Houve quem dissesse que a inauguração do novo escritório político da senadora Kátia Abreu em Palmas, na última segunda-feira, foi um sucesso por conta da presença de diversas lideranças políticas, ex-prefeitos, ex-vereadores, ex-secretários, empresários, como Rildo da Ponte Alta – amigo pessoal da senadora – e até gente com mandato, como o deputado estadual Toinho Andrade e o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia.
Por Edson Rodrigues
Mas, ao fazer uma análise profunda, percebemos que, na verdade, o lugar parecia mais um campo santo, um lugar onde estava sendo distribuída uma espécie de “elixir da vida”, uma poção que traz de volta à vida políticos que já tiveram seus momentos de ribalta, mas que caíram no ocaso do esquecimento. O problema é que o efeito dessa poção passa muito rápido...
Afinal, figuras como Donizete Nogueira, Raimundo Boi, Augusto Pugliese, sargento Aragão, Warner Pires, Valtenes Lino, todos “ex-alguma-coisa”, juntaram-se aos demais “ex”, de vereadores a líderes de pequena expressão, para conferir alguma representatividade política ao evento. Mas, na verdade, formaram, sim, uma trupe de mortos-vivos, ávidos pela “poção”, pelo “elixir” da nova vida.
Essa nova vida veio nas reportagens que foram feitas sobre o evento, ao terem seus nomes citados, como nesta matéria. Mas, no mesmo “pacote”, vem a nova morte da maioria dos presentes ao percebermos que seria quase impossível para a senadora Kátia Abreu montar uma equipe de governo com esse pessoal, uma vez que suas fichas pregressas não permitem.
Kátia Abreu recebe cumprimentos //Empresário Rildo da Ponte Alta, esposa e filho prestigiando a amiga Kátia Abreu // Um abraço amigo do companheiro de muitos anos
O que estamos dizendo é que a maioria dos presentes é ficha-suja, tem problemas para acertar com alguma vertente da Justiça e, por conseguinte, com o povo tocantinense, aos olhos de quem não são bem vistos.
O grande fiel da balança dessa afirmação é o fato de o ex-governador e sábio estadista tocantinense, José Wilson Siqueira Campos ter recebido duas visitas de Kátia Abreu antes do evento e, mesmo assim, não figurar na lista dos presentes.
Se foi convidado para a solenidade, Siqueira Campos declinou da gentileza e, sabiamente, deixou de fazer parte do time de “mortos-vivos” que buscam desesperadamente um oxigênio, um novo palco para voltar à vida pública. Siqueira sabe que não precisa disso, ao contrário tanto da senadora quanto dos seus convidados.
Em seu discurso, Kátia Abreu atacou o governo do Estado, apontando falta de gestão como origem dos problemas que disse existir. Aí fica a pergunta: que tipo de gestão Kátia espera fazer com uma “equipe” dessas?
Com a palavra os eleitores...