Durante as últimas décadas, institutos de pesquisa falsificam, muitas vezes à custa de dinheiro público, pesquisas eleitorais por todo o País
Por Edson Rodrigues
No esquema, prefeituras de cidades pequenas e candidatos a cargos eletivos, contratam institutos para a prestação de serviços de consultoria. Mas em vez de cumprir esses contratos como manda a Lei, as empresas produzem pesquisas falsas que prevêem vitórias por amplas margens dos contratantes.
O Tribunal Superior Eleitoral, visando garantir o rigor metodológico das pesquisas eleitorais, exige que toda sondagem eleitoral seja assinada por um estatístico responsável. No entanto, essa exigência não impediu que o esquema prospere.
É comum que institutos pequenos não tenham dinheiro para pagar um estatístico fora da temporada de eleição. Por isso, acabam contratando autônomos para fazer os planos amostrais de suas pesquisas, em vez de empregarem um profissional com dedicação exclusiva.
É possível que uma empresa faça pesquisas com financiamento próprio – sobretudo como uma forma de conseguir visibilidade. Mas nenhum instituto consegue se sustentar por quatro anos sem vender pesquisas. Segundo estatísticos, declarar uma sondagem como auto-contratada é quase sempre um artifício para esconder quem realmente pagou por ela.
Além disso, a pena para fraude em pesquisa eleitoral é pequena. Há a detenção entre seis meses e um ano – imposta quase sempre em regime aberto – e uma multa de R$ 177 mil a R$ 355 mil. Mas mesmo a multa não surte efeitos práticos.
O caso desses institutos escancara como as instituições brasileiras permitem que fraudes em pesquisas eleitorais ocorram de maneira sistemática por décadas, sem que consequências mais severas aconteçam. Há dezenas de outros institutos que chamam a atenção – seja por uma ausência de pesquisas efetivamente publicadas, por um elevado índice de erro, ou por seus proprietários possuírem outras empresas do ramo.
TOCANTINS
Mas, como sempre, no Tocantins o fato ganha proporções bem maiores. Institutos querem que acreditemos que “uma montanha pariu um rato e que uma rata pariu um elefante”.
O escárnio com a inteligência da população e da imprensa é tão grande, que já tem pesquisa indicando candidato a governador eleito antes mesmo de se iniciar o período de campanha, sequer o próprio ano eleitoral.
Esses institutos estão perdendo tempo, atuando regionalmente, quando poderiam apresentar suas soluções ao ex-presidente Lula, por exemplo, para que ele vença as eleições presidenciais já este ano!
Esses resultados apresentados são, além de inacreditáveis, risíveis, uma vez que elencam adversários com projeções de intenção de voto que ainda nem se lançaram como pré-candidatos, tudo para exacerbar a “liderança” e a “popularidade” de quem está pagando a pesquisa.
É preciso ser “professor de Deus” para demonstrar tanta sabedoria.
“Abre a tampa do olho”, eleitor tocantinense! Daqui até outubro de 2022 vai ter muita pesquisa tentando te fazer acreditar que “foguete dá ré”!!
Estamos de olho!!
Quantia bate recorde e será usada para financiar campanhas em 2022
Por Marcelo Brandão
O Congresso Nacional derrubou hoje (17) um veto presidencial e, com isso, ampliou o valor do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões. Em agosto, o presidente da República havia vetado essa ampliação quando sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. O trecho, antes vetado e agora derrubado, agora segue para promulgação.
O veto foi primeiro analisado na Câmara e os deputados o derrubaram por um placar de 317 votos a 143. No Senado, foram 53 votos pela derrubada do veto e 21 por sua manutenção. No Senado, assim como na Câmara, o assunto foi alvo de debates.
Para o senador Telmário Mota (Pros-RR), ser a favor do veto, e contra os R$ 5,7 bilhões para as campanhas, é adotar um “discurso fácil e demagógico”. Ele defendeu a derrubada do veto para, segundo ele, trazer igualdade de condições aos candidatos e fortalecer a democracia.
