Um colombiano travestido de brasileiro agride gratuitamente toda a classe política tocantinense e esquece as mazelas do seu país
Por Edson Rodrigues
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, colombiano de nascença e brasileiro por opção, postou nas redes sociais, a bordo de um avião a quilômetros de distância do Tocantins que nossos políticos são “vagabundos”, que não sabe como os tocantinenses “ainda votam” neles.
Ou a altitude embaralhou o raciocínio do nobre chefe do executivo da capital tocantinense ou ele esqueceu alguns pontos importantes da sua gestão.
Primeiro, para ser eleito, ele precisou se filiar a um partido composto por políticos tocantinenses. “Vagabundos”, segundo ele.
Segundo, ele compôs a sua equipe de governo por políticos tocantinenses. “Vagabundos”, segundo ele.
Terceiro, e mais importante, ele esqueceu, ao generalizar, de analisar os políticos da sua terra natal, a Colômbia, que sobrevivem de acordos com as FARC, Forças Revolucionárias da Colômbia, principal berço do terrorismo e do narcotráfico na América do Sul.
Será que esses políticos conterrâneos de Amastha são melhores que os tocantinenses?
Carlos Amastha, com sua declaração, faltou ao respeito não só à classe política tocantinense, como a todo o povo tocantinense, ao afirmar que não sabemos votar.
Ao mesmo tempo, esqueceu de colocar no mesmo patamar toda a população do seu país, que vota em políticos que têm laços uterinos com o narcotráfico.
REAÇÃO
Enquanto pessoas como Ricardo Ayres, membro do primeiro escalão do governo de Amastha falam que “só se incomodam aqueles a quem a carapuça serve”, outras pessoas vestiram não a carapuça, mas a “pele” dos políticos tocantinenses como o deputado estadual Wanderlei Barbosa, que refutou, prontamente, as declarações do prefeito de Palmas, e deu declaração de que vai comunicar, um a um, vereadores e prefeitos, além dos demais detentores de mandatos, sobre o que o prefeito de Palmas pensa sobre eles.
Em nosso ponto de vista, queremos crer que todos os tocantinenses componentes do governo de Carlos Amastha, como Cíntia Ribeiro, Jr. Coimbra, Zé Geraldo e o próprio Ricardo Ayres, assim como a bancada na Câmara Municipal de Palmas, se tiverem um pouco de vergonha na cara, entregarão seus cargos imediatamente, sob pena de, eles sim, vestirem a carapuça de “vagabundos” e incorporarem à essa denominação a pecha de “sem vergonha e sem caráter”.
Essa é a única leitura que pode se desprender das declarações do “boquirroto” Amastha, que deve rever seus conceitos se quiser permanecer como peça atuante no tabuleiros político tocantinense.
E temos dito!