VEJA E ÉPOCA DESTACAM OS 100 PRIMEIROS DIAS DA GESTÃO BOLSONARO E ISTOÉ FALA DO RADICALISMO QUE TOMOU CONTA DO PAÍS
Veja
Os 100 dias de Bolsonaro
No jargão da política, esse período é chamado de “lua de mel”, fase em que os deslizes são perdoados e os defeitos relevados pela maior parte dos eleitores — que, anal, elegeu o mandatário da vez. Apesar de Bolsonaro ter sido ungido pelas urnas com 58 milhões de votos, sua lua de mel foi muito mais curta que o normal. Entre janeiro e março, a parcela dos brasileiros que avaliavam o governo como ótimo ou bom encolheu de 50% para 38%. A perda de apoio também se manifestou no aumento de eleitores que consideravam o governo regular e passaram a classificá-lo como ruim ou péssimo, fatia que subiu para 27%, 5 pontos porcentuais acima do dado de janeiro. No cômputo geral, estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas que votaram em Bolsonaro deixaram de avaliar seu governo de maneira positiva, de acordo com a consultoria de pesquisa Ideia Big Data, que fez o estudo a pedido de VEJA.
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Istoé
No país dos radicais
O Brasil vive a era do radicalismo. E, como em todo ambiente extremado, existem dois lados que, embora berrem, só ouvem o que lhes interessa — mesmo que o trombeteado por suas turbas sejam estelionatos históricos. Na última semana, vivenciamos as pontas mais visíveis dessa radicalização que, em geral, nasce de governos doutrinários movidos por ideologias tacanhas. Não raro, destinadas a maquiar fracassos administrativos. É como se o Brasil se adequasse à imagem shakespeariana do absurdo: “a do louco conduzindo o cego”, onde os cegos são a militância amestrada.
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Época
Os 100 dias da gestão Bolsonaro
Antes de ocializar-se candidato a presidente da República, em 2018, Jair Bolsonaro tinha uma resposta pronta quando lhe perguntavam se achava que, ao entrar na disputa, venceria. Dizia que seria eleito caso conseguisse superar o obstáculo das “urnas eletrônicas fraudadas” e se o “sistema” não o impedisse. Considerava as ações contra ele que tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), por injúria e apologia ao estupro, subterfúgios do “sistema” para tirá-lo do pleito. Acreditava, num certo ranço conspiratório, que havia um plano para ceifar sua vitória. Vítima de uma facada em setembro do ano passado, Bolsonaro se elegeu sem fraude nas urnas e se livrou das ações no STF.
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O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse hoje em Campos do Jordão (SP) que não pretende entregar o cargo, em resposta a uma declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL)
Por Bernardo Barbosa
Durante um café da manhã com jornalistas na manhã de hoje, o presidente disse que decidirá sobre o comando do MEC na próxima segunda-feira. "Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima", diz o presidente.
Vélez negou ter sido procurado por Bolsonaro para tratar de sua eventual demissão. Questionado se considerava sua situação no MEC como insustentável, o ministro respondeu que "a única coisa insustentável é a morte."
Bolsonaro já havia feito críticas públicas à gestão de Vélez, que tem sido marcada por uma série de recuos, polêmicas e demissões. Desde o começo de março, houve cerca de 20 mudanças de cargos no MEC, onde grupos ligados a militares, técnicos e ao escritor Olavo de Carvalho -- que indicou Vélez ao cargo -- disputam espaço.
Na semana passada, o presidente disse em entrevista à Band que as coisas "não estão dando certo" no MEC, e que conversaria com Vélez após voltar da viagem oficial a Israel -- o presidente chegou na quarta ao Brasil.
Apesar da série de declarações ideológicas, Vélez defendeu em sua palestra no evento de hoje a tomada de decisões sem ideologia. "Temos que tomar decisões numa perspectiva técnica, científica e não ideológica", afirmou.
Em uma fala de seis minutos, Vélez discorreu sobre a necessidade de políticas para alfabetização de crianças e para atrair adolescentes para a escola, com ensino profissionalizante, como forma de diminuir a evasão.
Apesar de dizer que esta situação vem de muitos anos e não foi criada em meses de governo Bolsonaro, Vélez ainda afirmou estar "cansado de olhar para o passado e culpar outros governos".
Entenda a crise no MEC
Além da instabilidade provocada pelas disputas internas, Vélez protagonizou polêmicas junto à opinião pública. Recentemente, defendeu uma revisão dos livros didáticos sobre o golpe militar de 1964 e da ditadura que veio em seguida.