“Como um líder comunitário vai conseguir disputar uma eleição com um grande empresário ou um descendente de uma oligarquia? O sistema de financiamento privado [de campanha] quase comprometeu a democracia brasileira. Escolheu-se o financiamento público. É preciso o financiamento ser igualitário para todos”, afirmou.
Já o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) se disse “indignado” com tal quantia para o Fundo Eleitoral. Para ele, não é momento do país reverter tal quantia para campanhas políticas. “A manutenção do veto é o mínimo de respeito com um país machucado pela pandemia, com mais de 20 milhões de pessoas passando fome e que agora, no apagar das luzes, se vê no direito de premiar presidentes de partidos e candidatos nas próximas eleições com montanhas de dinheiro público.”
Fundo Eleitoral
O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, ou apenas Fundo Eleitoral, foi criado em 2017. Sua criação se seguiu à proibição do financiamento privado de campanhas. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas a campanhas políticas, sob alegações de haver desequilíbrio na disputa política e exercício abusivo do poder econômico.
Sem a verba privada para custear campanhas eleitorais, foi criado o Fundo Eleitoral. Ele é composto de dotações orçamentárias da União, repassadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em até o início do mês de junho, apenas em anos eleitorais. Em 2018, por exemplo, foi repassado aos partidos pouco mais de R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para financiamento de campanhas.
Por Edson Rodrigues
Os bastidores políticos tocantinenses foram movimentados por duas notícias no início desta semana. A primeira não é nada boa, pois trata da internação do Dr. Brito Miranda, pai do ex-governador Marcelo Miranda, em um hospital particular de Palmas. Segundo informações obtidas pelo Observatório Político de O Paralelo 13, a família dos Miranda recebeu orientações para providenciar a transferência do Dr. Brito para um hospital em São Paulo, com mais recursos.
Parentes e amigos do Dr. Brito Miranda estão em orações pelo restabelecimento da saúde do patriarca, uma pessoa amada e querida por milhares de tocantinenses.
Nós, de O Paralelo 13, nos juntamos nessa corrente de orações e nos prontificamos a ajudar no que estiver ao nosso alcance.
CONEXÃO IMPOSSÍVEL
A outra notícia que esquentou os bastidores políticos do Estado tem a ver com o ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, que vinha participando das reuniões políticas realizadas no Bico do Papagaio, acompanhando os senadores Kátia e Irajá Abreu e o empresário Edson Tabocão.
Irajá Abreu, Edson Tabocão e Ronaldo Dimas, centro da foto
Com a chegada de Wanderlei Barbosa ao principal gabinete do Palácio Araguaia e a manobra de aproximação ao novo governador por parte do grupo político da senadora Kátia Abreu e o fato do governador em exercício evitar falar sobre filiação partidária para concorrer à reeleição, um burburinho surgiu nos bastidores, aventando a hipótese de que a deputada federal Dulce Miranda seria a candidata à vice-governadora, na chapa de Wanderlei.
Mas, quem conhece minimamente a política tocantinense sabe que o Marcelo Miranda já deixou bem claro que jamais dividiria palanque com Carlos Amastha ou com Kátia Abreu, informação esta reiterada pelo próprio ex-governador após consulta de O Paralelo 13. Está descartada, também, uma composição com o grupo político que vem se formando em volta de Laurez Moreira, Oswaldo Stival e Eduardo Fortes com o próprio Carlos Amastha como integrante.
Marcelo Miranda e Eduardo Gomes
Na última vez que nosso Observatório Político conversou com o presidente do MDB estadual, Marcelo Miranda, ele nos garantiu que estava totalmente conectado aos trabalhos do senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, e que, no início de janeiro, o partido irá se reunir entre seus principais líderes, para decidir qual será o posicionamento da legenda na formação de uma chapa majoritária, as coligações e o acompanhamento das decisões da cúpula nacional do MDB em relação à Federações Partidárias.
