Imagens mostram pequeno grupo se preparando para pedalar em ato a favor do ex-presidente
Por Jota Jackson
Nesta segunda-feira, dia 16 de maio os internautas continuam fazendo chacota em relação a ciclo passeata realizado pelos petistas em favor de Lula. Vale informar que o evento foi realizado na Av. Paulista em São Paulo no último domingo dia 15, contudo foi um verdadeiro fiasco em termos de adesão popular.
O evento é mais uma prova de que as pesquisas que apontam Lula como grande favorito para ganhar as eleições são no mínimo muito contraditórias. Afinal, a quantidade de pessoas que aderiram ao evento na Paulista foi ridicularizada e jamais seria digna de um suposto candidato com 46% das intensões de votos.
O vexame foi amplamente nas redes sociais onde os conservadores fizeram questão de mostrar o fracassado evento petista. Dessa forma, o resumo do evento foi uma ciclo passeata pró-Lula com baixa adesão e virando piada nas redes sociais. A manifestação contou com poucas dezenas de militantes de esquerda ciclistas.
“ Cada um é entrevista 5 vezes pelos institutos de pesquisa. Pesquisas essas encomendadas por bancos e lojas de investimento. Assim, talvez, pretendem fazer nas eleições. Cada petista votará três vezes. “ Comentou um seguidor; “E nesta multidão que o stf e as agências compradas de pesquisa se baseiam.” Ironizou outro internauta.
Ex-governador de São Paulo vai buscar ‘tentativas de solução interna’ antes de adotar qualquer medida; presidente do PSDB convocou reunião da Executiva Nacional para terça-feira
Por Victoria Bechara / jovem pam
A defesa de João Doria deve recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso o PSDB decida barrar sua candidatura à Presidência da República. O advogado do tucano, Arthur Rollo, afirmou que a ideia, inicialmente, é buscar uma conciliação com a legenda. Caso “as tentativas de solução interna” sejam esgotadas, a questão pode ser judicializada. “A gente quer a unidade dentro do partido, não quer brigar com ninguém, a gente quer que o estatuto do partido seja respeitado, que sejam respeitadas as prévias”, disse Rollo à Jovem Pan.
O PSDB e o MDB enfrentam um impasse para definir uma candidatura única de terceira via. Uma ala do partido tucano apoia a escolha da senadora Simone Tebet (MDB) para disputar o Planalto. Doria, no entanto, indica que não vai abrir mão da corrida. A escolha será baseada em pesquisas quantitativa e qualitativa.
Neste fim de semana, o ex-governador de São Paulo enviou uma carta dura ao presidente do PSDB, Bruno Araújo, em que cobrou respeito às prévias e afirmou ser vítima de “tentativas de golpe”. O líder tucano então convocou uma reunião da Executiva Nacional da sigla para esta terça-feira, 17, um dia antes da data marcada para divulgação da candidatura única com os partidos do autointitulado centro-democrático.
O advogado de Doria criticou a decisão. “‘Tudo errado, porque para ter deliberação precisa ter uma convocação específica, ‘vamos deliberar sobre tal assunto’, e não possíveis deliberações. Isso não existe”, afirmou Rollo. Mais cedo, em entrevista à Jovem Pan News, o coordenador da campanha do ex-governador, Marco Vinholi, afirmou que “não teria sentido” Doria abrir mão da candidatura para dar lugar a Simone Tebet. A emedebista, por sua vez, disse que respeita as regras e vai “jogar em qualquer posição”, mas, caso seja escolhida, vai concorrer ao Planalto “independente de outros partidos”.
No amontoado de pesquisas sobre intenções de voto para presidente da República, tendo a acreditar mais nas que mostram uma diferença abaixo de 10 pontos entre o primeiro colocado, Lula, e o segundo colocado, Jair Bolsonaro (foto), na disputa de primeiro turno. É o resultado da sondagem divulgada hoje, pelo PoderData
Por Mario Sabino
O petista tem 42%, contra 35% do atual presidente. Nas pesquisas anteriores, a diferença era de 5 pontos. No segundo turno, de acordo com o PoderData, Lula venceria Jair Bolsonaro por 49% a 38% dos votos.