No fim de fevereiro, o MEC enviou a escolas um pedido para que alunos fossem gravados cantando o hino nacional, e que os vídeos fossem enviados ao governo. O pedido também incluía a leitura de uma mensagem com o slogan eleitoral de Bolsonaro, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". O ministro depois recuou da medida.
O ministro falou rapidamente à imprensa durante sua participação no 18º Fórum Empresarial Lide (Grupo de Líderes Empresariais) e não quis conceder uma entrevista coletiva.
O presidente Jair Bolsonaro indicou que o ministro da Educação, Ricardo Vélez, deve deixar o comando da pasta na próxima segunda-feira (8)
Por Sérgio Dávila
"Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima", disse o presidente em um café da manhã, nesta sexta (5), com jornalistas no Palácio do Planalto. A Folhaestava entre os convidados.
De acordo com Bolsonaro, na segunda-feira, "tira a aliança da mão direita e põe na esquerda ou põe na gaveta. Vamos supor que seja a saída dele (Vélez)". O presidente indicou ainda que não descarta reaproveitar o ministro em outra área do governo.
"Até segunda, vai ser resolvido, ninguém mais vai reclamar. Vélez é boa pessoa. Quem vai decidir sou eu. Segunda é o dia do fico ou não fico", disse o presidente.
Em evento do fórum empresarial Lide nesta sexta (5), em Campos do Jordão, o ministro voltou a dizer que não entregará o cargo. Ele evitou responder perguntas sobre uma eventual saída do ministério. Afirmou apenas que Bolsonaro não conversou com ele a respeito.
"Pretendo participar do fórum e não vou entregar o cargo", respondeu.
Por Josias de Souza
A cúpula do MDB assustou-se com a velocidade da deterioração do quadro criminal de Michel Temer. Um membro da Executiva da legenda disse ao blog: "É claro que ninguém, nem mesmo o Temer, imaginava que os processos ficariam parados depois que ele deixou o Planalto. Mas esse quadro de septicemia processual não estava no nosso horizonte."
No intervalo de duas semanas, Temer passou quatro dias preso e tornou-se réu em quatro ações penais —uma em Brasília (caso da mala), duas no Rio de Janeiro (Angra 3) e outra em São Paulo (reforma da casa da filha com verbas sujas). Há mais seis inquéritos correndo contra o ex-presidente.
Os companheiros de partido são pessimistas em relação ao destino de Temer. Consideram improvável que o amigo e correligionário seja inocentado nos dez processos. Lamentaram que o presidente do STF, Dias Toffoli, tenha adiado o julgamento das ações contra a prisão de condenados em segunda instância. Contavam com uma reversão dessa jurisprudência.
"Parece haver entre procuradores e juízes uma gana de condenar rapidamente mais um ex-presidente da República", avaliou o dirigente do MDB. "É como se quisessem fazer uma vingança por conta de os processos terem ficado represados quando o Michel estava no Planalto."
Quadrilha tentou assaltar dois bancos e um dos criminosos fez uma família refém durante fuga
Com Agência Brasil
Uma quadrilha tentou assaltar, simultaneamente, dois bancos no município de Guararema, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (4). De acordo com a Polícia Civil, ao todo, eram 30 criminosos envolvidos na ação. O assalto, porém, foi interceptado pela polícia, não chegou a ser concluído e terminou em tiroteio. Onze dos assaltantes acabaram mortos.
Segundo as informações reveladas pela TV Globo na manhã de hoje, um dos criminosos morreu ao tentar fazer uma família refém durante a fuga. Ele acabou baleado e as vítimas foram liberadas em segurança.. Todo o episódio em Guararema aconteceu às 4h, na estrada municipal Doutor Hércules Campagnoli, região central da cidade.
De acordo com os policiais, a quadrilha chegou ao local em vários carros e tentou roubar os caixas dos bancos do Brasil e do Santander, que ficam próximos um do outro. O Banco do Brasil, inclusive, fica localizado ao lado da delegacia do município.
Foram instaladas bombas em ambas as agências. O Banco do Brasil foi parcialmente destruído, mas os explosivos colocados no banco Santander não chegaram a ser detonadas. Por fim, os criminosos também metralharam a fachada de uma loja.
Apesar das mortes, o restante da quadrilha conseguiu fugir da polícia em dois carros. Os veículos trafegaram pelas estradas rurais e os criminosos estão sendo procurados pela polícia de Guararema . Os criminosos também abandonaram um terceiro veículo em frente às agências e as autoridades agora investigam a sua procedência e se há bombas em seu interior.