NOVO GRUPO SULISTA AFETA RONALDO DIMAS
Laurez e apoiadores
E o fim de dezembro também traz outra novidade ao processo sucessório de 2022, que é uma nova peça no tabuleiro político, composta pelo grupo político do Sul do Estado, criado em Gurupi, Capital da Amizade, liderado pelo ex-prefeito da cidade, Laurez Moreira, pelo empresário Oswaldo Stival, pelo ex-prefeito de palmas, Carlos Amastha e pelo pré-candidato a deputado estadual, Eduardo Fortes – uma liderança atuante na região Sul, com um programa de hortas comunitárias e apoio aos jovens, por meio do esporte.
Essa saída “à mineira” de Laurez Moreira do grupo de apoiadores da candidatura de Ronaldo Dimas ao governo do Estado demonstra mais uma divisão entre a oposição, uma vez que, até então, tanto Laurez quanto o grupo político da senadora Kátia Abreu eram “satélites” da candidatura de Dimas que, esvaziado politicamente, está se esforçando para buscar novas composições que dêem musculatura á sua pretensão.
WANDERLEI BARBOSA SEGUE GOVERNANDO
O governador em exercício, Wanderlei Barbosa (foto) vem priorizando a administração do Estado, mas não deixa de lidar, também, com a formatação do grupo político que dará sustentação à sua candidatura à reeleição, que já conta com o apoio da maioria dos deputados estaduais e, por enquanto, dos senadores Kátia e Irajá Abreu e do empresário Edson Tabocão.
Até o mês de abril a grande interrogação a respeito das eleições de 2022 será respondida, que será o sim ou o não do senador Eduardo Gomes ao convite feito pela maioria dos prefeitos e vereadores do Estado e para que seja candidato ao governo.
Vale ressaltar que o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro colocou a candidatura de Eduardo Gomes ao governo do Tocantins com uma das campanhas que irá apoiar.
Os companheiros e seguidores de Eduardo Gomes precisam dessa resposta para decidir seus futuros políticos, principalmente os que serão candidatos nas chapas majoritárias e proporcionais. Mas, ao que tudo indica, terão que esperar até depois do carnaval.
PLENO DO SENADO DECIDE FUTURO DE KÁTIA ABREU
A senadora Kátia Abreu(foto) tem, nesta terça-feira, 14 de dezembro, mais um dia histórico em sua carreira política, equivalente ao dia em que derrotou o então presidente Lula na votação pela rejeição volta da CPMF.
No mesmo plenário em que conseguiu a vitória que turbinou sua carreira política, ela estará concorrendo com os senadores Fernando Bezerra e Antonio Anastasia pela indicação do Senado para o Tribunal de Contas da União.
Bezerra é o candidato do palácio do Planalto e Antonio Anastasia do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. Kátia conta com seu próprio patrimônio político, sua atuação destemida e o apoio do senador Renan Calheiros e de um grupo de senadores “independentes”, que não são nem situação nem oposição.
A senadora tocantinense é conhecida pelo seu temperamento forte, sua determinação e sua seriedade, mas, também, por nunca ter perdido uma eleição desde que foi eleita presidente do Sindicato Rural de Gurupi, após perder, muito jovem, seu esposo em um acidente aéreo e assumir as rédeas da família e dos negócios.
Kátia empilhou eleições para a Federação da Agricultura do Estado do Tocantins, deputada federal, presidente da Confederação Nacional da Agricultura, senadora, foi ministra da Agricultura no governo Dilma Rousseff.
Esse histórico concede à Kátia um status que não pode ser, nunca, ignorado por quem concorre com ela por alguma coisa.
Presidente Jair Bolsonaro
Logo, o presidente do Senado e o presidente do Brasil que se cuidem nessa eleição, pois a senadora tocantinense é “boa de briga”.
