Após a ressaca do Carnaval, quem tiver interesse em reeleição ou a se candidatar a um cargo eletivo nas eleições estaduais, deve iniciar a demarcação de seu território político mais breve possível.
Por Por Edson Rodrigues
Após um giro em todas as regiões do Estado, inclusive – e principalmente – na Capital, Palmas, manteve conversas com dirigentes políticos e partidários, lideranças políticas municipais e estaduais, dentre elas, vários detentores de mandatos nos executivos municipais, no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa, o Observatório Político de O Paralelo 13 ouviu de todos que o momento é de um só pensamento: articular as candidaturas a prefeito e vereador em suas bases políticas, com ênfase em Palmas, que deve ultrapassar a casa dos 200 mil eleitores e, em não havendo maioria simples para prefeito, deve ter segundo turno.
Essa possibilidade de segundo turno é o que mais anima nossos interlocutores dos principais partidos, em especial aos que têm representatividade no Congresso Nacional e/ou na Assembleia Legislativa. Essa condição de representatividade, quando somada ao horário eleitoral obrigatório de rádio e TV, fará toda a diferença, principalmente nas cidades que têm emissoras ou repetidora de TV e estações de rádio, onde as campanhas poderão se desdobrar do corpo a corpo para um bom marketing de Rádio e TV.
SUCESSÃO MUNICIPAL DE PALMAS
Na Capital, que reúne todas as facilidades para campanhas nos veículos de comunicação e redes sociais, a vitória será do político que tiver um grupo grande, com bons nomes e coeso. Seja quem for o vitorioso em Palmas, terá todas as condições de sentar à mesa, caso tenham bons candidatos aliados nos maiores colégios eleitorais do Estado, como Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso, Guaraí, Colinas e Tocantinópolis entre outras, para participar da definição dos nomes que comporão a chapa majoritária nas eleições de 2026, com poderes de veto e de indicação.
POSICIONAMENTO DE WANDERLEI BARBOSA
O governador Wanderlei Barbosa será, obviamente, o melhor “cabo eleitoral” em 2024, atuando como “mestre dos mestres”, e deve manter o comportamento de “juiz de paz” entre as diversas lideranças políticas que fazem parte da sua enorme base aliada na Assembleia Legislativa, no Congresso Nacional e nos Executivos municipais, porém, com um adendo: todos terão que viabilizar suas candidaturas a prefeito, a ponto que as próprias pesquisas eleitorais, realizadas por empresas sérias, para que demarquem seus territórios políticos em seus municípios.
Pela forma democrática com que Wanderlei Barbosa se comportou na eleição da mesa-diretora da Assembleia Legislativa, e da maneira com que isso funcionou, acredita-se que ele adotará o mesmo método nas eleições municipais de 2024.
SENADOR EDUARDO GOMES
Enquanto isso, o presidente estadual do PL do Tocantins, senador Eduardo Gomes, do alto da liderança total no carreamento de recursos federais para o governo do Estado e para os 139 municípios tocantinenses, durante os últimos quatro anos, em que foi líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, atuando com articulador junto a todas as frentes políticas presentes no Planalto, e que resultaram na construção do Hospital do Amor, em Palmas e em diversas outras obras espalhadas por todo o Estado, deve iniciar a demarcação do seu próprio território político com vistas à sucessão municipal em dezenas de cidades, além, claro, do seu berço eleitoral, a Capital, Palmas.
Eduardo Gomes deve formar uma candidatura do próprio PL, buscando apoio e união com outras legendas, com a participação da senadora Dorinha Seabra. Mesmo sendo aliado do governador Wanderlei Barbosa, de quem foi colega de legislatura na Câmara Municipal de Palmas, onde os dois foram presidentes, e estar fazendo todo o possível para ajudar a dar governabilidade a Wanderlei e Laurez Moreira, Gomes deve incluir nessa formação de seu grupo político o fortalecimento do PL no Tocantins, pois sabe da necessidade de chegar ao período pré-campanha com um território político bem definido.
EM BUSCA DE RESULTADOS
Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral, o número de eleitores no Tocantins saltou de 1.039.439 nas Eleições de 2018 para 1.094.003 em 2022; aumento de 5,24%. Na média nacional, o aumento foi de 6,21%.
As mulheres são maioria do eleitorado tocantinense. Conforme o TSE, do total, 556.547 (51%) são do sexo feminino e 537.456 (49%) do sexo masculino. Em todo o estado, 154 eleitoras e eleitores têm nome social.
A faixa etária com mais eleitores nestas eleições é de jovens entre 25 e 29 anos, com 119.824 indivíduos. O levantamento revela também que mais de 24,9 mil eleitores têm menos de 18 anos. Na última eleição, em 2020, eram pouco mais de 17,3 mil eleitores entre 16 e 17 anos.
O estado também apresentou crescimento no número de pessoas com mais de 70 anos aptas a votar. Em 2020 eram 75.448 indivíduos nesta faixa etária. Neste ano são 81.123. Do total de eleitores, mais de 3,4 mil eleitores têm mais de 90 anos.
Logo, a busca pelo voto nos municípios, será minuciosa e bem acirrada.
Somente com a certeza do cacife político de cada um dos maiores líderes políticos do Tocantins é que terão início as definições das candidaturas nos 139 municípios tocantinenses, com prioridade para os maiores colégios eleitorais.
Para isso, é necessário que seja dado o devido tempo ao tempo.