrando que ele não lidera um projeto de governo, como definiu o jornalista José Roberto Guzzo, e sim um projeto de vingança.
O “gabinete do ódio”, com franco acesso a Lula, tentou fazer do ministro José Múcio (Defesa) a primeira vítima. O grupo desta vez não teve êxito. O “pecado” de José Múcio, para os raivosos, foi exercitar seu melhor talento: encantar pessoas e buscar soluções politicamente negociadas.
Sob influência do gabinete do ódio, Lula abandonou o estilo de ampliar apoio, falando a todos os brasileiros e não apenas a seus discípulos e, por causa disso, já vem perdendo admiradores, apoio e amizades.
TEMER PARTE PARA O REVIDE
Michel temer toma posse como presidente
Um dos incomodados com as atitudes radicais de alguns petistas é o ex-presidente Michel Temer, que chegou a ser cotado para cargos no governo Lula. Michel Temer, conhecido pelo tom conciliador e a gentileza no trato, admitiu ter “se cansado” de ouvir acusações mentirosas de que promoveu “golpe” contra Dilma Rousseff (PT), desta vez pelo presidente Lula, durante sua viagem ao exterior. Temer enumerou as realizações do seu governo, em entrevista à Rádio Bandeirantes, e até exortou Lula a descer do palanque e começar a governar. Para ele, a história de “golpista” é “pavorosa”, desabafou.
Lula não é unanimidade, lembrou Temer: “Se a eleição tivesse sido ganha por 20 milhões de votos, muito bem. Mas foi margem pequena”.O ex-presidente não poupou o próprio partido, MDB. Questionado sobre a reação emedebista disse que “no primeiro momento, ficou em silêncio”.
Temer mencionou a ação do vereador do MDB Rubinho Nunes, contra a fake news postada no site oficial do Planalto sobre “golpe de 2016”. “Sei que Lula é bom negociador, bom conversador, e saberá conquistar, como vem conquistando, o Congresso”, afirmou o ex-presidente.
O certo é que no entorno de Lula já não há figuras como Dirceu, Palocci ou Gushiken, capazes de “olhar a floresta e dar bons conselhos”. O mote do governo petista, por enquanto, é a vingança.
Não vai acabar bem!