O juiz Adelmar Aires pediu vista dos processos. Apesar do pedido de vista ter adiado o fim do julgamento, a Corte já formou maioria pela rejeição de ambos os processos.
Com G1 Tocantins e da Redação
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) iniciou na manhã desta terça-feira (3) o julgamento de dois processos eleitorais contra o governador Mauro Carlesse (DEM) e o vice Wanderlei Barbosa (PHS). Os fatos apurados são referentes a supostos ilícitos ocorridos na campanha da eleição suplementar em 2018. O julgamento foi suspenso após o juiz Adelmar Aires pedir vista nos processos.
Uma das ações foi iniciada pelo Ministério Público Eleitoral. A outra teve autoria da coligação ‘A vez dos Tocantinenses’, mas acabou sendo assumida pelo MP. O governador é acusado de compra de apoio político através de emendas parlamentares e convênios com municípios, contratações irregulares e uso da máquina pública para campanha, entre outras suspeitas.
O procurador regional eleitoral Álvaro Álvaro Manzano destacou, durante o julgamento, o caso de um prefeito que publicamente tinha demonstrado apoio político a outro candidato, mas após receber recursos e obras no valor de R$ 220 mil resolveu mudar de lado e apoiar Mauro Carlesse. Apontou ainda reuniões eleitorais que teriam sido realizadas dentro do Palácio Araguaia.
O relator dos processos foi o desembargador Marco Villas Boas. Ele apontou que não há provas suficientes para condenação em nenhuma das acusações e os pagamentos feitos pelo Estado foram necessários para bom funcionamento do serviço público.
Os dois processos tiveram pedidos de vista pelo juiz Adelmar Aires. Uma sessão extraordinária foi marcada para a próxima quarta-feira, às 17h, quando os julgamentos serão retomados.
Apesar disso, no pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral o placar ficou 6x0 pela absolvição do governador e vice, faltando apenas o voto de Adelmar Aires. No outro processo, quatro votaram pela absolvição de Mauro Carlesse e os demais devem votar na próxima sessão.
Como os processos são referentes a fatos investigados na eleição suplementar, as possíveis condenações não vão refletir no atual mandato de Mauro Carlesse.
Na Aije (Ação de Investigação Judicial) do MPE, acompanharam o relator: o presidente do TRE, o desembargador Eurípedes Lamounier, e os juízes Antiógenes Ferreira, Marcelo Cordeiro, Ângela Haonat e Ana Paula Brandão. A maioria contra a ação movida pela coligação “A Vez dos Tocantinenses” já foi formada por Marco Villas Boas, Eurípedes Lamounier, Antiógenes Ferreira e Marcelo Cordeiro. Os demais preferiram esperar a sessão extraordinária.