O pedido do juiz Sérgio Moro para reservar 80 vagas – uma ala inteira – no presídio de Curitiba, segundo notícia que circula na imprensa nacional, está tirando o sono de muitos graduados em Brasília e nos estados em que a empreiteira tem obras ou escritório. A questão é que há uma imediata associação entre o pedido de Moro e as revelações dos executivos da empreiteira mais encrencada na Justiça na atualidade.
Por Edson Rodrigues
O que não podemos esquecer é que há nessa delação uma parte diretamente ligada ao Tocantins, que é o apadrinhamento do então todo poderoso ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para que a CEF, concedesse um empréstimo de 800 milhões de reais, para um programa de saneamento básico nas cidades de Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins. Desconfia-se que a forma relâmpago com que o empréstimo foi aprovado e sua liberação imediata tenha a assinatura criminosa de Cunha e possa envolver que políticos tocantinenses detentores de mandatos no Congresso Nacional, na Assembleia estadual e nos executivos municipais das cidades agraciadas.
PORQUE O TOCANTINS ESTA NA OPERAÇÃO LAVA JATO
O Tocantins entrou no mapa da Lava Jato em decorrência de investigações da força tarefa na empresa Odebrecht, que fez operação de capitação de recursos do FGTS/Caixa Econômica Federal, que teve o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha como mentor, como já foi dito acima. Cunha está preso em Curitiba, como uns dos chefões das gatunagens, em várias frentes governamentais, e quem comanda as investigações sobre esse processo é o temido justiceiro juiz Sérgio Moro, que acaba de pedir 80 vagas no presídio federal e Curitiba e costuma não dar chances para os envolvidos, mesmo os com participações mínimas em fraudes, o que vem deixando o clima pesado nos bastidores políticos e empresarial do Tocantins.
AMASTHA
Paralelamente, existem outras investigações em curso no estado, como a que investiga a construção do BRT de Palmas, que envolve diretamente o prefeito Carlos Amastha e seus principais secretários, a investigação do SUS sobre desvio de mais de 9 bilhões de reais da saúde Pública e a Operação Ápia, que investiga superfaturamento em obras viárias em todo o Estado.
Há também mandados de busca a apreensão em Porto Nacional, no clero portuense, e mais duas operações a serem deflagradas a qualquer momento.
Por enquanto, ninguém é réu, mas todos são investigados podendo, a qualquer momento, a Justiça Federal determinar ordem de prisão preventiva, busca e apreensão e condução coercitiva.
Na edição impressa do Jornal O Paralelo 13, que circula na próxima semana, traremos mais detalhes sobre estes e outros fatos de interesse público do cidadão tocantinense.