Tomando como base a última pesquisa FIETO/Vetor, publicada nesta quinta-feira (15) o Observatório Político de O Paralelo 13 fez este “Olho no Olho”, para começar a desanuviar a mente dos eleitores tocantinenses
Por Edson Rodrigues
Os números apontam para um quadro já definido, com a vitória de Wanderlei Barbosa (foto) para o governo do Estado. A margem de votos em branco, nulos e de indecisos, não ultrapassa a casa dos 16%, insuficientes para uma reviravolta.
E essa liderança de Wanderlei Barbosa não é nenhuma novidade, nem algo inesperado. Ao longo deste processo eleitoral, O Paralelo 13 vem fazendo análises de todas as pesquisas, de todos os números e resultados apresentados. Até mesmo a possibilidade de um segundo turno para o governo começa a ser descartada, ante à ampla vantagem do governador sobre seus adversários.
Não é novidade porque as ações políticas e administrativas tomadas por Wanderlei Barbosa, desde a sua interinidade, e depois de ser conduzido ao cargo de governador de fato e de direito, após a renúncia de Mauro Carlesse, foram ações dignas de um chefe de Estado, que buscou cativar os servidores públicos estaduais, garantindo direitos adquiridos e arcando com o pagamento de promoções e progressões ignoradas pelos seus antecessores, garantindo o pagamento da folha salarial em dia, honrando compromisso firmados com fornecedores e prestadores de serviço, dando atenção especial à Saúde Pública, à malha viária, garantindo compromisso do antigo gestor em oxigenas a economia dos municípios, com o envio de dois milhões de reais para cada um, a serem geridos pelos próprios prefeitos e, principalmente, promovendo um diálogo de alto nível e harmonioso com os demais poderes, chancelando uma paz nunca vista entre os Três Poderes do Estado, proporcionando equilíbrios institucional e financeiro ao governo do Estado.
OPOSIÇÃO DIVIDIDA CONTRIBUIU
Obviamente, a divisão entre as oposições ao Palácio Araguaia contribuiu em muito para o atual patamar de intenções de voto do governador Wanderlei Barbosa. Com seus votos pulverizados em diversas candidaturas, a oposição nunca foi tão facilitadora de uma reeleição quanto está sendo neste pleito.
Com candidaturas a governador e a senador quase que individuais, sem alinhamento, sem unidade, a oposição saiu enfraquecida, sem condições de disputar, de igual para igual com o grupo político palaciano, sem bandeira políticas, sem propostas, com candidatura impostas e rejeitadas pelos seus próprios integrantes, sem poder de penetração nos 139 municípios do Estado e sem a presença da grande maioria dos 24 deputados estaduais, que são os maiores puxadores de voto em eleições majoritárias, as oposições, praticamente, proporcionaram um voo em céu de brigadeiro do atual governador, rumo à reeleição.
Senador Eduardo Gomes
Mesmo com os candidatos a governador e a senador das oposições serem pessoas altamente capacitadas, com condições de exercer os cargos pleiteados de forma satisfatória, um grande erro foi cometido, ao não se colocar o nome do senador Eduardo Gomes, líder do governo federal no Congresso Nacional, como o candidato ao governo, capaz de promover a união e harmonia entre todos os postulantes, formando um grande “chapão”, repleto de nomes de competência e moral ilibada, que agregasse a maioria das vertentes oposicionistas.
DORINHA LIDERA, COM FOLGA, DISPUTA PELO SENADO
A divisão política da família Abreu, nesta reta final do período eleitoral, em que Irajá e Kátia Abreu escolheram lados opostos, acabou enfraquecendo e colocando em risco a reeleição da matriarca.
Com Irajá candidato ao governo, Kátia foi catapultada do grupo político palaciano, que trouxe para suas hostes a deputada federal Dorinha Seabra e a colocou como favorita na disputa pelo Senado.
Mesmo sendo uma líder política inata, aguerrida e destemida, com passagens brilhantes pela Câmara dos deputados, pelo Senado e até pelo ministério da Agricultura – e se mantendo ficha-limpa em todos esses anos no poder – Kátia ficou sem estrutura partidária e sem apoios suficientes para fazer frente à Dorinha.
Ataídes Oliveira conversa com o jornalista Edson Rodrigues
O senador Ataídes Oliveira, um político ético e probo, pessoa inteligente e com uma folha de serviços prestados ao Tocantins, demorou para se assumir candidato e perdeu chances de ganhar musculatura política, assim como o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, um empresário que já provou ter tino para a política e muito bom articulador e preparado para ser o representante do Tocantins no Senado, mas que saiu atrás na disputa e vê a distância para Dorinha Seabra muito grande para ser alcançada.
A ascenção da candidatura de Dorinha, no entanto, vem sendo construída junto à comunidade, à população tocantinense, aos prefeitos e aos professores de todos os municípios tocantinenses. Dorinha lidera todas as pesquisas de intenção de voto e a resposta do eleitorado à sua atuação política e uma forma de gratidão à sua atuação como deputada federal em prol da Educação pública não só no Tocantins, como em todo o Brasil, em que foi autora de diversas Leis e Emendas que destravaram alguns gargalos da educação pública no país, sem contar com os recursos que conseguiu destinar ao setor no Estado do Tocantins.
HAVERÁ BOTE SALVA-VIDAS?
Resumindo, as eleições do próximo dia dois de outubro sinalizarão um alonga vida pública para alguns dos candidatos e iniciará a “marcha fúnebre” para outros, e os números das pesquisas indicam que “os outros” em questão são os membros das famílias Miranda – Marcelo e Dulce – e Abreu – Kátia e Irajá – além de Ronaldo Dimas.
Para estes, resta a busca por um “bote salva-vidas” nestes últimos dias de campanha, o que lhes valeria uma sobrevida política, ante às más escolhas que fizeram neste pleito.
São todos homens e mulheres de bom caráter, capacitados, inteligentes, mas que não souberam fazer a leitura certa das tendências do eleitorado ou escolheram o momento errado para colocar seus nomes em julgamento pelos eleitores.
Em suma, são duas semanas que os separam do sucesso ou do ostracismo político.
O dia dois de outubro já está logo ali.
Que Deus faça a merecida justiça a cada um deles.
Até breve!