Maia ironiza suposta candidatura de Moro: "Agora é consultor para a Odebrecht"

Posted On Terça, 01 Dezembro 2020 03:44
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Rodrigo Maia ironizou o ex-ministro da justiça e defendeu uma frente ampla "de centro" Rodrigo Maia ironizou o ex-ministro da justiça e defendeu uma frente ampla "de centro"

Presidente da Câmara defendeu uma frente ampla de centro, com apoio de partidos à esquerda como PDT e PSB

 

Por iG Último Segundo

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), alfinetou Sergio Moro e descartou a candidatura do ex-ministro e novo diretor-geral da empresa Alvarez & Marsalpara para a presidência em 2022.

 

"Agora Moro é consultor de uma empresa que presta serviço para a Odebrecht . Acho que ele já está encaminhado", disse Maia em entrevista ao UOL .

 

A manifestação do presidente da Câmara acontece no mesmo dia que Moro se tornou sócio-diretor da Alvarez & Marsal , onde trabalhará no desenvolvimento de políticas antifraude e corrupção, afastando-se da política.

 

Rodrigo Maia também defendeu a formação de alianças e de uma frente ampla de Centro . "[Uma aliança de centro] Representa a capacidade de diálogo para abrir mão de certas convicções para que se possa construir uma candidatura forte, com apoio parlamentar. Esse foi o recado que saiu das urnas [em 2020]", acrescentou.

Segundo Maia, partidos do centrão como o PSD, o Progressistas e o PL estão mais próximos de um projeto de presidente da República, mas terão que conquistar partidos mais à esquerda como PDT e PSB para a construção da aliança.

 

"Eu acho que seria histórico e um ganho para o Brasil juntar esses partidos que têm uma densidade no Parlamento, tentando um projeto de país com convergências na economia. Seria o ponto mais difícil para chegar em um país com menos desigualdade e educação de melhor qualidade, e isso caminha em uma certa convergência. A votação do Fundeb provou isso", lembrou.

 

O deputado citou nomes fortes para 2022: Huck, Doria, Ciro, Eduardo Leite (PSDB) e ACM Neto (DEM) .

 

"Nomes, todos os partidos têm. O importante é saber se a gente conseguiria criar um projeto de país, de modernização do Estado brasileiro, e gerar convergência entre todos estes campos", complementou.