O grande problema de Kátia Abreu é que Bolsonaro não é Lula, e não entra em briga pra perder, o que pode significar um fracasso retumbante da senadora tocantinense, com bem menos votos do que espera e, dessa forma, derrotada, sendo Kátia como é, ela “cairá atirando”, podendo sofrer consequências desastrosas para o seu futuro político, entrando definitivamente para o rol dos “inimigos do Palácio do Plnalto”, que sabemos não ser um bom negócio.
Esperemos, então, a decisão a ser mostrada no painel eletrônico do Senado Federal, nas próximas horas!
De repente, os colegas de andanças o deixaram à deriva e pousaram no palácio Araguaia, aproximando de Wanderlei Barbosa
Por Edson Rodrigues
Ingratidão e traição são irmãs gêmeas. Quem trai é ingrato. Começamos a análise de hoje lembrando que o maior traidor da História da humanidade, Judas Iscariotes (Mateus 26,14-25) traz à luz as tratativas de Judas com alguns dos sumos sacerdotes para trair seu Mestre: “O que me dareis se eu vos entregar Jesus?”. Então combinaram o preço: trinta moedas de prata. O episódio é tocante, especialmente por causa da ingratidão daquele que conviveu com Jesus por muito tempo.
Voltando ao Tocantins encontramos algumas situações semelhantes, que não são meras coincidências, mas igualmente preocupante. Recentemente abandonado pela senadora Katia Abreu, a caminho do altar, quando em um passado recente rodou o Bico do Papagaio e outras cidades, acompanhando os senadores Katia Abreu e Irajá Abreu e o empresário Edson Taboão, em pré-campanha para o cargo de governador em 2022, o ex-prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas, passou a ser pré-candidato de si próprio. De repente, os colegas de andanças o deixaram à deriva e pousaram no palácio Araguaia, com aproximação política do também pré-candidato a governador Wanderlei Barbosa e deixando-o a ver navio.
Vexame em público
O encontro
Outra situação vexatória foi o evento por ele (Ronaldo Dimas) realizado recentemente com as presenças de políticos expressivos como o presidente do MDB estadual e ex-governador do Estado, Marcelo Miranda; ex-prefeito de Gurupi e pré-candidato a governador, Laurez Moreira; líder do governo federal no Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes; coordenador da bancada tocantinense no Congresso Nacional deputado federal Thiago Dimas; deputada Luana Ribeiro e ex-prefeitos em que durante o evento um veículo de comunicação de Araguaína já anunciava a notícia que o senador Eduardo Gomes retiraria a possibilidade de se candidatar a governador em apoio à candidatura de Ronaldo Dimas, informação que foi desmentida pelo senador Gomes no mesmo evento. No dia seguinte, em forma de deboches, Ronaldo Dimas fez circular em sua conta na internet que "o senador Eduardo Gomes dava para um ótimo coordenador de campanha".
Ofensas ao governador em exercício
Acontece que nesta última segunda-feira, 06, o pré-candidato a governador Ronaldo Dimas concedeu uma entrevista ao site de notícias Gazeta do Cerrado, da jornalista Maju Cotrim, uma entrevista muito agressiva, tendo como alvo o governador interino Wanderlei Barbosa. Em um dos trechos da entrevista o ex-prefeito de Araguaína ataca a gestão de Wanderley Barbosa dizendo que “o governo continua o mesmo. Não consigo enxergar... mudou o quê? Continua as mesmas práticas e olha, pior ainda. Estamos vendo ataque político desenfreado e irresponsável, sem planejamento nenhum”.
Governador Wanderlei Barbosa
Sobre o processo de Impeachment, Ronaldo Dimas disse que “tinha que ‘impeachmar’ era tudo... acho estranho porque era uma paixão desenfreada pelo Carlesse, agora pelo vice-governador... é muito estranho, mas é uma questão da Assembleia, a Casa que tem que avaliar e resolver isso. Espero que no desenrolar destes problemas todos, não tenhamos surpresas mais negativas”.
