Áudio vazado e divulgado no site T1 Notícias, presidente do Sisepe afirma que governo precisa cortar na carne, e demitir 21 mil servidores
Por Edson Rodrigues
Acredito na cristalinidade das informações contidas em matéria da séria articulista e jornalista Roberta Tum, em que transcreve um áudio gravado entre o presidente do Sisepe – Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins - no qual ele afirma, para um interlocutor não identificado, que com o término das eleições, em caso de vitória de Carlesse e o término da proibição de demissão de servidores, o governador demita, nada menos, que 21 mil servidores comissionado ou contratados.
Um ex- secretário do governo nos afirmou que Carlesse está refém dos deputados estaduais e federais que o apóiam e, caso eleito, seu mandato pode representar o sepultamento virtual da economia tocantinense, pois não haverá verba para o pagamento do funcionalismo.
Nossa fonte foi mais longe e afirmou que o Tocantins passará por momentos de estrangulamento, sem “ar para oxigenar sua economia”.
Ou seja, faltarão recursos para cumprir os compromissos com fornecedores e prestadores de serviço, pois estando inadimplente em oito processos junto à União, fica impedido de receber repasses federais ou emendas parlamentares.
PIOR QUE MINAS
Desta forma, o Tocantins assumiria o topo do ranking da vergonha, pois Minas Gerais, o primeiro colocado nesse ranking, até hoje parcela o pagamento do funcionalismo, mesmo sendo um estado industrializado e de economia em constante movimento, ao contrário do Tocantins, que depende exclusivamente dos repasses constitucionais, em sua maioria.
ADMINISTRAÇÃO AUSTERA
Independente de quem ganhar este segundo turno, esse gestor terá que realizar uma administração mais que austera, sem clientelismo.
Segundo apuramos com um diretor do atual governo que tem acesso aos números, ele foi taxativo ao afirmar que se o Estado não demitir entre 22 e 25 mil servidores, a economia tocantinense vai entrar em colapso, pois o governador interino Mauro Carlesse concedeu vários mimos aos servidores, como aumentos progressões e promoções, sem o menor cuidado de planejar ou verificar se há verba para que isso continue a ser cumprido, se eleito, depois que assumir. “Vai explodir o caixa do Estado”, enfatizou.
AJUDAS EXTERNAS
Convênios federais, parcerias, empréstimos bancários com instituições públicas, privadas, nacionais ou internacionais, tudo isso deve ser esquecido, pois não há a menor chance de se concretizar.
O Tocantins não tem lastro financeiro e o nome do Estado consta no rol dos inadimplentes. A constituição federal proíbe, em ano eleitoral, comprometer receita futura e, para que algum dinheiro extra seja direcionado ao Tocantins, é preciso o aval do governo federal, com respaldo da Câmara Federal, o que, hoje, tem chances zero de ser concedido.
RADIOGRAFIA DO MOMENTO
Se o Tocantins fosse uma empresa privada, estaria à beira de um pedido de falência, recuperação fiscal, situação que lhe daria tempo para juntar recursos para, quando puder, sabe-se lá daqui a quanto tempo, voltar a cumprir seus compromissos, torcendo para que os credores aceitem aguardar por essa recuperação financeira. Infelizmente, isso não é possível, pois o Estado não é uma empresa, é uma unidade da Federação e é obrigado a cumprir as regras constitucionais nas áreas prioritárias da Saúde, educação, Segurança Pública e Infraestrutura que, sabemos, não passam nem perto de estarem em dia.
A DECISÃO
Cabe, pois, ao eleitor tocantinense decidir qual é o Estado que ele quer para o futuro. Um Estado bem gerido e com ações planejadas ou um Estado em que, em poucos meses, o governador interino estourou o limite de contratações previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal em mais de 28%.
Só o leitor pode fazer essa escolha e, quanto mais eleitores comparecendo às urnas, maiores são as chances da maioria não ser governada pela escolha de uma minoria.
Até breve!!