DE VISIONÁRIO À FALASTRÃO, CARLOS AMASTHA VÊ SUA POPULARIDADE DESPENCAR, PUXADA PELO IPTU E PELA PF

Posted On Quinta, 15 Fevereiro 2018 22:38
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Pré-candidato ao governo do Estado tem sua credibilidade abalada por declarações infelizes e investigação sobre fraude no BRT

 

Por Edson Rodrigues

 

O cidadão colombiano, naturalizado brasileiro desde 1990, Carlos Amastha, é o único “estrangeiro” eleito prefeito de uma capital brasileira. Ele chegou à Palmas como empresário de estratégias agressivas e construiu o maior shopping Center – Capim Dourado – da cidade.

Considerado empresário e empreendedor de visão, candidatou-se e foi eleito e reeleito prefeito. “Vendeu” o shopping e, a partir daí, fez valer à risca o ditado popular brasileiro que ensina: “quer conhecer o caráter de uma pessoa, dê poder a ela”.

 

Primeiro Amastha povoou sua equipe de governo com pessoas vindas de estados do Sul, onde já tinha empreendimentos – e conhecimentos –, fez uma administração razoável no primeiro mandato, mas, ao ser reeleito, mostrou, finalmente, sua face.

 

Mordido pela “mosca azul da política”, encheu-se de empáfia para afirmar que “os políticos tocantinenses são corruptos, ladrões e preguiçosos” e considerou-se apto a governar o Tocantins, lançando sua pré-candidatura pelo PSB, mesmo depois das declarações desastrosas.

Agora, Amastha enfrenta problemas não só para encontrar “corruptos, ladrões e preguiçosos” que queiram vestir a carapuça e se juntar a ele na composição de uma chapa majoritária, assim como com manifestações de políticos, empresários e lideranças, alertando a população em todo o Tocantins, contra sua candidatura.

 

BASE DE APOIO

Até agora, a única base de apoio que Amastha conta para sua pré-candidatura, é a mesma que apóia seu mandato, na Câmara Municipal de Palmas, uma base fluida, que a cada dia perde mais um representante.

 

Afinal, é difícil apoiar um governo que aumenta em mais de 270% o IPTU de uma cidade, tendo, durante a campanha, prometido baixar exatamente esse imposto e resolve jogar “no colo” de comerciantes, empresários e empreendedores, a responsabilidade de arcar com as contas da prefeitura, cobrando os maiores impostos de uma capital brasileira.

 

“ACERTOS ERRÔNEOS”

Como diz o competente e respeitado companheiro Cléber Toledo em seu blog, “o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), tinha razão quando assumiu o comando do município e decidiu mexer na Planta Genérica de Valores e implantar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) progressivo. Havia distorções absurdas que precisavam ser corrigidas.

 

Grupos econômicos poderosos tinham infinidades de lotes no centro da Capital e descaradamente pagavam Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR), o que até agora não é possível entender, senão pela total cumplicidade do Poder Público. Gente que comprou casinha de programas sociais, transformou numa grande residência, com área de churrasqueira e piscina, mas ainda pagava IPTU como se fosse casa popular.

 

Amastha deixa parecer que tira das áreas majoradas o que renuncia de arrecadação naquelas isentas. E isso não é justiça tributária.

 

Assim, as medidas tomadas por Amastha no início de sua gestão para corrigir esses absurdos foram salutares para os cofres municipais e justas.

 

No entanto, o que está se vendo este ano não tem nada de justiça tributária, mas a transformação das finanças municipais numa máquina arrecadadora voraz, que tenta arrancar do cidadão o que ele pode e não pode pagar. O que se vê neste ano não é a correção de distorções, mas um aumento estratosférico, a partir de mexidas em redutores que servem de base de cálculo do IPTU, ainda que cinicamente o Paço negue qualquer alta do tributo, fazendo um jogo de palavras para tentar ludibriar o cidadão incauto.

 

Com essas alterações dos redutores, regiões inteiras, indistintamente, tiveram seus impostos absurdamente elevados, deixando a impressão de que estão pagando muito mais para compensar a faixa de isentos. Ou seja, Amastha deixa parecer que tira das áreas majoradas o que renuncia de arrecadação naquelas isentas. E isso não é justiça tributária, mas fazer populismo à custa de determinados segmentos sociais”.

 

Em uma entrevista concedida a um telejornal local no dia 12 de janeiro de 2017, o prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) garantiu que este ano os palmenses pagariam menos pelo Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), porém a promessa de Amastha não foi cumprida e na última semana os palmenses levaram um susto ao conferir o valor que terão que pagar pelo imposto.

 

Na entrevista, Amastha afirma que a comissão que elaborou o projeto da nova revisão da planta de valores realizou mais de 30 reuniões que participaram OAB, Defensoria Pública, Creci e outros diversos órgãos. "Todo mundo foram convidados", relata o prefeito. Só não foi convidado o povo. Nessas reuniões não diziam em quantoo ITPU iria aumentar.

 

Pelas redes sociais, alguns empresários da Capital estão compartilhando os boletos do IPTU mostrando o valor muito acima do esperado, inconformados, muitos garantem que terão que fechar as portas de seus comércios, pois é impossível pagar valores tão altos.

Um empresário do ramo de combustíveis, disse que o IPTU do seu empreendimento localizado na Arne 51, quase quadriplicou o valor. No ano passado, o valor cobrado pela Prefeitura de Palmas foi de R$ 5.189,12. Este ano, o valor saltou para R$ 17,574,88 (caso pague à vista) e de R$ 19.556,10 (caso parcele em dez vezes).

