Há, sim, motivos para que o Observatório Político de O Paralelo 13 faça este importante alerta político, relativo aos próximos seis meses que antecedem 2024, ano em que haverá eleições municipais, quando muitos políticos estarão disputando um mandato no Executivo ou no Legislativo municipais.
Por Edson Rodrigues
As federações partidárias formadas nas eleições de 2022, com duração de quatro anos, inclusive com partidos chamados de “cabeças de chapa” majoritários, que definem os caminhos a serem tomados pelo “federados”, será, sem sombra de dúvidas, um empecilho a mais para muitas candidaturas majoritárias e proporcionais nos 139 municípios tocantinenses.
As cúpulas dos partidos que formaram federações, quando o fizeram, estavam pensando exclusivamente nas eleições nacionais, pouco se importando com as características regionais de seus diretórios estaduais, empurrando goela abaixo uma decisão que pode, simplesmente, inviabilizar a participação dessas legendas nas eleições municipais.
EFEITOS COLATERIAS
Essas federações nacionais terão diversos efeitos colaterais nas províncias, onde a tradicionalidade regional define a forma de atuação dos partidos, e podem se configurar em “buchas indigestas” aos diversos pré-candidatos a prefeito e a vereador.
Atualmente, as federações em vigência são a Federação Brasil da Esperança (Fe Brasil), formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PC do B) e Partido Verde (PV); a Federação PSDB Cidadania, formada pelos partidos que compõem o nome, e a Federação PSOL REDE, cujos componentes também estão no nome.
Isso pode levar muitos pré-candidatos a prefeito e a vereador a serem obrigados a mudar de partido, uma vez que a legislação que rege as federações obriga os partidos coligados a se manterem unidos durante quatro anos e, além de proibir que seus integrantes peçam votos para candidatos de outras agremiações, pune, rigorosamente os que desrespeitam essa regra.
Desta forma, os pré-candidatos a prefeito e a vereador que apoiam o Palácio Araguaia, mas integram partidos federados, serão os primeiros a ter que mudar de partido para seguirem com o mesmo plano de voo e o mesmo trajeto.
Para isso, um olhar bem atento ao calendário e às regras eleitorais, além de no estatuto do partido, se faz necessário aos que têm pretensões eleitorais em 2024. Tudo pode mudar, menos as regras que regulam as federações partidárias e, para evitar que seja gasto muito sal em carne podre, e muito dinheiro em causa perdida.
Nas eleições municipais de 2024, não haverá lugar para amadores ou aventureiros. Quem não for 100% profissional durante todo o processo eleitoral, dificilmente terá êxito.
Fica a dica!