Sem apoio, sem companheiros
Fraudneis Fiomare
Nem mesmo o ex-vice-prefeito de Dimas, Fraudneis Fiomare está com ele. Após essas publicações, o ex-vice e atual vereador de Araguaína pelo PSC, usou uma de suas redes sociais para chama o ex aliado, presidente do Podemos, de “oportunista” por em pedir impeachment de “todos”.
Fraudneis foi vice-prefeito de Ronaldo Dimas, em Araguaína, por dois mandatos (2013-2020), e não gostou das declarações do pré-candidato a governador, especialmente quando fala que “tinha que ‘impeachmar’ era tudo...” e o taxou de “oportunista”, lembrando que recentemente “o ex-prefeito de Araguaína estava com Carlesse, teve até dobradinha. Era amor ou paixão passageira?”, questionou. Se nem o aliado de oito anos (dois mandatos consecutivos) o apoia, quem apoiará?
Diante do exposto, tudo caminha negativamente para uma candidatura a governador, com mais de ano anunciada, e nenhuma declaração de apoio de nenhum grupo político e nenhuma liderança de peso a não ser o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues e do deputado federal Thiago Dimas, seu filho. Desta forma, não há outra definição jornalística que não seja: a pré-candidatura a governador de Ronaldo Dimas está derretendo.
Fama de ingrato
Ronaldo Dimas tem uma fama de ingratidão política para com seus aliados, os ex-deputados federais Lazaro Botelho e Cesar Halum, que em seus três mandatos de deputados federais carregaram a gestão do então prefeito de uma das principais cidades do Tocantins, Ronaldo Dimas. Foram muitos milhões liberados pelos dois, via Emendas Impositivas e Convênios onde Ronaldo Dimas conseguiu realizar a maior e melhor administração da capital dos negócios e do boi gordo, sem falar nos milhões e milhões que o senador Eduardo Gomes trouxe para serem investidos em Araguaína, durante estes quase quatro anos.
Deputado Lazaro Botelho, César Halum e o prefeito Ronaldo Dimas
Mas o observatório de O Paralelo13, em conversa reservada com lideranças políticas de Araguaína, ouviu a seguinte previsão: "o próximo a ser traído por Dimas será o senador Eduardo Gomes". E falam porque depois que os dois aliados mais próximos ao ex-prefeito Ronaldo Dimas, que fizeram de tudo para sua gestão ser de excelência, e na ‘hora H’ ele os abandonou, apoiando a candidatura a senador do então deputado federal Irajá Abreu, ficando contra Cesar Halum, que também almejava uma vaga no senado. E ainda, e em vez de apoiar seu outro aliado Lazaro Botelho, lançou seu filho como candidato a deputado federal, sem contar o descaso com os outros aliados como o deputado Jorge Frederico e Elenil da Penha.
Ex-juiz Sergio Moro e o ex-prefeito de Araguaína Rolando Dimas
E, baseado no que ouvimos, e pelo andar da carruagem, todo cuidado é pouco ao senador Eduardo Gomes sobre a previsão de ser o próximo a ser traído. Inclusive, se Dimas permanecer filiado ao Podemos do presidenciável ex-ministro da justiça Sergio Moro, de ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro, passa de adversário a inimigo, já que o senador Eduardo Gomes é líder do governo federal de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e que, trouxe, deste mesmo governo, muitos e muitos milhões para gestão de Ronaldo Dimas.
O tempo dirá!
A prerrogativa da indicação dessa para o TCU cabe ao presidente do Senado Rodrigo Pacheco, mas o Palácio do Planalto tem força para influenciar decisivamente
Por Edson Rodrigues
O Observatório Político de O Paralelo 13 detectou, em Brasília, que o embate do Palácio do Planalto para a aprovação do nome do ex-ministro da Justiça, André Mendonça para o STF, que vinha sofrendo atrasos e “pequenas sabotagens” nos mais diversos níveis, principalmente por ser “extremamente evangélico”, enfraqueceu as pretensões da senadora tocantinenses, Kátia Abreu, em ser indicada para a vaga no Tribunal de Contas da União, a ser aberta pela ida do ministro Raimundo Carreiro, indicado para a embaixada do Brasil em Portugal.
