Segundo equipe do candidato, ataque a faca atingiu órgão; autor do ataque foi preso em flagrante
Por iG São Paulo
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi vítima de ataque a faca na tarde desta quinta-feira (6) durante ato de sua campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.
O comício de Jair Bolsonaro foi interrompido após o incidente e o candidato foi levado por seguranças para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. De acordo com a assessoria de imprensa do candidato, exames realizados no hospital constataram que o fígado do ex-capitão do Exército foi atingido e Bolsonaro está sendo submetido a operação.
Em entrevista à GloboNews , um dos filhos do candidato, Flávio Bolsonaro, negou informação de que o ex-capitão estava utilizando colete à prova de balas.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que Bolsonaro contava com escolta de agentes da corporação e que o agressor foi preso em flagrante e conduzido para delegacia da PF em Juiz de Fora. Ainda conforme a nota da Polícia Federal, já foi instaurado inquérito policial "para apurar as circunstâncias do ato".
O autor do ataque foi detido pela Polícia Militar e identificado como Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos de idade. Antes, o agressor ainda sofreu golpes por parte de apoiadores.
Vídeos publicados nas redes sociais flagraram o momento em que o ex-capitão do Exército foi atingido enquanto era carregado na rua por apoiadores.
Com o veto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro é hoje o líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência. De acordo com levantamento divulgado ontem pelo Ibope, o candidato do PSL reúne a preferência de 22% dos eleitores, dez pontos percentuais à frente da segunda colocada, Marina Silva (Rede).
Outros candidatos à Presidência se manifestaram após o incidente com Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) disse que "repudia a violência como linguagem política" e se solidarizou com o candidato do PSL. Guilherme Boulos, do PSOL, escreveu que a "violência não se justifica e não pode tomar o lugar do debate político" e cobrou a investigação sobre o incidente. João Amoêdo, do Novo, classificou o episódio como "lamentável" e "inaceitável".