AS ENTRELINHAS DAS ARTICULAÇÕES POLITICAS DO MDB TENTANDO FAZER COM O SENADOR EDUARDO GOMES O MESMO QUE FIZERAM COM O EX-SENADOR LEOMAR QUITANILHA

Posted On Sexta, 07 Fevereiro 2020 17:21
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Por Edson Rodrigues

 

O MDB tocantinense passa por um de seus piores momentos desde a criação do Estado, sangrando politicamente, com seu maior líder, o ex-governador Marcelo Miranda, preso sem julgamento, mesmo sendo um político carismático, que pecou por deixar que outras pessoas da sua família dominassem seu governo e praticassem atos não republicanos.  São dezenas de processos que o ex-governador responde na Justiça por corrupção, com seu primeiro julgamento marcado para o próximo mês de abril, acerca da Operação Reis do Gado, em que é acusado, juntamente com seu irmão, Jr. Miranda, de ter desfalcado os cofres públicos em mais de 500 milhões de reais.  O julgamento ocorrerá na Justiça Federal, em Palmas.

 

FRITURA RESPALDADA

Senador Eduardo Gomes

 

Segundo fontes, aliados de Marcelo Miranda no MDB estão “fritando” o senador Eduardo Gomes, com respaldo da deputada federal Dulce Miranda, esposa de Marcelo, da mesma forma com que foi feito com o ex-senador Leomar Quintanilha, quando se filiou ao, então, PMDB, via Cúpula Nacional, e foi “cozido em banho Maria” para, depois, ser fritado definitivamente. O modus operandi da fritura de Leomar é o mesmo que está sendo usado contra Eduardo Gomes.

 

Segundo fontes, assim que Eduardo Gomes, o senador mais bem votado do Tocantins, filiou-se ao MDB, começaram os burburinhos da ala marcelista.  Logo em seguida, o presidente interino, deputado Nilton Franco, cobrou que Eduardo Gomes visitasse as bases para, logo depois, tentar dissolver a Comissão Provisória do MDB de Ipueiras, eleita com a participação – e a presença – direta de Eduardo Gomes. Como não conseguiu, Nilton Franco simplesmente não registrou o Diretório.

 

VALDEMAR JR.

 

Essa mesma fonte nos informou que na última quinta-feira (6), Nilton Franco e a deputada Dulce Miranda estiveram em Brasília, apresentando como “convidado ilustre” o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, à cúpula Nacional, para que ele se filiasse ao partido e fosse  candidato à reeleição pelo MDB.

 

 

Joaquim Maia tem uma condenação em primeira instância e seus direitos políticos cassados por cinco anos – mesmo com direito a recurso em instâncias superiores – e teve a sede da sua prefeitura alvo de buscas e apreensões, assim como as secretarias da Cidade e de Infraestrutura de operação da Polícia Civil, que na última semana levou ao bloqueio dos bens do secretário da Infraestrutura em valor superior a dois milhões e meio de reais e também à abertura de um inquérito no Ministério Público para averiguar o fato de um funcionário comissionado da prefeitura estar dando expediente como vigia noturno em sua própria residência (de Joaquim Maia) e, segundo fontes, com mais três investigações correndo em segredo de Justiça nas áreas da Saúde e da Educação.

 

Deputado Valdemar Junior

 

Neste fim de semana a deputada Federal Dulce Miranda já está no Tocantins onde, juntamente com Nilton Franco, irão tentar dar um “chega pra lá” no deputado estadual Valdemar Jr., que segundo a ala marcelista, “nem c*ga nem desocupa a moita”, ou seja, nem fica em Porto, nem fica em Palmas.

 

Será que Raul Filho poderá se o próximo Candidato a prefeito de Palmas pelo MDB?

 

Há fortes comentários também, segundo a mesma fonte, que no submundo das rasteiras o ex-prefeito de Palmas, Raul Filho será o próximo filiado ao MDB, pelas mãos – novamente – de Nilton Franco e Dulce Miranda, a qualquer momento, o que confirmaria a “fritura” de Valdemar Jr. Tanto em Palmas quanto em Porto Nacional.

 

Trocando em miúdos, o MDB viraria a mais nova “barriga de aluguel” do mercado.

 

A PERGUNTA

O que não se consegue entender, logo, o que gera estranhamento, é que toda essa movimentação do MDB tocantinense em Brasília não foi sequer comunicada ao senador Eduardo Gomes, o mais bem votado no Estado, líder do presidente da República no Congresso Nacional, relator setorial do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, segundo-secretário da Mesa Diretora do Senado e um tocantinense comprometido com as causas do povo, reconhecido por sua vasta folha de contribuição a todos os municípios tocantinenses e exímio articulador político.

 

E, mais, os emedebistas tocantinenses nem sequer passaram no gabinete de Eduardo Gomes para uma visita de cortesia ou um cafezinho.

 

Depois de todo o exposto.  Nem precisaria perguntar: querem ou não querem “fritar” Eduardo Gomes?

 

Até breve!