 

OUTRA PROMESSA

Quem também prometeu em março do ano passado que o cidadão palmense pagaria mais barato pelo Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) foi o então Secretário de Finanças Christian Zini, braço direito do prefeito Carlos Amastha. Em entrevista, Zini disse que a correção dos valores seria mínima, apenas com reajuste da inflação. Caso tivesse cumprindo a promessa, o reajuste desse ano seria de cerca de 6% a 7%.

 

No entanto, os valores vieram bem superiores ao prometido. Isso ocorreu porque a prefeitura aprovou uma lei que mudou a planta de valores genéricos da cidade. A planta de valores é a estimativa que a prefeitura usa para saber quanto vale cada terreno e imóvel que existe em Palmas. O cálculo do IPTU é feito baseado nesta estimativa. O município pega parte desse valor do terreno (entre 35% e 75% do total) e calcula o imposto sobre este percentual.

 

MAIS COMPLICAÇÕES

Mas, não é só com isso que Amastha deve se preocupar. O pré-candidato ao Governo do Tocantins, viajou no último final de semana para Araguaína e região, utilizando uma aeronave que pertence à Rodrigo Siqueira Nogueira. Acontece que Rodrigo é dono da empreiteira RSN Logística, Locação e Serviços de Máquinas e Equipamentos Ltda., empresa que está sendo investigada pela Operação Ápia.

Prefeito Carlos Amastha e Secretários municipais Indiciados pela Polícia Federal

A Polícia Federal tem investigado o direcionamento de licitações e fraudes em contratos de obras em rodovias do Tocantins. Ao menos 7 empreiteiras estão envolvidas no esquema, juntas elas receberam R$ 1,2 bilhão do BNDES.

 

Entre os clientes da RSN está a Prefeitura de Palmas que tem contrato de R$ 7,7 milhões junta à empresa, além de outros contratos firmados.

 

Sobre a contratação da aeronave, o partido se responsabilizada pela locação e declarou que irá enviar uma nota à imprensa comentando o caso. A aeronave está registrada na Anac na categoria de “serviços aéreos privados”.

 

HÁ QUEM DEFENDA

Mesmo com toda a polêmica em torno  aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano de Palmas, com altas para o contribuinte de até 276%, ainda há quem tente argumentar que, na vesrdade, o aumento não passa de intriga da oposição. O vereador Tiago Andrino (PSB), considerado o “pupilo” de Amastha defendeu que a cobrança de impostos de Palmas é “justa” e que não houve aumento do tributo e, sim, uma atualização da chamada “planta de valores”, como se uma coisa ou outra não acabasse pesando no bolso do contribuinte.

 

Andrino reforçou que a prefeitura está aberta e disponível para discutir com todo o cidadão que sentir que a cobrança do IPTU deste ano está abusiva. “Quem não concordar ou não entender a base de cálculo pode procurar o Resolve Palmas com a documentação pessoal e do imóvel e esclarecer os valores. E o cidadão sabe que a Prefeitura não cobra um centavo a mais que não é o justo, o devido”, garantiu.

 

No entanto, não é o que pensam 12 das principais entidades da sociedade civil organizada de Palmas. Reunidas nessa quarta-feira, 7, elas querem que a prefeitura cancele os elevados aumentos de IPTU provocados pela retirada de redutores previstos no imposto e retorne o tributo aos patamares de 2017.

 

Em nota, as entidades pedem à população aguarde e deixe para fazer o pagamento do ITPU apenas no vencimento da parcela única com desconto, no dia 28, caso o pedido das entidades e as eventuais medidas judiciais não tenham surtido efeito.

“A Prefeitura de Palmas aumenta mais de 50% do valor final do IPTU onerando tanto os empresários da contabilidade quanto a população em geral. O CRC-TO é contra qualquer aumento tributário no atual cenário econômico do país quando os empresários e consumidores, em sua maioria vêm reduzindo custos”, destacou o presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRCTO), Norton Thomazi.

 

Para o residente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Silvan Portilho, o reajuste pode frear o crescimento do varejo na Capital, já que o lojista vai repassar ao consumidor, causando assim um aumento no preço dos produtos e serviços. “Esse aumento afeta não somente os empresários, mas toda a população, já que impacta diretamente no custo do funcionamento das empresas”. Além disso, ressaltou que o aumento do IPTU foi muito alto, pegando de surpresa todos os empresários e a população.

 

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), Fabiano do Vale, destacou que todo o valor arrecadado em razão deste aumento do IPTU será menos dinheiro para o comércio, dinheiro este que sairá de circulação e vai para os cofres públicos. “Além de retirar de circulação dinheiro que movimenta o mercado palmense, tal aumento sobrecarregará as empresas e empresários que já sofrem com os alugueis altos e agora com o valor exorbitante do IPTU que irão pagar. Muitas empresas que têm que pagar aluguel sofrem bastante, pois o valor do IPTU é passado para os empresários”, salientou.

 

LEI DO RETORNO

Ou seja, já está claro para todos, oradores, cidadãos, comerciantes, empresários e contribuintes de Palmas, que Amastha fala muito, mas cumpre pouco, e que ao pensa no bem comum.

 

Em breve, segundo fontes de Brasília, Amastha passará a colher sua “safra de frutos podres”, contaminados por uma praga muito comum no “milharal político” e que já levou muita gente a se haver com a Justiça.

 

Dizem que a Polícia Federal mandará algumas viaturas para o transporte dessa “safra”.

 

Aguardem!!

 

 

Última modificação em Segunda, 19 Fevereiro 2018 08:52