País ocupa a presidência rotativa da União Europeia; Ministro das Finanças finlandês disse que "condena a destruição da floresta amazônica".
Com iG
A Finlândia, que tem a presidência rotativa da União Europeia (UE), afirmou nesta sexta-feira (23) que pretende encontrar uma forma de fazer o bloco banir a importação de carne brasileira por causa da devastação causada por incêndios na Amazônia.
"O ministro de Finanças Mika Lintila condena a destruição da floresta amazônica e sugere que a UE e a Finlândia devam urgentemente rever a possibilidade de banir as importações de carne bovina brasileira", afirmou, em um comunicado, o Ministério das Finanças da Finlândia.
Também nesta sexta, a França ameaçou se opor ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O escritório do presidente francês Emmanuel Macron acusou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro de mentir durante o encontro do G20 em Osaka, no Japão, ao minimizar as preocupações com a mudança climática.
Queimadas aumentam 82% em 2019
Dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite, mostram que as queimadas no Brasil aumentaram 82% em relação ao ano de 2018, se compararmos o mesmo período de janeiro a agosto – foram 71.497 focos neste ano, contra 39.194 no ano passado.
Esta é a maior alta e também o maior número de registros em 7 anos no país. Do total de focos de incêndio, a Amazônia concentra 52,5% dos pontos, o Cerrado é responsável por 30,1%, seguido pela Mata Atlântica, com 10,9%.
'Crise internacional'
Na quinta-feira (22), Macron propôs que a "crise internacional" da Amazônia seja uma prioridade na cúpula do G7 neste fim de semana em Biarritz, no sudoeste da França. Macron disse em seu Twitter que "nossa casa está queimando".
A chanceler alemã Angela Merkel, manifestou apoio ao presidente francês por meio de seu porta-voz, considerando que os incêndios na Amazônia constituem uma "situação urgente" que deveria sim ser discutida durante a cúpula do G7.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro acusou seu colega francês de ter "uma mentalidade colonialista" e de querer "instrumentalizar" o tema "para ganhos políticos pessoais".