EFEITOS COLATERAIS DO JANTAR ENTRE AMIGOS EM BRASÍLIA OBRIGAM WANDERLEI A AGIR COM PERSPICÁCIA

Posted On Sexta, 06 Mai 2022 07:21
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Uma festa de aniversário tem como principal objetivo celebrar a data natalina de uma pessoa, reunir parentes e amigos e, com eles, celebrar a dádiva da vida

 

Por Edson Rodrigues

 

Mas, o jantar realizado em Brasília para comemorar os aniversários do senador Eduardo Gomes, do pré-candidato ao governo – apoiado por Gomes – Ronaldo Dimas e do ex-deputado federal Maurício Rabelo, foi muito mais que isso, pois juntou “a fome com a vontade de comer”, em um ano eleitoral, pois mais que celebração, houve articulação política, aproveitando a reunião inédita de tantas lideranças políticas em um só evento.

 

E, todo aniversário tem “comes e bebes”, e o que mais se consumiu no jantar foi política.  E a política “servida” na confraternização foi de tamanha qualidade, que está incomodando até quem não foi ao jantar, como, por exemplo, os 19 deputados estaduais que fazem parte da base aliada e o próprio grupo político do Palácio Araguaia, que vêm tendo problemas para “digerir” o prato principal.

 

Senadores Irajá Abreu e Kátia Abreu

 

Vamos explicar: no dia anterior ao evento em questão, os senadores Eduardo Gomes e Irajá Abreu, tiveram uma animada conversa.  No dia seguinte, Irajá almoçou com o Ronaldo Dimas e, no fim desse dia, todos estavam presentes ao jantar festivo oferecido por Eduardo Gomes que, aliás, conseguiu reunir uma gama de políticos tocantinenses, das mais variadas matizes e ideologias, incluindo o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos, todos confraternizando.

 

SIRENE DE ALERTA LIGADA

Tudo isso foi revelado com exclusividade pelo Observatório Político de O Paralelo 13, e acendeu a luz vermelha e ligou a sirene de alerta no Palácio Araguaia, pois, até então, o clã dos Abreu era presença certa no grupo político de Wanderlei Barbosa.

 

A movimentação de Irajá Abreu em torno do evento de Eduardo Gomes, virou “comida indigesta” nos gabinetes palacianos e dos deputados 19 estaduais que apoiam Wanderlei Barbosa, que, inclusive, sempre se manifestaram contrários à presença dos Abreu no grupo político que busca a reeleição do governador.

 

Vale acrescentar, que tudo isso acontece na mesma semana em que o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos, tido como certo na coordenação da campanha de Wanderlei à reeleição, foi descartado pelo grupo palaciano.

 

Ou seja, ainda faltam muitas lacunas a serem preenchidas nas hostes palacianas e a campanha do governador Wanderlei Barbosa à reeleição, começou patinando, com baixas importantes e indefinição quanto à permanência dos senadores Kátia e Irajá Abreu no time.

 

ANTECIPAÇÃO CAUSA DESGATE

Toda essa antecipação da sucessão estadual vem tendo um efeito reverso, trazendo, ao invés de vantagem, um desgaste muito grande ao pré-candidatos ao governo, justamente pelo fato de as regras do jogo eleitoral para outubro ainda não estarem totalmente definidas, como é o caso das federações partidárias, que ainda precisam ser configuradas e o recente troca-troca de partidos, feito por candidatos que pensam apenas em ter o registro de suas candidaturas, sem se atentar para a ideologia ou a filosofia dos partidos que ingressaram, deixando eleitores e os próprios candidatos em uma verdadeira “roda gigante”, tontos, sem saber quais sãos as “portas de saída ou as portas de entrada”.

 

A certeza é que essa antecipação faz sangrar mais os candidatos ao governo, que não se organizaram de forma profissional, estão rodando pelos municípios do Estado sem planejamento, sem proposta para apresentar, com a desculpa de “ouvir as demandas da população”, sem nem mesmo ter seus candidatos a vice, a senador e suas chapas de federais e estaduais completas.

 

Os que já têm pelo menos esses nomes, podem ter surpresas desagradáveis, pois as federações partidárias, decididas pelas cúpulas nacionais dos partidos, não estão ouvindo as bases e, muita gente que “está junto” ou está apoiando alguém, será proibido de fazer isso, caso uma federação partidária seja formada por seus partidos com legendas opostas às que estão apoiando no Tocantins.

É por isso que muitos candidatos a deputado federal e estadual não querem saber de aproximação com os candidatos a governador quando visitam municípios, preferindo fazer visitas sozinhos às suas bases.

