Os oito deputados federais que representam a bancada tocantinense, somam 33 faltas não justificadas na Câmara Federal durante as 53 sessões que aconteceram este ano. O deputado Irajá Abreu, se destaca no recorde de faltas. Das 33 dos oito deputados, Irajá é responsável por 17 delas
Por Edson Rodrigues
No atual cenário político tocantinense, algumas pessoas com funções eletivas ou não, se intitulam oposição ao governo de Marcelo Miranda, no entanto, caso façamos uma análise detalhada e minuciosa dos fatos, verdadeiramente oposição ao Palácio Araguaia, não apenas com falácias, mas também com posturas, encontra-se a senadora Kátia Abreu e o seu filho, o deputado federal Irajá Abreu, diga-se de passagem, que tem ganhado repercussão em diversas manchetes por ser o deputado federal recordista em faltas na Câmara dos Deputados.
Mesmo com o grande número de faltas sem justificativa, o deputado recebe os salários sem descontos nos dias faltosos. Segundo uma matéria veiculada na imprensa nacional, o deputado participou pouco mais da metade das sessões, e além de tratamento de saúde, uma das justificativas usada pelo político sobre o motivo de ausência é para atender obrigações partidárias. Ainda assim continua recebendo, sem corte algum, o seu salário de quase R$ 30 mil e verba de gabinete.
Irajá se posiciona contrário ao empréstimo
Durante sessão na Câmara dos Deputados, Irajá Abreu fez alguns questionamentos sobre a solicitação de empréstimo realizada pelo Executivo tocantinense destacou alguns pontos da história do Estado. Segundo ele, desde a criação, há 28 anos, o Tocantins teve sua história marcada por homens e mulheres que sempre acreditaram num Estado rico e próspero.
“Contamos com riquezas naturais, terras férteis, somos o Estado das oportunidades e diante desta perspectiva o Tocantins vem se destacando no cenário nacional. Mas este crescimento se deve a fatores determinantes como a instalação de empresas, e preponderante para o seu crescimento e sucesso, que foram investimentos de instituições financeiras internacionais como bancos japoneses, americanos, Banco Internacional do Desenvolvimento (BID). Estes recursos foram fundamentais para que as obras se tornassem realidade, como a construção de hospitais, postos de saúde, colégios, dentre tantas outras obras”, ponderou.
O deputado salientou que o debate sobre a autorização para aprovação de dois novos financiamentos para o Estado, de R$ 146 milhões pelo Banco do Brasil e R$ 453 milhões pela Caixa Econômica Federal se deve ao questionamento do mérito, o método de financiar e o período.
Irajá Abreu destacou que financiamentos realizados e aplicados de forma responsável e transparente gera oportunidades, vagas de trabalho, crescimento e desenvolvimento para o Estado, mas indagou sobre o período em que ele está sendo feito, o que considerou aos “35 minutos do segundo tempo”.
Comparou a solicitação do Governo do Estado diante do atual cenário de crise econômica com a estratégia utilizada pelo governo é a mesma de gestores anteriores que em 2013 e 2014 realizaram financiamento no valor de R$ 160 milhões junto ao Banco do Brasil, para a reforma e ampliação dos hospitais de Araguaína, Miracema, Palmas, Gurupi e Porto Nacional. Após aprovado o recurso foi utilizado para asfaltar rodovias há poucos meses do período eleitoral. Qual é a garantia que esse novo financiamento será aplicado no objeto que se pretende? Questionou o deputado durante sessão na Câmara Federal.
Investigado
A indagação do deputado, que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), assim como sua mãe a senadora Kátia Abreu e seu padrasto????? Citado nas delações da Operação Lava Jato, por três ex-diretores da Odebrecht. O processo está em análise pelo relator Edson Fachim.
Conforme a imprensa nacional as provas entregues ao Supremo são inquestionáveis e robustas. Caso seja confirmado a participação, além de perder o mandato, o deputado ficará inelegível, impedido de exercer cargos públicos e poderá ter os bens sequestrados para ressarcimento dos cofres públicos. População
A postura de oposição do deputado Irajá Abreu não é apenas ao governo Marcelo Miranda, mas tal atitude demonstra claramente que sua oposição se estende ao povo tocantinense, que passa por um período de recessão.