Por Edson Rodrigues
Um fenômeno comum em ano eleitoral é o despertar de grupos de oposição que estavam adormecidos ou de braços cruzados. No Tocantins, existem várias lideranças que devem começar suas movimentações nos próximos dias. É fácil distinguir a oposição atuante da não atuante. Nas cidades em que os problemas de uma gestão são expostos, constantemente, para a população, seja na mídia tradicional ou nas redes sociais, sabemos que a aposição está atuando de forma responsável. Naqueles municípios em que a situação “vende” a imagem de um lugar sem problemas e a população compra a ideia, podemos ter certeza de que a oposição está apática.
Cidades de Palmas , Araguaína e Porto Nacional, peso decisivo para o pleito de 2026
Utilizaremos quatro cidades do Tocantins para exemplificarmos, na prática, as diferenças entre grupos oposicionistas à situação que cumprem seu papel daqueles que ainda não despertaram. Comecemos por Palmas e Araguaína. Na Capital, independente do ano ou do mês, qualquer vacilo da Prefeitura é exposto à população, a exemplo dos casos de corrupção no transporte escolar, o superfaturamento da decoração natalina e o fim das horas extras e plantões dos profissionais da saúde. Os problemas são expostos e a população avalia a gravidade das denúncias. Em Araguaína, a mesma coisa. Os aumentos de impostos e taxas da Prefeitura não passaram despercebidos e o debate foi à público, tomando conta, por vários meses, da pauta geral.
Já em Paraíso e Porto Nacional, o maior indício de que as oposições estão de braços cruzados é a falta de notícias sobre problemas na Administração Pública. Seria até mesmo inocência acreditar que dois dos maiores municípios do Estado não apresentam problemas. Em Paraíso, o prefeito Celso Morais divulga maravilhas e é isso que fica. Não existe uma oposição focada em cumprir seu papel, mostrando falhas e apontando soluções. Em Porto Nacional, a publicidade da Prefeitura não encontra dificuldades para vender seu peixe.
Agora, há poucos meses das eleições, começam os tímidos movimentos da oposição em Paraíso e Porto Nacional na tentativa de correr atrás do tempo perdido. Mas esse é um trabalho que não traz resultados do dia para a noite. É preciso tempo e constância para ganhar a atenção e o apoio da opinião pública.