 

Enquanto isso, alguns dos candidatos a governador já começam a desbotar e ficar de bolsos vazios, sem ter o que mostrar, não conseguindo empolgar as lideranças do interior, ou seja, estão se desgastando a cada dia.

 

PICUINHAS PALACIANAS COLOCAM REELEIÇÃO SOB RISCO

Nosso Observatório Político detectou o mesmo “verme” que estava contaminando a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, presente no Palácio Araguaia.  Esse “verme” tem vários nomes: picuinha, fofoca, fritura de colegas, matérias plantadas na mídia, leva e trás ou diz que me disse.

 

As pessoas que levam esse verme ao palácio Araguaia são aquelas que precisam agir dessa forma leviana para obter vantagens pessoais, sua única intenção ao estar perto do poder, levando “um por fora” nas negociatas.

 

No Palácio do Planalto o presidente Bolsonaro já detectou o “verme”, agiu como um raio, desgarrou dos militares, eliminou os fofoqueiros e os que não sabem patavina sobre política, e deu poder aos articuladores, aos estrategistas e entendidos da política.  Sua ação resultou em diversas mudanças que vêm dando novo ânimo à sua reeleição e surtindo efeito junto ao povo, o que fez a “grande” vantagem que o PT apregoava de Lula sobre ele nas pesquisas de intenção de voto, virar um “empate técnico”.

 

Agora, quem comanda a política no Palácio do Planalto é uma espécie de conselho, formado pelos filhos de Bolsonaro e pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

 

Se Wanderlei Barbosa não tiver o mesmo entendimento e a mesma atitude de Bolsonaro, reafirmando e determinando que o coordenador político que detém os poderes de falar em nome do Palácio Araguaia, é Jairo Mariano, que é, de fato, secretário do seu governo, dificilmente sua candidatura á reeleição irá decolar nos próximos 90 dias, que são os que antecedem as convenções partidárias.

 

NOME EM CRESCIMENTO

Há uma nova pedra no tabuleiro sucessório na briga pelo governo do Estado.  Ela tem nome e sobrenome: Osires Damaso.

 

Damaso já foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa, é um empresário bem sucedido, sério, pessoa equilibrada, sem inimizade alguma com lideranças políticas, cresceu profissionalmente sem cometer qualquer tipo de delito, sem necessidade de ter negócios com o governo estadual e vem trabalhando sua pré-campanha com profissionalismo e planejamento.

 

Damaso pode passar a ser a opção de milhares de eleitores descontentes com os nomes que estão em evidência e com as movimentações políticas na base do “vale tudo” que vêm acontecendo no Tocantins, e optar por um nome ficha-limpa e distante desse bafafá político, lembrando que muitos dos pré-candidatos a todos os cargos em disputa podem ser afetados pelas federações partidárias, pelas convenções, pela própria Polícia Federal e pelas Justiças Federal e Estadual.

Logo, um caminho ensolarado e bem pavimentado pode se abrir à frente de Osires Damaso, rumo a uma candidatura forte e competitiva.

 

Na política, nada é exato!

 

"PESQUISA” DE INTENÇÃO DE VOTO

Enquanto tudo isso ocorre nos bastidores, o povo tocantinense se depara com mais uma “pesquisa” de intenção de voto que, como manda o senso comum, não deve ser questionada, registrada ou não, por conta da liberdade de expressão, mas que também nos dá o direito de análise, como o veículo de comunicação mais antigo do Tocantins, com 34 anos de experiência no mercado da comunicação.

 

Quanto aos resultados apresentados para governador, nada a comentar.  Já os resultados apresentados para senador, nos causou muita estranheza um “desconhecido político” alcançar 13% das intenções de voto, empatando, tecnicamente, com o primeiro colocado, deixando uma senadora em pleno mandato e um ex-governador muito querido pelo povo, nas últimas posições.

 

Só esse panorama para o Senado já contamina todos os demais resultados apresentados na “pesquisa”.  Para piorar, o contratante da “pesquisa” é uma empresa de comunicação pertencente ao “desconhecido político”, e só quem é burro paga por um serviço que o prejudique ou que “jogue contra” suas pretensões.  Ou seja, ninguém contrataria uma pesquisa para mostrar um fraco desempenho.

 

“Pesquisas” assim são uma verdadeira patifaria e desmerecem a inteligência dos tocantinenses e, caso novos “levantamentos” do mesmo naipe insistam em aparecer, vamos começar a “dar nome aos bois”, para que o cidadão tocantinense saiba quem está tentando enganar, ludibriar e induzir os eleitores ao erro.

 

Até breve!!