Os fatos ocorridos na tarde desta segunda-feira (24), em que o ex-parlamentar Roberto Jefferson resistiu ao cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo presidente do STF, Alexandre de Moraes, atirando contra policiais federais, nos traz a péssima lembrança de um passado de ditadura que deixou feridas incuráveis nas famílias das vítimas da opressão, e o medo de um futuro incerto e da reação dos extremistas ante à nova prisão de um dos seus precursores.
Por Edson Rodrigues
Felizmente, hoje, vivemos em uma Democracia, que nos permite ir e vir, nos expressar e termos uma imprensa livre. Desta forma, quem quer que seja que tente desrespeitar essa conquista tão duramente alcançada pelo povo brasileiro, colocando em risco os preceitos da nossa Constituição Federal, seja por qualquer motivação, merece castigo exemplar, de acordo, justamente, com o que reza a nossa Carta Magna.
Tudo começou com afrontas, xingamentos e palavras do mais baixo nível desferidos por Jefferson em direção à ministra do STF, Carmen Lúcia. Já em prisão domiciliar e com acesso restrito aos meios de comunicação e às redes sociais, Jefferson não só burlou as regras, como o fez de forma gravíssima, principalmente por se dirigir a uma mulher da forma com que fez.
Dar tiros de fuzil e jogar granadas em direção aos agentes da Polícia Federal foi só o arremate cínico de quem não demonstra respeito nenhum pelas nossas instituições. Agora, além dos crimes por que vinha sendo punido, Jefferson deve enfrentar muitos outros processos. Será jogado no limbo dos presídios federais e no esquecimento político eterno, pois, cidadãos de bem, jamais o terão como exemplo nem como alguém digno de sua confiança ou votos.
Seu partido, o PTB, deve expulsá-lo de forma curta e direta, a não ser que queira ter sua ideologia associada aos atos que o mundo, hoje repudia.
TOCANTINS
Esse é mais um exemplo de que o Observatório Político de O Paralelo 13 vem percorrendo um caminho reto e consciente em seus editoriais, análises e panoramas políticos, ao clamar ao povo tocantinense que não saia de casa armado, nem material nem mentalmente, nestes dias que aproximam a realização da votação do segundo turno presidencial.
Se o clima já estava acirrada, com os dois candidatos concorrentes se acusando mutuamente e incitando suas militâncias a não deixar desaforos sem resposta, o ato tresloucado de Roberto Jefferson pode motivar revides de seus asseclas – como aconteceu durante o próprio cerco à sua casa, em que jornalistas foram agredidos por correligionários do ex-parlamentar – as chances de vermos pessoas de mente fraca partindo para as vias de fato por causa de política aumentaram exponencialmente.
O primeiro turno presidencial, que ocorreu em conjunto com as eleições estaduais, transcorreu de forma tranquila e harmônica, com o povo aceitando o resultado das urnas e se preparando para deixar seu voto, no próximo dia 30, para o candidato que mais lhe agrada.
Não é hora de se discutir quem é mais ou maior. A hora é de se pensar no que é melhor para o Brasil, para a Nação, de pensar em fortalecer a nossa Democracia e manter nossas instituições firmes e fortes.
Clara que todos temos nossas opiniões e devemos mantê-las firmes, sempre respeitando a opinião alheia e o direito de cada um ter a sua. Devemos convergir e agir em conjunto, sim, para termos um Tocantins melhor, sem fome, sem pobreza, com geração de empregos e desenvolvimento.
Que o eleitor tocantinense não se deixe levar pelo clima belicoso instalado entre os dois QGs de campanha. Que pense no que é melhor para o seu Estado e para seus concidadãos, e que cobre dos parlamentares que elegeu como seus representantes, o mesmo respeito às Leis, à Constituição e à Democracia, do qual o povo tocantinense pode se orgulhar.
Por uma reta final sem mortes, sem brigas, sem conflitos e sem confusões. Por uma eleição democrática e discutida apenas no campo das ideais.
Depois dos fatos de ontem, os órgãos fiscalizadores e investigativos federais estarão agindo com mais rigor ainda para evitar que atos semelhantes ao perpetrado pelo ex-parlamentar não se repitam. Qualquer tentativa de revide ou de violência, será duramente reprimida, de acordo com os rigores da Lei.
Que o Tocantins passe bem longe disso.
É o que rogamos, em nome do Nosso Senhor, Jesus Cristo!