Por Edson Rodrigues
O Observatório Político de O Paralelo 13 faz, nesta oportunidade, uma análise política totalmente isenta, independente e sem quere agradar ou desagradar ninguém, como sempre foi no passado, é no presente e, certamente, o será no futuro, sempre respeitando as instituições e autoridades e, acima de tudo, os nossos leitores. Por isso, começamos afirmando que a grande dificuldade de união das oposições ao Palácio Araguaia, é que “sem amor, não há casamento”. E a “falta de amor” está mais latente que nunca nestas eleições.
RONALDO DIMAS
Senador Eduardo Gomes (em pé) e o candidato Ronaldo Dimas
Neste último dia 22 de julho, o coordenador político da candidatura de Ronaldo Dimas, senador Eduardo Gomes, esteve reunido, na presença de Dimas, com os candidatos a deputado federal e estadual do seu grupo político, com as presenças do ex-governador Marcelo Miranda, presidente estadual do MDB e candidato a deputado estadual, além dos deputados federais Tiago Dimas e Eli Borges e da ex-prefeita de Palmas, Nilmar Ruiz.
Gomes fez uma explanação sobre a estratégias do grupo político a serem aplicadas nas convenções dos partidos que o compõem o grupo político – PL e Podemos – e deixou muito suspense no ar, ao afirmar que muitas novidades – e partidos – estarão compondo com eles na caminhada eleitoral para dois de outubro.
O coordenador da campanha salientou a todos a necessidade de manter os trabalhos em um tom respeitoso e ético, como ele próprio fez, abrindo a chance de palavra a todos os presentes na reunião. Na ocasião, o advogado Dr. Manzano e sua banca fizeram uma apresentação das atividades a serem desenvolvidas por sua equipe, em assessoramento a todos os candidatos – majoritários e proporcionais – do grupo.
FREIRE JR.
Eduardo Gomes, que se afastou do Senado para se dedicar exclusivamente à coordenação da campanha de Dimas, já se encontrou com a senadora Kátia Abreu, com o deputado federal e pré-candidato ao governo, Osires Damaso e com o senador Irajá Abreu, para tentar formalizar um pacto político, ou para já ou para o segundo turno. Nesses encontros, Gomes estava acompanhado de Ronaldo Dimas e do prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues.
Eis que surge, então, a indicação do nome do ex-deputado federal, Freire Jr., como o candidato a vice-governador, com a aprovação do presidente do MDB estadual, Marcelo Miranda. Isso bastou para provocar um racha no MDB.
Derval de Paiva, historicamente um dos cabeças do MDB do Tocantins, somou sua voz com a do ex-prefeito de Palmas, Raul Filho, foram para a mídia afirmar que a indicação de Freire Jr. Para vice-governador de Dimas é uma opção pessoal de Marcelo Miranda.
Por sua vez, o único deputado estadual do MDB, Elenil da Penha, se declarou fora desse entendimento.
Outros emedebistas, também da cúpula estadual, afirmaram, em anonimato, que Freire Jr. é um “soldado de pijama”, que nem mora no Tocantins e foi derrotado inúmeras vezes para deputado federal estadual e prefeito de Palmas.
Eles só esquecem que Freire Jr. também tem várias vitórias eleitorais e aceitou essa missão, de ser vice-governador de Ronaldo Dimas para somar forças à candidatura do ex-prefeito de Araguaína e elevar o nível do grupo político.
KÁTIA ABREU
Além de tudo isso, o ex-governador Marcelo Miranda, em conversa com o nosso Observatório Político, foi taxativo em afirmar que, caso o grupo de Ronaldo Dimas feche qualquer acordo com a senadora Kátia Abreu, ele está fora de qualquer possibilidade de fazer parte do mesmo grupo.
Dando uma olhada no retrovisor da história política do Tocantins, vemos cenas como a senadora Kátia Abreu se elegendo, por duas vezes, fazendo “dobradinha” e subindo no mesmo palanque que Marcelo Miranda. Observando ainda mais de perto, lembramos de Kátia Abreu conseguindo, junto à executiva nacional do MDB, uma intervenção no diretório estadual, presidido, então, pelo saudoso Jr. Coimbra, que pretendia se coligar com a União do Tocantins, do ex-governador Siqueira Campos. Pois foi Kátia Abreu quem convenceu o comando do MDB a dar a legenda para Marcelo Miranda ser candidato, em uma eleição que ele venceu, com a própria Kátia sendo eleita senadora.
Se não houver uma recuperação desse passado de convivência amistosa, a ponto de promover a união das oposições – ou da oposição – ficará muito difícil para o senador Eduardo Gomes ter êxito para levar a chapa que coordena, encabeçada por Ronaldo Dimas, ao segundo turno das eleições de outubro próximo.
Vale lembrar que ficar de fora do segundo turno nas eleições deste ano, para quem quer que seja, significa pegar o caminho rumo ao “cemitério político” para todo o grupo político, não só para a chapa majoritária.
Sabedor disso, o senador Eduardo Gomes deve intensificar os trabalhos para a formação de uma chapa competitiva o bastante para ´não apenas chegar ao segundo turno, mas para dar respaldo suficiente para a eleição do seu candidato ao governo, Ronaldo Dimas.
EDUARDO GOMES
Não adianta tentar “tapar o sol com a peneira”. A maior liderança política do Tocantins, na atualidade, é o senador Eduardo Gomes, o mais votado no pleito em que saiu vitorioso, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, parlamentar que mais enviou recursos federais ao governo do Estado e à maioria dos municípios tocantinenses. É esse Eduardo Gomes que, recentemente, pediu afastamento das suas funções no Senado para coordenar a campanha ao governo de Ronaldo Dimas e as chapas majoritária e proporcional que o acompanharão nessa jornada.
Essa atitude de Eduardo Gomes, demonstra que ele acredita na capacidade de Dimas e dos demais componentes das chapas majoritária e proporcional, em fazer o melhor trabalho pelo Tocantins e por seu povo. E é essa confiança de Gomes no seu grupo político que estremece a confiança das demais candidaturas ao governo, principalmente a do grupo palaciano, pois Gomes é reconhecido por sua ampla capacidade de traçar estratégias e de fazer articulações que ninguém julgaria possíveis de serem feitas.
O senador já realizou a primeira de várias reuniões colocando Dimas frente a frente com os candidatos proporcionais e grande parte dos seus aliados, num esforço milimetricamente planejado para eliminar as picuinhas e promover uma união sólida e definitiva, pois Gomes sabe que nem mesmo sua inteligência política nem seu trânsito livre em todas as camadas dos Três Poderes e nos demais grupos que pleiteiam o governo do Estado, de nada adiantarão se o seu próprio grupo não estiver 100% unido nesta campanha.
Eduardo já mostrou para Dimas que precisa do seu empenho máximo, assim como dos seus aliados de Araguaína e de toda a Região Norte do Estado, pois não há “varinha mágica” em eleição.
Sem a união, efetiva, de todos, todos estarão derrotados em dois de outubro.