O mais interessante nessa pesquisa são dois recortes. O primeiro mostra que 77% dos eleitores que votaram em Fernando Haddad, em 2018, dizem que votarão no seu chefe em 2022. Já em relação a Jair Bolsonaro, só 61% afirmam que repetirão a escolha. No segundo recorte, do total de eleitores que o atual presidente teve em 2018, 18% dizem que votarão nas eleições deste ano em Lula, enquanto outros 11% pretendem votar em Ciro Gomes, João Doria, Simone Teber e André Janones.
A sangria de Jair Bolsonaro é grande, mesmo depois de ter ganhado 15% nas intenções de voto, com a saída de Sergio Moro da corrida ao Palácio do Planalto. Outro dado que aponta para o desgaste do atual presidente é que, segundo a pesquisa, entre os que anularam ou votaram em branco em 2018, 34% afirmam que votarão em Lula já no primeiro turno deste ano, ao passo que 14% dizem que optarão por Jair Bolsonaro.
Uma brisa leve vinha soprando em favor do inquilino do Palácio do Planalto. Ela foi impulsionada também pela condenação do deputado Daniel Silveira a quase 9 anos de prisão pelo STF, um verdadeiro espanto. Jair Bolsonaro usou acertadamente a condenação para fazer pregação pela liberdade de expressão — e Lula o ajudou muito com as suas declarações estapafúrdias sobre a Guerra na Ucrânia, policiais não serem gente e regulação da mídia. Mas, na sequência, o atual presidente errou feio ao voltar a atacar a lisura do processo eleitoral brasileiro. Os ganhos com o caso Daniel Silveira foram anulados pela retórica golpista e pelo novo aumento do preço dos combustíveis, que Jair Bolsonaro tenta encobrir com a troca de ministro das Minas e Energia e a patacoada de privatizar a Petrobras.
As pesquisas explicam Jair Bolsonaro, mas não o tornam mais compreensível.
O cruzamento de dados da última pesquisa Ipespe é revelador de como o eleitor percebe as diferenças das estratégias eleitorais de Jair Bolsonaro e Lula da Silva.
Por Thomas Traumann / veja.abril.com.br
A maioria dos eleitores de Lula da Silva não se define como de esquerda, mas 2 de cada 3 votantes de Bolsonaro se dizem de direita. A amplitude do eleitorado de Lula e a estreiteza da massa bolsonarista é fundamental para entender o favoritismo do ex-presidente nos cenários de segundo turno. Na pesquisa Ipespe, Lula salta de 44% no primeiro turno para 54% na simulação do segundo, enquanto Bolsonaro tem ganhos marginais e sai de 32% para 35%.
“Isso mostra que a estratégia de Lula de ir para o centro, chamando Geraldo Alckmin para ser o seu vice, tem dado resultado, enquanto a de Bolsonaro é limitadora. Ele precisa de uma força centrípeta para crescer fora da direita”, analisa o cientista Antonio Lavareda, diretor do Ipespe.
Perguntados como classificam os candidatos, os entrevistados do Ipespe descrevem bem a atual bifurcação ideológica dos dois líderes das pesquisas: 65% apontam Lula como sendo de esquerda, enquanto 63% apontam Bolsonaro como de direita.
Quando os próprios eleitores de classificam pelas matizes ideológicas, o quadro é:
30% se dizem de direita
7% centro-direita
8% centro
8% centro-esquerda
21% de esquerda
29% não souberam ou não quiseram se definir
Quando esses dados são comparados, fica nítido que Lula tem um eleitorado mais amplo. Entre os que pretendem votar em Lula, 45% se dizem de esquerda; 30% não se definem; 16% estão nos vários tipos de centro e 9% se dizem de direita.
No caso de Bolsonaro 66% se dizem de direita; 20% estão indefinidos; 14% estão na centro-direita e centro; e zero se dizem de centro-esquerda ou de esquerda.
Lula tem, segundo a pesquisa, quase a totalidade dos votos de esquerda e avança sobre os outros espectros, inclusive com eleitores que se definem de direita. Bolsonaro está hoje em um nicho minoritário, agravado pelo discurso de intimidação das urnas eletrônicas e do apoio às ameaças aos ministros do STF/TSE.
