EDITORIAL
O governador Mauro Carlesse deu mais um passo político importante para a disputa do Senado em 2022, ao definir o PSL como o partido pelo qual lançará sua candidatura, mantendo o grupo de deputados estaduais que o apoiam em seu grupo
Por Edson Rodrigues
Carlesse reuniu-se, no Palácio Araguaia com a maioria dos deputados estaduais de diversos partidos para uma conversa “olho no olho”, em que não deixou claro seu afastamento do cargo de governador para a disputa para a única vaga ao Senado em 2022 e foi taxativo: quem não estiver satisfeito, que saia logo do grupo, pois preciso de lealdade total”, disse o governador em outras palavras.
ADESÃO DE PREFEITOS E LIDERANÇAS: FILME ANTIGO
Quem nunca assistiu ao “filme” “trairagem na ‘hora H’”, não conhece a política tocantinense.
Mauro Carlesse e todos os recém-nascidos do Tocantins sabem o que acontece nesse “filme” pelo que se passou com os ex-governadores Siqueira Campos, Marcelo Miranda e Sandoval Cardoso, com as tais “adesões” de prefeitos e lideranças políticas antes deles renunciarem aos seus respectivos mandatos para se candidatar a outros cargos. Eles sofreram todos os tipos de patifarias e viraram “reis sem trono”, ”elefante sem tromba” e “leão sem dentes”, ou seja, sem os cargos que lhes conferiam poder, ninguém mais os respeitou e poucos permaneceram leais.
E isso é fato! Sem falar que os prefeitos terão que estar com suas gestões muito bem avaliadas pela população de seus municípios para que consigam transferir votos.
COMO FICARÁ O SENADOR EDUARDO GOMES???
O senador Eduardo Gomes, logo após os resultados das eleições municipais do ano passado, anunciou um giro pelo Estado para conversar com a população, visitar os prefeitos e companheiros, além de vistoriar as obras em construção ou prontas, realizadas com recursos que ele conseguiu liberar, em Brasília, e para anunciar o que poderá fazer por cada município neste ano “apertado” pela pandemia de Covid-19.
Líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional senador Eduardo Gomes
Pois o agravamento da pandemia ainda está impedindo o senador mais bem votado do Tocantins a fazer essas visitas, até mesmo pelas medidas de restrição e isolamento social e, por isso, escolheu permanecer em Brasília agilizando os pleitos do Estado e dos municípios para ajuda-los a combater esse vírus que vem ceifando vidas de dezenas de tocantinenses.
É graças ao seu prestígio junto aos membros do governo federal e aos seus pares parlamentares que Eduardo Gomes tem conseguido ajudar muito os prefeitos tocantinenses e o próprio governo do Estado, independente de cor partidária, com recursos, equipamentos, medicamentos e aparelhos médicos para o combate à Covid-19.
Acreditamos que o senador, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, só deve fazer esse giro e se pronunciar sobre a sucessão estadual quando tudo estiver sob controle, com a maioria dos cidadãos tocantinenses vacinados. Aí, sim, ficarão mais evidentes as demandas de cada município – por enquanto, tudo se concentra em dirimir os malefícios da pandemia – que serão discutidas com seus companheiros políticos e lideranças populares.
O ELEITOR
O Tocantins precisa de ações desenvolvimentistas, que não só cumpram seu papel estrutural, mas gerem empregos e aqueçam a economia, de um governo como os tocados por Siqueira Campos e Mauro Borges, conectados e visionários que preparem o Estado para o futuro, planejando estradas, projetos grandiosos e obras de integração.
Nosso estado tem um solo riquíssimo, de minérios a fertilidade para plantações dos mais variados vegetais, mas também tem espaço para a industrialização e para a armazenagem em grande escala, por sua localização geográfica.
Mas, ao mesmo tempo, lhe falta s profissionalização, a capacitação do seu povo para que possa tirar proveito de todo esse potencial, deixando de depender apenas de cargos públicos e, para isso são necessárias as escolas técnicas e os cursos profissionalizantes do SESI e do SENAC.
O Tocantins precisa de uma sequência de governos com visão de futuro, como aconteceu com Goiás, que teve Mauro Borges, Irapuan Costa Júnior, Otávio Lage, Ary Valadão e Iris Resende, responsáveis pela pujança econômica que Goiás tem, hoje.
O Tocantins teve Siqueira Campos, que construiu a Capital e, depois, as rodovias que ligam a Capital aos estados vizinhos, e Moisés Avelino e Marcelo Miranda, que deram continuidade na abertura de rodovias pavimentadas, investiram em educação, Saúde, Ações Sociais e deram os primeiros passos para a instalação de indústrias em solo tocantinense, buscando recursos federais e financiamentos nacionais e internacionais.
É isso que os eleitores querem dos próximos candidatos. Pessoas capazes, visionárias, que pensem longe e de maneira planejada. Dos empresários mais bem-sucedido ao desempregado, passando pelos que estão se formando nas faculdades, todos que vêm sofrendo com essa pandemia, esperam que os partidos apresentem nomes capacitados como seus candidatos, com bom trânsito em Brasília, com conhecimento, com cultura e com vontade de fazer acontecer, custe o que custar.
Projeto Rio Formoso
Este ano, praticamente todos passaram ou passam por algum tipo de dificuldade, seja para manter seus negócios, seja para simplesmente sobreviver. Centenas perderam entes queridos, poucas são as famílias que não tiveram alguém atingido pelo Covid-19 de forma grave ou fatal. Famílias inteiras estão desempregadas, filhos órfãos, viúvos, viúvas, todos com dívidas, com o nome “sujo” nos agentes financiadores, comprometendo suas condições de vida por muitos anos à frente.
Mesmo assim, todos pretendem permanecer no Tocantins, na terra que nasceram ou escolheram para criar suas famílias, sonhar com o Tocantins pleno, poder desfrutar de um Tocantins desenvolvido e deixar um legado de coragem, honra, tradição e determinação para seus descendentes.
Para isso, nós, eleitores, precisamos tomar vergonha na cara e aprendermos a votar nas pessoas certas para serem nossos representantes nesses sonhos de um futuro melhor, desde os vereadores, até o governador, passando pelos parlamentares federais e estaduais. Em 2022, nós, tocantinenses, temos o dever de fazer uma reciclagem em nossos representantes, julgar seus feitos durante seus mandatos para definir se realmente merecem continuar em seus cargos. Os políticos que não evoluírem, não se reciclarem e não se repaginarem, dificilmente terão condições de permanecer na vida pública.
Será preciso ao novo governado um atributo bem superior a apenas pagar o salário dos servidores em dia. Ele terá que ser capaz de trazer o progresso e o desenvolvimento que faltam para que o Tocantins assuma o lugar que merece entre as unidades da Federação, e oferecer dias muito melhores do que o que já vivemos para a sua população, e a responsabilidade de escolher esse nome estará, em outubro de 2022, toda sobre os ombros dos eleitores, afinal, como diz o velho e sábio ditado, “cada povo tem o governo que merece”!