Como se não bastasse a crise institucional instalada no governo com problemas na segurança pública, na saúde e em outras áreas, a Agencia Tocantinense de Saneamento (ATS) também passa por diversos problemas, a maioria com poços tubulares profundos (PTP´s), e deixa centenas de famílias sem água, em diversos municípios do estado
Da Redação
Nossa redação (jornal O Paralelo 13) tem recebido centenas de denúncias de moradores de cidades abastecidas pela ATS, os quais alegam estarem sem água para as necessidades básicas. Em alguns lugares essa situação já dura mais de seis meses, segundo as denúncias.
De acordo com as informações recebidas por nossos colaboradores, as dosadoras de cloro das cidades de Novo Acordo e Goianorte estão, há dias, com problemas em seus respectivos funcionamentos. Em Esperantina, segundo o operador, a bomba elevatória do escritório esta queimada.
No município de Pequizeiro, a bomba do PTP (004) está queimada e em Presidente Kennedy está sem bomba (PTP 006).
Em Juarina, região centro-norte do estado, o horímetro digital está queimado (PTP 001) e Couto Magalhães também enfrenta problemas com a captação de água no poço tubular profundo (PTP 005).
Situação semelhante é encontrada no povoado Fortuna, município de Santa Terezinha, onde o PTP parou de funcionar. Em contato com o operador dessa unidade, ele não soube nos informar se o problema é no QCE ou na bomba submersa.
Metade da população da cidade de Pequizeiro também está sem água por que a bomba está queimada (PTP 004). Na cidade de Dorilândia, a população está reclamando, pelo mesmo motivo. Falta de água!
Região central do estado, em Ipueiras, a 120km da capital, já completa seus 90 dias sem água. A informação que temos é que a caixa do reservatório de água está furada.
A situação dos municípios atendidos pela Agencia Tocantinense de Saneamento é desesperadora. Situação que pode piorar, já que um dos principais diretores da instituição foi exonerado, o presidente pediu exoneração do cargo e o vice-presidente está em viagem.
Sem comando, a ATS não consegue resolver problemas básicos como falta cloro, hidrômetros e produtos químicos em alguns municípios, para tratamento de água. Outra área prejudicada é o gerenciamento do sistema de abastecimentos que depende de Ata. Sem direção, sem assistência técnica.
Um caso sério. Mais um que o senhor governador Mauro Carlesse precisa, urgentemente, resolver: o problema de fornecimento de água para cidades atendidas pela ATS. Segundo nossas fontes, muitos municípios, com o aval das câmaras municipais estão cancelando as concessões, por falta de responsabilidade e comprometimento do governo para com seus moradores, já que muitos desses problemas já vêm ocorrendo desde o mês de abril, deste ano.
Omissão dos deputados que representam esses municípios
A pergunta que fica no ar é: onde é mesmo que estão os deputados mais bem votados desses municípios?
O silêncio deles nada mais parece do que omissão. São eles os porta-vozes das comunidades desses municípios que se encontram em dificuldades no fornecimento e abastecimento de água para a ‘labuta’ diária. Falta água em milhares de residências de diversos municípios no interior do estado e são os senhores deputados os representantes legais do povo, junto ao executivo estadual.
Todos têm uma tribuna para ser usada em defesa da sociedade tocantinense principalmente a mais carente. Chega de omissão e conivência com ações negativas que enfraquecem o governo. Entendemos que o governador sozinho não consegue detectar todos os problemas a serem sanados. São os senhores deputados estaduais que foram eleitos e são muito bem remunerados, com recursos públicos, para defenderem os interesses da boa gente tocantinense, afinal, salário de deputado não é apenas para pagar dezenas de assessores, para defender seus interesses particulares e pessoais.
Isso não pode ficar como está. É hora de o governador exigir solução de sua equipe ou, ele mesmo, pessoalmente, resolver mais este problema, mas um problema que põe em risco a saúde pública de muitos cidadãos/eleitores tocantinenses.
Poços Tubulares Profundos (PTP´s)
Segundo consta no site da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), cada poço tubular profundo (PTP), custa, em média, cerca de r$ 120 mil. No ano passado (2017), foram perfurados 19 poços em nove municípios, o que representa mais de r$ 2 milhões em investimentos.