Instituto vai fornecer a totalidade das doses requeridas, diz ofício. Mais cedo, Bolsonaro havia afirmado que a vacina de Oxford que vem da Índia vai atrasar
Por Agência Brasil
O Ministério da Saúde solicitou hoje (15) seis milhões de doses da Coronavac ao Instituto Butantan. A vacina está sendo desenvolvida pela instituição em parceria com o laboratório chinês Sinovac e foi solicitada por meio de ofício.
O ministério informou, no documento, que aguarda a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a distribuição para todos os estados ao mesmo tempo.
“Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este ministério precisa fazer o loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a covid-19, tão logo seja concedido autorização pela agência reguladora, cuja decisão está prevista para domingo, dia 17 de janeiro de 2021”, diz o ofício.
O Instituto Butantan informou que enviou resposta ao ministério informando que entregará a totalidade das doses requeridas e solicita informações sobre o quantitativo que será destinado a São Paulo.
Segundo o instituto, é comum que para todas as vacinas destinadas pelo instituto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), parte das doses permaneça em São Paulo. Isso ocorre, por exemplo, com a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe. O instituto informou ainda que aguarda confirmação de data e horário sobre o início da campanha de vacinação que ocorrerá simultaneamente em todo o país.
Vacina de Oxford que vem da Índia vai atrasar
Bolsonaro deu as declarações em entrevista ao Brasil Urgente. Afirmou: “Resolveu-se, não foi decisão nossa, atrasar 1 ou 2 dias [a viagem] até que o povo comece a vacinar lá, porque lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. Isso aí, no meu entender, daqui a 2 ou 3 dias no máximo, nosso avião vai partir e vai trazer esses 2 milhões de vacinas pra cá”.
O presidente Jair Bolsonaro alertou que as 2 milhões de doses contemplam “mais ou menos só 1% da população” e se queixou da falta de oferta no mercado internacional. “ Vamos procurar fazer a nossa vacina aqui”, acrescentou.