Bolsonaro se reúne com o ministro da Defesa e comandantes militares dias depois da crise com o SUpremo Bolsonaro se reúne com o ministro da Defesa e comandantes militares dias depois da crise com o SUpremo | Isac Nobrega / Presidência da República
Por Rafael Moraes Moura e Malu Gaspar / blogs.oglobo.globo.com
A escalada dos últimos dias na tensão entre o Palácio do Planalto, as Forças Armadas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reacendeu em Brasília a discussão sobre os riscos de um golpe, em caso de uma eventual derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de outubro.
Mas se depender dos ânimos da caserna, o golpe não virá. Essa é a opinião de três generais que ocuparam postos estratégicos durante o governo Bolsonaro, mas acabaram demitidos pelo chefe do Executivo por motivos diversos.
Os três foram unânimes em rechaçar qualquer risco de ruptura institucional em um cenário de derrota de Bolsonaro para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Hoje, esse é o cenário mais provável no segundo turno, de acordo com pesquisas de intenção de voto.
A equipe da coluna apurou ainda que integrantes do Alto Comando também vêm procurando (com discrição máxima) interlocutores no Judiciário e no meio político para passar um recado parecido: o de que, em caso de derrota, Bolsonaro não teria apoio para virar a mesa e anular as eleições.
Parte dessa movimentação visa acalmar integrantes do TSE que temem uma eventual invasão do Congresso e até mesmo das dependências do tribunal, caso Bolsonaro se recuse a aceitar um revés nas urnas.
Magistrados estão preocupados com a repetição, por aqui, das cenas ocorridas nos Estados Unidos no ano passado após a derrota de Donald Trump para Joe Biden. Trump insuflou extremistas a invadirem as dependências do Capitólio, em um ato de vandalismo que chocou o mundo e resultou na morte de cinco pessoas.
“Os comandantes são profissionais experientes, operacionais e não colocariam o prestígio das instituições militares, a cultura militar de respeito à legislação, suas carreiras e suas vidas em apoio a aventuras pessoais”, disse o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que deixou a Secretaria de Governo em junho de 2019, após entrar na mira do escritor Olavo de Carvalho e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Dos três ouvidos, ele é o único que concordou em ser citado nominalmente.
Um segundo general, que entrou no rol de demitidos por não ceder a pressões do presidente por ações com propósito eleitoral, repetiu à equipe da coluna a mesma avaliação, na semana passada. “Chance zero, seria cometer um erro velho”, garantiu.
Já outro general que deixou o governo e tem interlocução com ministros de cortes superiores vem repetindo a eles que descarta as chances de ruptura institucional. “Minha geração pagou um preço muito alto por conta da ditadura militar. Não queremos assumir mais um fardo”, comparou.
O último capítulo da crise entre Bolsonaro e o TSE começou quando o general Heber Portella, representante militar no comitê de transparência das eleições formado pela corte, enviou ao tribunal uma série de questionamentos colocando em dúvida a segurança do sistema e sugerindo que ele é vulnerável a fraudes.
A atitude deu munição ao presidente para lançar suspeitas e fazer afirmações falsas sobre como funciona o sistema de apuração dos votos, mencionando uma suposta "sala secreta" que nunca existiu.
Para tentar conter a crise, foram feitas reuniões entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Oliveira, e os presidentes do Supremo, Luiz Fux, e o do TSE, Edson Fachin.
Em outra frente, o ministro da Defesa ainda tomou para si a interlocução direta com o TSE, desautorizando os questionamentos e as suspeitas lançadas por Portella.
Ainda assim, não é possível dizer ainda que a situação se acalmou na capital federal – daí a movimentação dos generais em relação aos principais atores institucionais de Brasília.
Na quinta-feira, em um duro recado para o governo, o presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou que “forças desarmadas” são responsáveis pelas eleições e que “ninguém nem nada vai interferir” no pleito.
No dia seguinte, Bolsonaro disse que quer "eleições limpas, transparentes, com voto auditável". Afirmou, ainda, que a parti e que as Forças Armadas foram convidadas a participar do processo eleitoral -- e não para "servir de moldura para quem quer que seja".
Enquanto o presidente não mostrar qualquer intenção de baixar as armas, todas as atenções estarão voltadas para as respostas dos militares.