O Planalto teria identificado um “forte atuação” de Kátia Abreu contra a ida de André Mendonça para o STF e, com isso, arrefeceu seu apoio à senadora tocantinense para a vaga no TCU, passando a ter no senador Fernando Bezerra, seu novo “favorito” na votação que terá palco no plenário do Senado Federal.
Vale salientar, que a escolha do senador para a vaga no TCU, quando há, tende a ser por consenso. Na última vez que houve a necessidade de votação no plenário, também havia um tocantinense na disputa, o ex-senador Leomar Quintanilha, que acabou perdendo a vaga para o pernambucano José Jorge, em 2008.
Senador Fernando Bezerra Coelho, MDB-PE
Nossa fonte em Brasília cita, também, que houve indícios da participação de Kátia Abreu no levantamento da questão que está tirando da disputa pela vaga no TCU o Líder do Governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), por conta de uma decisão do próprio TCU, por ser réu em ação de improbidade administrativa no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Mesmo assim, uma decisão do STJ anulou a ação de improbidade contra Bezerra, deixando o líder do governo livre para concorrer a vaga e, por conta da desconfiança do Planalto sobre Kátia Abreu, Bezerra passou a ser o favorito, com o apoio do presidente da ala tradicional do MDB e de membros da base política do governo no Senado Federal.
Mesmo assim o Planalto ainda guarda um “plano B” na manga que, confirmadamente, não é Kátia Abreu.
FUTURO POLÍTICO DE KATIA ABREU
Senadora Kátia Abreu PP-TO
A senadora Kátia Abreu tem se mantido em sua vida pública como uma espécie de “imortal”, sem jamais saber como é o sabor de uma derrota política. Não ser a indicada para a vaga no TCU, como almeja, pode significar uma catástrofe para seu futuro político.
No Tocantins, Kátia se aproximou do governador em exercício, Wanderlei Barbosa que, mesmo fazendo um bom governo, pelo tempo que puder permanecer no cargo, não terá a mesma oxigenação financeira por parte do governo federal, justamente por conta da presença de Kátia Abreu como sua aliada.
Resta saber se Wanderlei irá aceitar negociar um “casamento político” com alguém que pode lhe trazer não um dote, mas um prejuízo econômico que pode afetar sua imagem pública.
Em um momento de grande turbulência política interna, no Tocantins, em que a assembleia Legislativa debate o acolhimento ou não de um pedido de impeachment do governador afastada, Mauro Carlesse, que se encontra em análise na Procuradoria da AL, com entrega marcada para a próxima terça-feira, o aconselhável a Wanderlei é que não tome nenhuma decisão que comprometa seu futuro político.
Governador Wanderlei Barbosa e senadora Kátia Abreu
O certo é que a senadora Kátia Abreu não entra nesse hipotético “casamento político” de mãos vazias, afinal, é presidente estadual do PP e seu filho, o também senador, Irajá Abreu, presidente estadual do PSD. Na gestão do próprio Wanderlei Barbosa, há a presença do presidente estadual do PDT, e aliado dos Abreu, Jairo Mariano, além de vário prefeitos filiados nessas três legendas.
Resta saber qual será a frente política escolhida pela senadora, se virá como candidata á reeleição, com seu filho, Irajá, candidato ao governo, ou se a própria senadora encabeçará uma chapa formada pelos três partidos que concentra à sua volta, como candidata ao governo e com seu aliado de primeira-hora, o empresário Edson Tabocão, como vice nos dois casos.
Seja qual a decisão for, o que se pode ter como certo é que Kátia já não tem mais a mesma força na indicação para a vaga no TCU e a decisão sobre seu futuro político só poderá ser tomada depois que todas as questões apontadas nesta análise estiverem resolvidas, ou seja, lá para o início de 2022.
A solução é dar tempo ao tempo...