“É claro que a política não é o ofício da bagatela, a pragmática da ninharia. Quem cuida de coisas pequenas, acaba anão”
ULYSSES GUIMARÃES
Por Edson Rodrigues
As eleições municipais de 15 de novembro de 2020 deixaram um recado claro aos membros e dirigentes dos partidos de oposição. Esse recado virou mensagem direta após a eleição das mesas diretoras da Câmara Federal e do Senado: a oposição continuará a sofrer derrotas esmagadoras e acachapantes enquanto não agir unida.
Ou as oposições se unem para combater os candidatos situacionistas, ou vão continuar pulverizando os votos que têm e fortalecendo as candidaturas dos seus adversários.
Esse recado é um alerta para os partidos que não querem perder representatividade e espaço nos Legislativos federal e estadual. Eles precisam, o mais rápido possível, esboçar um planejamento político conjunto com propostas e um plano de governo, a ser discutido e aprimorado, após a apresentação à população.
Caso não haja esse engajamento conjunto, uma eleição ou reeleição nas eleições proporcionais, tanto para deputado federal quanto para estadual ficarão muito difíceis, por conta o quociente eleitoral que cada vaga exigirá, lembrando que as oposições perderam as eleições para os executivos municipais em várias localidades, justamente por falta de união.
ERRAR É HUMANO, REPETIR O ERRO...
Não há “plano B”. Qualquer divisão das oposições, com mais de uma candidatura a governador, por exemplo, será “caixão e vela preta”. Caso consigam chegar a um consenso de união em torno de uma única candidatura ao governo e ao Senado, terão condições de concorrer com chances de uma disputa equilibrada, com possibilidade de vitória.
Mas, caso repitam os mesmos erros das eleições municipais de 2020, a derrota será por antecipação, contaminando as candidaturas proporcionais, principalmente as de reeleição, por conta da ausência das coligações proporcionais, que obrigará cada partido a ter uma chapa com vários nomes de peso para ter um bom desempenho no quociente eleitoral para eleger ou reeleger seus candidatos. Do contrário, serão derrotados pelos candidatos apoiados pela frente política que se juntará ao Palácio Araguaia, para apoiar a candidatura do governador Mauro Carlesse à única vaga disponível para o Senado.
Além de união, a oposição precisará ter um discurso coerente e apresentar propostas de governo, pois o eleitor não quer mais saber de denuncismo nem de falácias. Cada cidadão sabe o que quer e o que precisa para que sua vida mude para melhor, e isso inclui as vidas de todos ao redor.
Senadora Kátia Abreu (PP) e o filho Senador Irajá Abreu (PSD) e o deputado federal Vicentinho Júnior (PR)
Apesar da oposição ter muitos dos seus membros com mandatos no Congresso Nacional e outros nomes preparados para assumir qualquer cargo, é necessário que esses políticos se entendam, harmonizem-se, e ofereçam um plano de governo e de ação palpável, confiável e de credibilidade, mostrando uma guinada radical para atos inteligentes e de efeito imediato, mostrando capacidade de se repaginar e de captar os reais anseios da sociedade.
CARLESSE COM PAULO GUEDES
O governador Mauro Carlesse, acompanhado do senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, esteve, juntamente com os seus secretários da Fazenda, Sando Henrique Armando e de Captação de Recursos e Parcerias, Claudinei Quaresmim, fez uma visita, em Brasília, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, buscando a garantia do aval da União para a liberação dos empréstimos da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES para o desenvolvimento do Estado e dos municípios, com obras de infraestrutura que vão de asfaltamento a saneamento básico, capazes de transformar o Tocantins no maior canteiro de obras do País, com intervenções em todos os 139 municípios.
Em paralelo, o governo Carlesse conseguiu fazer caixa para dar início a outras obras com recursos próprios do Tesouro Estadual, proporcionando ordens de serviço para a construção do Hospital Regional de Araguaína e as duplicações das rodovias que interligam Palmas à Porto Nacional e à Paraíso.
Mauro Carlesse prepara uma plataforma política para seu grupo chegar em 2022 com um saldo positivo junto à população e, consequentemente, aos eleitores. No segundo semestre deste ano, ou até mesmo antes, o governador deve anunciar por qual partido disputará a eleição de 2022, concorrendo à única vaga aberta para o Tocantins no Senado federal.
SENADOR EDUARDO GOMES FARÁ UM GIRO NO ESTADO
O senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, já reservou tem em sua agenda corrida para, em breve, fazer um giro pelo Tocantins, para visitar pessoalmente as obras originadas por recursos que ele, como senador, conseguiu carrear para os municípios tocantinenses, além de anunciar novas conquistas aos prefeitos,
Gomes vai aproveitar para manter conversas com amigos, parceiros e as lideranças políticas locais, além do empresariado e o povo em geral, aberto para discutir todo e qualquer assunto, inclusive, política.
Diante do acime exposto, cabe aos membros dos partidos de oposição ligarem o “desconfiômetro” e começar a promover a união entre si, traçando uma estratégia capaz de fazer frente à toda essa força demonstrada pela situação, principalmente os detentores de mandato nos Legislativos estadual e federal.
Ainda há tempo para mudar de opinião, de estratégia e de time.
Fica a dica!