“Ponha uma sela em seus sonhos antes de cavalgá-los”
MARY WEBB
Por Edson Rodrigues
Mais uma vez, a imagem do Tocantins sangra em nível nacional, desta vez, servidores de municípios da região Norte do Estado, suspeitos de desviar recursos da Saúde Pública em benefício próprio, mesmo vendo as dificuldades que as famílias tocantinenses vêm enfrentando com a perda de entes queridos, no acompanhamento de outros nas UTIs dos hospitais públicos ou particulares e as dificuldades dos homens públicos, congressistas e deputados estaduais em trazer recursos com emendas impositivas.
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (7), um total de 16 mandados de prisão contra um grupo suspeito de desviar recursos públicos da saúde em nove municípios da região norte do Tocantins. A operação contou com participação da Controladoria-Geral da União e Ministério Público Estadual. As autoridades também cumpriram ordens de sequestro de bens dos suspeitos no valor de R$ 12 milhões. A ação foi chamada de Bálsamo de Gileade.
Os mandados são cumpridos nos municípios de Araguaína, Aguiarnópolis, Sítio Novo do Tocantins, Ananás, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Luzinópolis, Praia Norte, Palmeiras do Tocantins, Riachinho, São Sebastião do Tocantins, Maurilândia do Tocantins e Imperatriz (MA).
De acordo com a Controladoria-Geral da União, as empresas investigadas emitiram 4.536 notas fiscais no período de 2016 a 2019, no valor de R$ 25.690.174,20. Do total de notas emitidas, 47% foram canceladas após a emissão, somando R$ 14.519.135,42. Mesmo assim, o valor era pago pelos municípios.
PEIXES GRANDES
Fontes de O Paralelo 13, em Brasília, garantem que, antes das eleições de 15 de novembro, pode ocorrer uma “operação monstruosa”, com malha grande, capaz de capturar os “peixes grandes”, que desviaram dezenas de milhões de reais dos cofres públicos.
Entre os investigados estão secretários de saúde e gestores do Fundo Municipal de Saúde de nove municípios investigados, na região do Bico do Papagaio. Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, fraude em licitações e participação em organização criminosa.
MOMENTO DE FAZER FAXINA
A operação atual e as que estão por vir, são apenas o início da “faxina” que a população dos 139 municípios tocantinenses pode fazer, com o auxílio das instituições fiscalizadora e da Polícia Federal, que merece todo o nosso aplauso, juntamente com a Justiça Federal, no combate à corrupção em pleno período eleitoral.
Espera-se que outras operações ocorram antes do dia 15 de novembro, para que eliminem do pleito os contraventores que estão roubando recursos e vidas neste momento de pandemia. Afinal, lugar de ladrão é na cadeia, não no horário gratuito de Rádio e TV.
FERRAMENTA CRUCIAL
Dentro dos trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal e pela Justiça Federal está o sequestro de bens dos envolvidos, “engessando” as possibilidades de quem está usurpando o erário público em utilizar esses recursos nas campanhas eleitorais e de tirar proveito disso durante a campanha eleitoral, deixando a concorrência mais leal e mais igualitária entre os candidatos e impedindo que a superioridades econômica fraudulenta faça diferença no pleito em favor dos corruptos.