Por Edson Rodrigues
O Tocantins presenciou, novamente, nesta última semana, mais uma grande operação da Polícia Federal, realizada em nove municípios, à caça de corruptos que desviaram verbas públicas destinadas ao transporte escolar público. Dentre os municípios “visitados”, está a cidade de Araguaína, onde os agentes estiveram na casa e no escritório do ex-prefeito Ronaldo Dimas, pré-candidato ao governo do Estado.
COISA PIOR POR VIR
O Observatório Político de O Paralelo 13, em conversas com nossas fontes na Capital Federal, recebeu a informação de que há coisa pior por vir, chegando a comparar essa primeira fase da operação a um “traque”, e que a bomba ainda não “caiu” sobre o nosso território.
A “detonação” da bomba está dependendo apenas do “ok” de uma subprocuradora federal, e diz respeito a, pelo menos, quatro prisões de pessoas que possuem foro privilegiado ou são membros de dois Poderes.
Segundo nossa fonte, o dossiê investigativo já conta com quatro volumes de inúmeras páginas, e envolve mais de um Poder Constituído, com pedido de bloqueio e confisco de bens para ressarcir o erário público.
RESPEITO À POLÍCIA FEDERAL
Nesta última semana, o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal emitiu uma nota dando por encerrado o diálogo com o governo de Jair Bolsonaro que, de acordo com a opinião dos policiais, vem, de forma pessoal, prejudicando os policiais da corporação, que colocam suas vidas em risco para garantir a segurança do Brasil, pois a Polícia Federal não é uma instituição de governo, mas de Estado, e não pode continuar sendo sucateada e tendo sua honra colocada em dúvida.
O fato de o Presidente da República ter concedido um aumento diferenciado para as demais forças de segurança e deixado a PF com apenas 5%, foi considerado pelos agentes como uma discriminação á categoria que, mesmo assim, não diminuiu o ritmo e a qualidade do seu trabalho de combate à corrupção.
TOCANTINS PRE CISA DE SER PASSADO A LIMPO ANTES DAS ELEIÇÕES
A respeito da Operação Cantilianas, já se sabe que ela é fruto de uma operação ocorrida em 2019, que resultou no indiciamento dos, então, gestores da ATEC, Eduardo Luiz Cançado, Tiago Borges e Willian da Silva Alves, e que acabaram firmando acordo de delação premiada e, segundo nossas fontes, merecem total confiabilidade, e tem potencial de, realmente, fazer um grande limpa na classe política tocantinense, e antes das convenções partidárias de agosto, uma vez que o depoente da delação que estamos falando, caso tenha sua delação aceita pela subprocuradora, pode causar uma grande baixa em candidaturas consideradas “favoritas” para as eleições de dois de outubro. Ou seja, se tudo der “errado” para os maus políticos tocantinenses, as eleições de outubro próximo passarão a ser um pleito com muitas caras novas, que estarão presentes na próxima legislatura, já em 2023.
Consultando especialistas em direito político, contando com os recessos do Poder Judiciário, com as diligências, com as audiências de instrução e prazos de defesa, seria impossível ter qualquer julgamento relativo à Operação Cantilianas, porém, as redes sociais e a mídia nacional e local tratarão de fazer chegar ao máximo possível de cidadãos tocantinenses, dos eleitores, as informações que vão emanar de Brasília a respeito dos malfeitos ocorridos no Tocantins, praticados por maus políticos.
Resumindo, o Tocantins pode ser passado a limpo antes das eleições de dois de outubro. Só depende de nós!
INSTÂNCIA SUPERIOR É ACIONADA
Há ainda um imbróglio a ser desvendado que, segundo nossas fontes, terá que ser analisado pelas altas cortes, uma vez que a autoridade federal de primeira instância no Tocantins preferiu declinar da possibilidade de dar um parecer e enviar o caso à Brasília, com pedido de sigilo absoluto de Justiça, por se tratar de pessoas com foro privilegiado e da gravidade do assunto requerer uma decisão célere e breve.
Diante de tantas e tantas operações da Polícia Federal no Tocantins, se faz necessária a maior celeridade possível na apuração e julgamento desses fatos, apontando os culpados e os inocentes.
Já se tornou fato corriqueira, toda semana, chegar aviões repletos de agentes federais para cumprir ordens da Justiça Federal na realização de operações em solo tocantinense. Isso traz um grande desgaste para a imagem do Tocantins, um Estado no qual a corrupção passou a ser endêmica e que necessita de um limpa político, nos próximos 80 dias.
Mesmo não havendo tempo para que se chegue à fase dos julgamentos, a apuração e definição as pessoas que serão acusadas e julgadas por corrupção, já ajuda em muito aos eleitores tocantinenses a definir seus votos em dois de outubro.
O Paralelo 13 está de olho.
Até breve.