SENADORA KÁTIA ABREU MONTA ESTRUTURA DE “GOVERNO PARALELO” NO TOCANTINS

Posted On Sexta, 29 Novembro 2019 15:13
Avalie este item
(0 votos)

As últimas movimentações da senadora Kátia Abreu denotam a criação de uma estrutura de “governo paralelo” no Tocantins, com vistas a partir para o embate direto com o governador Mauro Carlesse e assumir o posto de líder da oposição ao governo do Estado, mirando as eleições municipais de 2020

 

Por Edson Rodrigues

 

Kátia deve se transformar em uma oposicionista pontual e certeira, mirando sempre o “calcanhar de Aquiles” do governo.  Vale lembrar que Kátia conta com os reforços de seu filho, o também senador Irajá Abreu e do deputado federal Thiago Dimas.

 

PREFEITOS

A nova configuração de atuação de Kátia Abreu pode ser sentida nos constantes encontros de aproximação que a senadora vem mantendo com prefeitos que não rezam pela cartilha do governo do Estado, como são os casos de Joaquim maia, em Porto Nacional e dos prefeitos da região do Bico do Papagaio e filiados ao PSD, presidido por Irajá Abreu. Ronaldo Dimas, em Araguaína, e Laurez Moreira, em Gurupi que estarão juntos com o senador Eduardo Gomes na eleição de 2020.

 

No último fim de semana, Kátia esteve no Bico do Papagaio, onde se reuniu com diversos prefeitos. Na semana passada, esteve em Araguaína, prestigiando evento do prefeito, Ronaldo Dimas, onde recebeu representantes dos delegados da Polícia Civil, que estão em conflito com o atual secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio e, consequentemente, com o governo do Estado.

 

 

Na oportunidade, a senadora concedeu uma série de entrevistas às mais variadas mídias, desde jornais impressos até programas de TV e Rádio. Aliás, essa nova roupagem da senadora, mais próxima de suas bases e da imprensa, já é, também, uma orientação do Dr. Renato Assunção, que a acompanhou pessoalmente durante as visitas.

 

PROVÍNCIAS

Buscando uma aproximação mais constante com as bases, ouvindo e conhecendo in loco as necessidades das comunidades, Kátia Abreu também está mais presente nas “províncias”, nos municípios, e passa a marcar presença e apoiar de forma mais concreta aos seus futuros candidatos a prefeito.

 

Pela primeira vez, o governo de Mauro Carlesse passa a enfrentar uma oposição que não esconde seu rosto, nem disfarça quando está disputando território.

 

OBSTÁCULOS

Com toda essa movimentação, a senadora Kátia Abreu também precisa ficar de olhos nos obstáculos que surgem no seu caminho. Kátia precisa de um partido que lhe dê a garantia do comando no Tocantins.  Com passagens pelo PFL, DEM, PDC, MDB e, atualmente no PDT, a senadora está em litígio aberto com seu atual partido, por ter votado a favor da Reforma da Previdência, contrariando a orientação da cúpula nacional.

 

Suas bases políticas nos 139 municípios, seus pré-candidatos a prefeito e a vereador, todos estão aguardando ansiosamente pela definição de rumo da senadora.  Muito sábia e escaldada, Kátia demonstra tranquilidade ante essa necessidade de definição e, sábia e escaldada que é, deve aguardar o momento que considerar oportuno para fazê-lo, sem dar chances de haver alguma manifestação contrária que a atrapalhe.

 

Enquanto isso, os aliados do governo de Mauro Carlesse acompanham a movimentação da senadora quase que em tempo real, e uma fonte do Palácio Araguaia fez uma observação contundente, ao afirmar que acha pouco provável que a população do Bico do Papagaio tenha “esquecido das quatro mil casas populares prometidas por Kátia Abreu e ache as ações, atuais, de seu ‘governo paralelo’, mais importantes que as já implantadas pelo governo do Estado. E mais, nem Kátia, muito menos seu filho, Irajá Abreu, incluíram um centavo sequer, este ano, no Orçamento da União, para serem empregados no Tocantins em 2020, e fizeram questão de direcionar o programa ‘Catarata zero’ para municípios cujos prefeitos estão em sua base de apoio”.

 

 

 

Por fim, Kátia está encontrando dificuldades em conseguir o comando de uma legenda de grande ou médio porte no Tocantins.  Nos chamados partidos “nanicos”, as portas estão abertas, mas a senadora precisa de uma sigla que lhe garanta – e aos seus correligionários candidatos – um bom tempo no horário gratuito de Rádio e TV, além de um fundo partidário significativo.

 

Para os analistas de plantão, dificilmente Kátia conseguirá uma legenda tradicional, que reúna essas qualidades, onde a resistência ao seu nome é grande. Segundo eles, o PSD, do filho da senadora, Irajá Abreu, é o caminho mais fácil.

 

Do contrário, é fake news!

 

Que comecem os jogos!!!

Última modificação em Sexta, 29 Novembro 2019 15:19