Por: Edson Rodrigues
O governador Marcelo Miranda e os demais governadores estarão, hoje, reunidos com o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, discutindo o repasse de verbas para o Estado, a serem enviadas pelo governo Temer ainda este ano. São recursos oriundos das multas dos condenados pela Lava Jato e da repatriação de recursos desviados pela corrupção para o exterior, além de uma linha de crédito do BNDES, também para este ano.
Outro item na agenda será o valor que os estados poderão tomar emprestado nos bancos e instituições internacionais, com aval da União. Essa reunião com o ministro e equipe econômica, é uma ação do governo Temer para aludir os estados em más condições financeiras, com dificuldades para quitar as três folhas de pagamento do funcionalismo público, referente aos meses de novembro, dezembro e o 13° salário.
O governador buscará também junto ao ministro da fazenda, Henrique Meirelles, a liberação das emendas parlamentares impositivas. Com isso, o governador Marcelo Miranda deve manter o pagamento do funcionalismo em dia e, se conseguir liberar as emendas parlamentares impositivas, pagar as dívidas com boa parte dos prestadores de serviço, alugueis, Igeprev, e fechar o ano no verde, com perspectivas positivas para 2017.
AMASTHA NA POLÍCIA FEDERAL
Enquanto Marcelo Miranda corre atrás de recursos para sanar os problemas do Tocantins, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha corre da Polícia Federal, que tem em mãos uma ordem da condução coercitiva relativa ao processo investigativo de suspeita de superfaturamento na obra da construção do BRT, em Palmas, com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, que envolvem a cúpula do governo de Palmas, além de uma ordem de busca e apreensão, já realizada, na residência do prefeito Carlos Amastha e de vários dos seus secretários, onde foram apreendidos computadores, documentos e 100 mil reais em espécie, na residência do prefeito – que no momento do ato policial se encontrava no exterior – e um dossiê sobre um policial da cúpula da Polícia Federal, que está intrigando a Justiça e deve ser esclarecido nos mínimos detalhes.
Amastha ainda não é réu no processo que corre em segredo de justiça e, por isso, não podemos dar mais detalhes. Mas, nos bastidores, comenta-se a suspeita da participação de um parlamentar federal no esquema, o que obrigou a justiça, a decretar o segredo no processo.
Nem a Polícia Federal nem a Justiça Federal aventou negaram ou confirmaram essa versão, mas sabe-se que a Polícia Federal está mergulhada nas documentações colhidas nas residências dos auxiliares e do próprio Amastha e, em breve, deverá finalizar as investigações e decidir indicia o prefeito de Palmas e os demais envolvidos. As diligências estão em curso e, após ouvir Carlos Amastha, novas diligências deverão ocorrer.
Ainda não é momento de fazer qualquer pré-julgamento, mas suspeitar que a cobra vai fumar, isso pode.