“Um voto é como um rifle, sua utilidade depende do caráter do beneficiado.”
TEDDY ROOSEVELT
Por Edson Rodrigues
Em 2022, se as regras das coligações proporcionais não mudarem – devem permanecer as mesas, pelo histórico do TSE – será um Deus nos acuda, principalmente para os partidos que já têm parlamentares com mandatos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa, pois os resultados das eleições municipais acenderam uma luz amarela de alerta nos partidos políticos e na mente dos que pretendem concorrer à reeleição.
O Paralelo 13 vem cantando uma pedra em suas últimas análises políticas, que dificilmente um partido conseguiria fazer três vereadores nos três principais colégios eleitorais, e que os partidos pequenos teriam representatividade, principalmente em Palmas. E foi exatamente isso que aconteceu.
Esse foi o resultado do método “Lucas da Lince” de fazer política com os partidos pequenos. Como presidente do Cidadania, ele lançou 26 candidatos – entre homens e mulheres – com o mesmo peso político e não aceitou nenhum candidato com mandato. Dessa forma, Lucas elegeu mais dois vereadores e já se prepara para ter uma chapa competitiva em 2022, pronta para eleger mais dois deputados estaduais e um deputado federal.
OS “PAPA MANDATOS” VÊM AÍ
Enquanto isso, alguns nomes ganham força para as vagas nos parlamentos estadual e federal. São os chamados “papa mandatos”, pois, tradicionalmente, nunca ficam de fora dessas disputas e, em sau maioria, acabam tendo êxito em suas pretensões e que devem se somar aos candidatos do Lucas da Lince. São eles Aílton, de Santa Rosa, Laurez Moreira, Vicentinho Alves, Gleydson Neto, Claudinei Quaresmim, Carlos Braga, Otoniel Andrade, Oswaldo Stival, Paulo Sardinha Mourão, Jailtinho de Dianópolis, César Halum, Homero Barreto, Kátia Abreu, Roberto Pires e Baylon Pedreira, entre tantos outros bons nomes que, apesar de não terem confirmado suas candidaturas, sempre têm seus nomes lembrados pelos eleitores e acabam, quando preciso, convencidos pelos seus correligionários e apoiadores.
Lucas da Lince
Desses nomes, destacam-se os dos prefeitos que conseguiram eleger seus sucessores e vão sair de suas administrações com aprovações de mais de 80%, como Aíltom Araújo, Laurez Moreira e, principalmente, Ronaldo Dimas, que já é candidato declarado ao governo do Estado, mesmo com esses nomes não tendo confirmado nada, ainda para 2022. Mas, como na política nada é exato, nada os impede de disputar um cargo na eleição proporcional, concorrendo, voto a voto, com os atuais mandatários que desejam a reeleição.
A classe empresarial também deverá apresentar seus candidatos para representar os seus interesses junto ao governo do Estado e do governo federal, lembrando que não basta falar bem, ter boa aparência, bons padrinhos, grandes empresas de marketing e presença nas redes sociais. Isso ajuda, mas não decide.
Traduzindo em miúdos, não basta apenas estar bem no mandato. Tem que ter participação efetiva em todas as províncias, bom relacionamento com a sociedade, principalmente com a “base da pirâmide social”, que representa mais de 83% do eleitorado, que sobrevive com menos de um salário mínimo.
“PEDRA CANTADA”
Outra “premonição” de O Paralelo foi a de que dificilmente um partido conseguiria fazer mais de três vereadores dos principais colégios eleitorais e que os partidos pequenos teriam representatividade nos parlamentos municipais nessas cidades, entre elas, Palmas. E foi exatamente o que aconteceu.
Agora, o jogo e as regras são as mesmas, a não ser que o Congresso mude essa “cartilha” para salvar as peles de muitos dos que hoje estão na Câmara Federal – o que é pouco provável e aceitável.
Congresso Nacional
Ou seja, o que era para ser uma “surpresa” foi previsto nestas mesmas linhas que o nobre leitor percorre, e isso deixou muitos congressistas tocantinenses com “a pulga atrás da orelha”, pois a próxima, pode ser o “olho da rua”.
TOCANTINS:
Pelo Tocantins circula uma escuridão e um vulto na mente de muitos deputados estaduais e federais, que só vem perigo pela frente, sabendo que o ano de 2022 marcará a época de muitos sepultamentos políticos, assim como O Paralelo 13 também previu, inclusive acertando em 100% dos prognósticos para Palmas.
