Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
Por enquanto, tudo são sombras e ruídos nos bastidores da política sucessória do Tocantins. Mas, subestimar o governador Wanderlei Barbosa não é nada recomendável, assim como tentar isolá-lo do processo eleitoral nos principais colégios eleitorais do Estado.
Wanderlei Barbosa é governador reeleito, com sua vida pública iniciada como vereador em Porto Nacional e em Palmas, onde foi presidente do Legislativo Municipal, chegando, depois, à Assembleia Legislativa, à vice-governadoria e, finalmente, a governador, uma liderança política moldada na atualidade, mas com um passado de respeito e um presente digno de um político ficha-limpa e, acima de tudo, leal e democrático. Um homem público preparado e determinado, que encarou todos os desafios de sua gestão como um verdadeiro comandante.
SUCESSÃO NOS MUNICÍPIOS
O governador Wanderlei Barbosa vai, sim, ao seu modo, ajustar o tempo das definições acerca do seu apoio para as eleições municipais, sempre mantendo o controle político para saber com quem pode, realmente, contar.
Nos próximos 60 dias seu foco será em reforçar o seu grupo político para a formação dos palanques nos quais estará presente a partir de setembro próximo, sua avaliação será cirúrgica, com poder de ser determinante para os resultados das eleições, deixando seus companheiros livres para definir se embarcam com ele ou se escolhem outros palanques, mas deixando claro que isso definirá, definitivamente, quem está ao seu lado e quem será o “joio” na separação desse “trigo”.
Aqueles que praticaram o denuncismo, mas dão mostras de querer ficar no mesmo palanque que Wanderlei, já estão sendo acompanhados de perto e, certamente, perderão espaço nessa nova composição do grupo político palaciano.
Mesmo demonstrando ser um gestor democrático, Wanderlei deixa claro que há limites para tudo, principalmente para a tolerância, pois sabe que o excesso de democracia levou seus antecessores a ser abandonados, e como testemunha ocular desses fatos, não deixará que isso se repita em sua gestão nem em seu grupo político.
O Observatório Político de O Paralelo 13 pode afirmar com 100% de certeza, do alto dos seus 36 anos de experiência e trabalho, que Wanderlei Barbosa, com toda a sua experiência política e com os índices de aprovação popular que tem, não deve ser subestimado em nenhum dos aspectos que uma eleição municipal guarda em seu contexto.
NOVIDADES
Os candidatos declaradamente de oposição ao governo do Estado que se acarem imbatíveis, devem tomar muito cuidado, pois Wanderlei Barbosa ainda não entrou no jogo e, para quem realmente entende de política, o jogo só começa quando o governador entrar, efetivamente, no páreo e colocar a sua credibilidade e o seu nome, à serviço das candidaturas que escolher.
Nesse meio tempo, de agora até essa definição, muitas novidades estão por ser anunciadas, novos parceiros, rupturas e acordos vão deixar muitos surpresos com o tabuleiro político que irá se desenhar.
SUPERFEDERAÇÃO DEU XABÚ
Vale lembrar que a superfederação partidária que estava sendo articulada entre as cúpulas do União Brasil, PP e Republicanos está esfriando a cada dia. Os líderes nacionais das legendas envolvidas não conseguiram avançar nas articulações e os interesses políticos das bancadas estaduais, onde mora o conflito de vontades, começaram a pontuar – e travar – es negociações.
Com isso, Wanderlei Barbosa está livre para tocar o desenvolvimento e o crescimento do Republicanos no Tocantins, e sua força de atração é proporcional aos seus índices de popularidade.
Ou seja, o apoio do governador e do seu grupo político aparece cada vez mais condicionante para viabilizar candidaturas municipais e vitórias.
Enquanto isso, as oposições vêm para derrotar o Palácio Araguaia, pois o jogo político tem, também, suas características regionais, e é nisso que os oposicionistas apostam para conseguir vitórias em cidades estratégicas. Os interesses políticos e as tradições locais acabam sendo mais decisivos que qualquer outro fator.
Como os tempos são de lutar não apenas por um cargo eletivo, mas pela própria sobrevivência política, muitas lideranças oposicionistas sabem que pode ser a última bala a ser disparada, por isso não fugirão de estar unidos para derrotar os candidatos palacianos e salvar o próprio pescoço.
Resta saber quais atuais “mui amigos” palacianos estarão enfileirados com lideranças oposicionistas nos palanques contrários aos candidatos apoiados pelo Palácio Araguaia.
O tempo dirá...