Na última semana, após acompanharmos inúmeras negociações, diálogos, propostas, e uma movimentação dos partidos, lideranças e alianças, já era possível prever muito do cenário que se formou neste domingo, 05.
Por Edson Rodrigues
De um lado, dezenas de candidatos que buscam a eleição ou reeleição, uma oportunidade de representar o Tocantins na Assembleia, no Palácio Araguaia, na Câmara dos Deputados e Senado. Do outro, encontra-se o eleitor, cansado, cabisbaixo, descrente da política brasileira e de seus participantes.
Evidências
O Estado mais jovem da Federação passa por um período delicado no que diz respeito à economia, o que reflete no desenvolvimento do Tocantins. Como se não bastasse, nossos políticos, com algumas ressalvas, respondem processos de prática de corrupção, má administração do erário público, operações da Polícia Federal em várias frentes investigativas e nenhuma conclusão, o que nos deixa em situação ainda mais desconfortável perante empresas, instituições financeiras, e investidores tanto no Brasil quanto no exterior.
Enquanto os processos são analisados, as denúncias investigadas, e nada muito além disso, o eleitor continua com a sensação de impunidade, principalmente quando se avalia a eficiência dos serviços públicos como saúde, educação, infraestrutura e segurança pública.
Nós que conhecemos a precariedade de anos que o Tocantins enfrenta precisamos protagonizar esta história e contribuir diretamente para qualquer mudança que desejamos, e esta só será possível por meio do voto, escolhendo os melhores e evitando Ficha Suja no Poder.
Comunicação
Os horários gratuitos de propagandas eleitorais do rádio e TV é uma oportunidade para que todos conheçam as propostas dos candidatos, anotem, questionem posteriormente quando houver debates e encontros. Uma coisa é fato, o eleitor tocantinense não pode reclamar de falta de informações, pois a gama de veículos que tem noticiado e acompanhado o passo a passo dos candidatos são imensos. Vão de blogs, impressos, rádios, redes sociais, TV, e tantos outros.
Neste período que antecede as eleições, O Paralelo 13, trará ao eleitor o currículo dos candidatos, seus feitos, processos, e toda a ficha técnica. Seguindo a nossa linha editorial em trabalhar e divulgar a verdade, em momento algum omitiremos questões sobre os políticos que se enquadram na Lei da Ficha Limpa, mas teimam em conquistar um mandato eletivo no nosso estado.
Grupos
Veja as composições dos grupos que buscam mandatos eletivos para os próximos anos:
O governadoriável, Carlos Amastha (PSB), realizou a convenção do seu partido neste domingo, 05, no Espaço Cultural Mauro Cunha. O candidato terá como vice-governador, o empresário Osvaldo Stival (PSDB), e nas disputas ao senado Ataídes Oliveira (PSDB) e Vicentinho Alves (PR). Os senadores vão a reeleição. Vicentinho Alves terá como suplentes Ednaldo Lucena, como primeiro e Homero Barreto como segundo suplente ao senado. Ambos do PR. Luiz Sérgio Antunes Prestes (PSDB), ocupa a função de suplente do senador Ataídes Oliveira.
O candidato César Simoni do PSL lançou o seu nome para a disputa ao Executivo, em que Farley Meyer (PSL) e Antônio Jorge (PSL) concorrem ao senado. O grupo, que já declarou apoio ao presidenciável, Jair Bolsonaro, não divulgou o nome dos candidatos a vice-governador e suplentes ao senado.
Marlon Reis, Rede Sustentabilidade, lança candidatura com Irajá Abreu ( PSD) e Paulo Mourão (PT) na majoritária. O nome dos suplentes e do candidato a vice-governador ainda não foi divulgado pelo grupo.
O governador Mauro Carlesse (PHS), foi o primeiro a realizar a convenção. O vice-governador Wanderlei Barbosa (PHS) continua na disputa com a mesma função. O ex-governador Siqueira Campos (PSDB) disputa a vaga ao senado, ladeado pelo deputado federal César Halum (PRB). O ex-deputado Eduardo Gomes do (SD) será o suplente de Siqueira na disputa, e Darci Garcia da Rocha (Patriota) ficou como suplente de Halum.
Proporcionais
Apesar de um cenário estável, tudo pode ou não acontecer. Nada ainda está fechado e em termos de coligação proporcional, as discussões passam por um filtro nas cúpulas dos partidos. Chapão x Chapinha, o último ajuste só acontece com o registro das candidaturas em 15 de agosto.
Agora o jogo é matemático, e todos estão de olho no coeficiente eleitoral. Todo cuidado é pouco!