Nossos avisos continuam os mesmos: ou os “donos” de partido abrem as portas de suas legendas para as filiações de novas lideranças, ou correm o risco de ficar sem assentos na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.
E, para quem ainda não está convencido, lembramos que afirmamos, aqui, em O Paralelo 13 que o vereador Folha e o presidente do Patriota, Rogério Ramos formariam chapas com um único objetivo e, para isso, bancariam todos os candidatos a vereador. O objetivo foi conquistado e Folha foi reeleito.
A POLÍCIA FEDERAL VEM ÁI
Aos corruptos e corruptores do Tocantins, estamos refazendo o aviso de que a Polícia Federal tem uma nova superintendente no Tocantins, que trouxe uma equipe extremamente capaz, junto com ela, para dar as respostas que a sociedade tocantinense tanto anseia, a respeito das operações realizadas nos últimos dois anos em combate à corrupção e à malversação do erário público, que colocaram o nosso estado num vergonhoso primeiro lugar em número de operações da PF.
Segundo nossas fontes em Brasília, 2021 será um ano de “pescaria de peixes grandes”, quando os mentores de vários esquemas prestarão contas com a Justiça, tendo seus bens confiscados e bloqueados e muitos passarão a ver o “sol nascer quadrado”.
Nos bastidores, é certo que alguns irão conhecer as celas do quartel da Polícia Militar e outros as da sede da Polícia Federal, por terem, ainda, foro privilegiado. Por estes e outros motivos, muitos dos pré-candidatos estão sob tensão dupla, pois sabem o que fizeram e entendem que só com a eleição poderão passar momentos menos piores que os criminosos comuns.
QUOCIENTE ELEITORAL
Para que todos possam ter possibilidade ou de eleição ou de escapar das garras da justiça, é preciso que os partidos formem chapas gabaritadas para elevar o número de votos recebidos para deputados estaduais, federais e senador.
Estarão eleitos, primeiro, os que atingirem o quociente eleitoral, depois os mais votados dos partidos e, depois, vem a “sobra” de votos que pode “puxar” mais candidatos. Por isso, é tão importante que os partidos tenham chapas compostas por nomes fortes e bons de voto – em suma, competitivos – para que ocupem o máximo de cadeiras possível. Neste caso, a qualidade dos candidatos é bem mais importante que a quantidade.
A média, hoje, está em torno de 70 mil votos por cadeira de deputado federal e 40 mil votos para deputado estadual, cálculo válido em um cenário em que todos os eleitores votem, efetivamente, em 2022.
É óbvio que haverá abstenção, mas, calcula-se, que ele não seja tão grande quanto foi nos cinco maiores colégios eleitorais no último dia 15 de novembro. Mesmo assim, segundo as estimativas, a renovação para deputados estaduais e federais poderá chegar a 50%, o que deixa aos parlamentares e a seus partidos pouco mais de um ano e meio para demarcar seu território e tentar assegurar vitórias em 2022
MAPEAMENTO
O Tocantins tem, pelo menos 62% da sua população recebendo algum benefício financeiro dos programas sociais do governo federal e tem cerca de 120 mil analfabetos. Esses são dados que terão um grande peso nas eleições de 2022, principalmente em um período de pós pandemia. A sucessão presidencial já teve a sua largada dada após as eleições de 15 de novembro, mas até o fim de 2021, se dará em nível nacional. Em janeiro de 2022, ela chegará aos estados e municípios e as peças do tabuleiro sucessório começarão a ser distribuídas de acordo com seu peso e importância, de forma automática.
Esta será a hora de lembrar que tudo o que se faz nesta vida será “cobrado“ e “julgado”, principalmente na vida política, em termos de apoio à saúde, educação, ação social e geração de emprego e renda.
Ou seja, não bastará ter um fundo eleitoral milionário e um grande tempo de horário gratuito de propaganda eleitoral se não tiver o que mostrar, o que contar o e que prestar contas à população.
Será necessária uma conexão com a população de baixa renda e de menor nível de ensino, uma forma de comunicação direta e uma convivência na população dos municípios e, para isso, será preciso uma interação muito grande entre a chapa, do candidato a presidente ao candidato a deputado estadual em cada unidade da federação.
Será a hora dos senhores deputados fazerem o papel de vereadores e dos eleitores assumirem o papel de protagonistas, sabendo separar o joio do trigo, o oportunista do progressista e o visionário do falso profeta.
Por enquanto, é só.