Por Edson Rodrigues
A chegada do senador Irajá Abreu para ser coordenador da campanha do deputado federal Osires Damaso ao governo do Estado foi um ganho imenso para as pretensões de Damaso, que vinha com um trabalho de formiguinha na divulgação e nos trabalhos da sua pré-candidatura e, agora, tem um grupo político que já chega com a nominata pronta.
O problema é que Damaso, até então, não tinha um candidato a vice-governador e, agora, mesmo com Irajá Abreu no seu time, continua sem esse nome que tem a obrigação de vir somando potencial de votos para o grupo, a ponto de torna-lo competitivo e com chances de chegar ao segundo turno.
O Observatório Político de O Paralelo 13, em conversa reservada com um membro da cúpula do grupo de Osires Damaso, nos foi revelado que, nos próximos dias seus membros estarão se reunindo para debater e decidir a importância de ter – ou não – a senadora Kátia Abreu e de seus apoiadores, lutando pela eleição de Damaso ao governo. Segundo essa fonte, a princípio, o entendimento é que não se justificaria a presença de Irajá em um palanque e a de Kátia em outro, um posicionamento que poderia levantar dúvidas junto ao eleitorado sobre as reais intenções do clã dos Abreu. Por outro lado, os dois senadores Abreu juntos, significam mais fundo partidários e mais tempo no Horário Eleitoral Obrigatório, sem contar a militância.
DESAFIOS NO CAMINHO
O grupo político de Osires Damaso sabe que, neste primeiro turno, seu adversário real será o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, cuja pré-candidatura foi a primeira a ser assumida, logo, está há mais tempo na mente do eleitorado, é um político mais conhecido no Estado, e tem um “gigante” na coordenação da sua campanha.
Com esse “alvo” definido, o grupo político de Damaso sabe que precisa, junto com sua equipe de técnicos e profissionais de marketing e comunicação, formatar sua campanha de forma que consiga antecipar os movimentos de Dimas – o que é um desafio considerável, levando-se em conta a presença de Eduardo Gomes na coordenação – ao mesmo tempo em que formata um plano de governo palpável e condizente com as condições econômicas do Estado e com as principais demandas da população.
Damaso e Irajá sabem que o desafio será grande e chegar ao segundo turno, em outubro, uma tarefa hercúlea, a se manter as mesmas peças postas no tabuleiro sucessório.
O negócio é trabalhar até o sol raiar!