EDITORIAL GOVERNO DO TOCANTINS

Posted On Terça, 13 Setembro 2016 07:19
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DEMISSÕES E FUSÕES. É CHEGADA A HORA DA DECISÃO

 

Por Edson Rodrigues

 

Agora não tem outra opção. O governo Marcelo Miranda deve começar em breve as demissões de funcionários comissionados e terceirizados e as fusões e extinções de secretarias e autarquias para que os cofres do Estado tenham recursos suficientes para pagar o 13° salário. A ordem é enxugar os gastos em todas as vertentes, desde veículos públicos na capital e no interior, até material de escritório, combustível e diárias.

A queda do FPE continua empurrando os recursos do Estado ladeira abaixo e o país está, literalmente, em estado profundo de recessão, com o desemprego chegando à casa dos 13 milhões de pessoas, a inadimplência crescendo a galope, os preços da cesta básica em alta, levando o consumidor a diminui a intensidade das compras, os assalariados estão no limite de endividamento, a construção civil, praticamente parada, o comércio de um modo geral, já começou a demitir, o custo de água, energia, também estão nas alturas. Nem mesmo o governo federal consegue cumprir seus compromissos, e vem deixando de repassar verbas “carimbadas” aos estados, piorando a situação de todos.

O quadro nacional é desanimador. A queda na comercialização de máquinas e veículos zero, a maior nos últimos 30 anos, os bancos com linhas de créditos suspensas, importações e exportações em queda e o investimento em obras e ações básicas de Saúde e Infraestrutura andando em passos de formiga.  O Senado acaba de aprovar a diminuição de 36 para 29 ministérios, o que deve ser sancionado e acatado pelo presidente Michel Temer.

No Tocantins, a seca castiga o estado, o sofrimento das famílias de baixa renda é grande, para obterem água. O governo não tem como penalizar mais a população com aumentos de tributos, impostos. O país e os estados passam por uma das piores crises, no sistema de saúde, com os recursos minguados. O estado tenta minimizar a crise, mas o rombo nas contas da saúde é astronômico.

Segundo auditória realizada pela polícia federal (PF) e auditores do Sistema Único de Saúde (SUS), grande parte dessa situação foi provocada pelo rombo é de mais de R$: 9 bilhões de reais, perpetrado por coordenadores e diretores do sistema de Saúde dos governos passados. Os hospitais públicos regionais estão em situações caóticas, haja vista que não possuem crédito para comprar a prazo no comércio local, as concorrências não aparecem, todos com temor de vender e não receber pelos serviços prestados ao estado.

Na Assembleia Legislativa, deputados da oposição e da situação concordam que o corte nos gastos é a única saída para a crise e sempre que podem cobram essas atitudes do governo do Estado.

 

AÇÃO E ATITUDE

Os tempos são difíceis e turbulentos, com o País tentando reencontrar os rumos e a população descontente com a classe política e sobrecarregada com os impostos, pouco propensa a novos sacrifícios e descontente com a classe política.

É hora de ação, de retomar as rédeas e agir como verdadeiro líder, colocando os interesses da população como prioridade total e deixando de lado as vaidades e picuinhas políticas para tentar recuperar credibilidades e finanças.

Voltamos a dizer que o governador Marcelo Miranda, caso não faça o mencionado acima, até o dia 15 de outubro, minará a capacidade do Estado de ter condições de fechar o ano de 2016, em dia com os credores e fornecedores e, principalmente com o pagamento do funcionalismo estadual.

Somente com ação, com reação e com atitude o Tocantins poderá provar que é um Estado sério e que tem um governo capaz e digno do seu povo.

Este editorial é apenas um esboço de uma grande reportagem a ser veiculada na edição impressa de O Paralelo 13, ainda esta semana.

Aguardem!