Foi-se o tempo em que qualquer um podia chegar aqui e se candidatar como “representante” do povo tocantinense
Por Edson Rodrigues
Viver em um estado democrático é sempre bem melhor que as outras opções. Viver uma democracia no estado mais novo da federação, em perfeita harmonia com pessoas vindas de todos os estados do Brasil e até do exterior, então, é quase uma utopia.
Para se ter uma ideia do quão democrático é o clima do Tocantins, o prefeito reeleito de nossa capital é colombiano de nascimento e brasileiro naturalizado. Carlos Amastha sempre foi solícito com o povo palmense e seu trabalho frente à administração da Capital foi e está sendo reconhecido, numa prova da liberdade que impera nas terras do Tocantins, que escolhe livremente um candidato com residência fixa em nossa Capital.
DETURPADORES DA LIBERDADE
Por outro lado, há pessoas que se valem da harmonia social do Tocantins para tentar deturpar a liberdade que impera em nossas plagas. Esses são os que chamamos abertamente de paraquedistas, pois, por incrível que pareça, querem se candidatar a ser nossos representantes nos parlamentos municipais, estadual e federal, sem nunca sequer terem fixado residência própria no Estado, quem dirá realizado uma benfeitoria à nossa sociedade.
É bom que os forasteiros que se acham líderes de alguma coisa coloquem seus nomes à apreciação popular visando às eleições de 2018. Mas é melhor ainda que esses paraquedistas encontrem um partido que os abrigue e, para não serem surpreendidos pelos eleitores tocantinenses, que coloquem bem claro, em letras garrafais, o endereço – com rua, bairro e CEP – de suas residências, assim como o contrato mostrando há quanto tempo moram ali.
LEGISLAÇÃO ELEITORAL
Está bem claro em nossa legislação eleitoral que os candidatos a qualquer cargo eletivo, no ato do registro de suas candidaturas, comprovem estar filiados a um partido político há mais de um ano e tenha residência fixa – comprovada – no estado.
Tanto para os eleitores quanto para a Justiça Eleitoral os candidatos têm que ter origem, bases, raízes. Isso faz parte do alicerce que edifica toda e qualquer candidatura política, pois, para ser representante de uma cidade, região ou estado, o candidato tem que ter, obrigatoriamente, ligações nítidas com a população.
E é exatamente isso que falta aos paraquedistas. O conhecimento, a ligação, o entendimento dos problemas e dos anseios das cidades, região ou do estado que ele está se propondo a representar. Se a pessoa não mora, não conhece ninguém, não tem serviços prestados à comunidade nem ao Estado, como quer se candidatar para ser o representante de alguma coisa?
Foi-se o tempo em que paraquedistas nos eram empurrados goela abaixo como candidatos a deputados federal, estadual ou suplentes de senadores. O Tocantins cresceu, atingiu a maioridade e está amadurecendo. Temos uma Justiça Eleitoral e um Ministério Público atuantes. Essa é uma prática do passado, da qual ninguém tem saudades.
Mesmo com muitos dos nossos políticos genuinamente tocantinenses terem optado chafurdar na lama da corrupção, ainda temos bons e confiáveis nomes, tanto no próprio meio político quanto na classe empresarial. Empreendedores sérios, lideranças classistas, que podem, tranquilamente, ser apresentados aos nossos eleitores como boas opções, com chances reais de figurarem entre os favoritos nas próximas eleições.
Paraquedistas, falsos líderes, aqui no Tocantins, não emplacam mais. As pessoas que pensam diferente têm que nos respeitar e não subestimar a nossa força como povo e como mantenedores dos nossos destinos. Forasteiros não têm direito de dar pitaco na nossa política e nos ditames do nosso Estado.
Muitos forasteiros, descompromissados com o Estado, que no passado foram impostos ditatorialmente como candidatos, sem ter residência no Estado e sem nenhum serviço prestado à nossa comunidade, hoje são defenestrados e foram apagados da nossa história, sem ter mais nenhum espaço em nosso cenário político.
Se alguém quiser ser candidato pelo Tocantins, que venha validar seu direito de dar palpites, que se legitime como tocantinense, cumprindo pelo menos o prazo mínimo de residência exigido pela Justiça Eleitoral, experimentando do nosso calor e se familiarizando para saber o que é um chambari, pelo menos.
Isso vale para todos os que falam mal do Tocantins pelas costas e que chegam aqui se apresentando como bons moços e boas moças, achando que o no Estado tem outro dono, que não seja seu povo. Isso é coisa do passado.
Boas biscas é o que eles são!
O Tocantins é do povo tocantinense e de ninguém mais!