O processo sucessório no Tocantins e os "vagabundos" que estarão no palanque de Amastha

Posted On Segunda, 07 Agosto 2017 12:01
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Iniciou-se agosto, conhecido como “mês do cachorro doido”, dias que caminharão carregados de especulações sobre o processo eleitoral que findará no principiar de outubro de 2018, momento em que acontecerão as eleições gerais, pleito que dará ao eleitor a condição de escolher 24 deputados estaduais, 8 deputados federais, o futuro governador do Tocantins, dois senadores e o Presidente da República.. Quem quiser concorrer a uma dessas vagas, deve estar filiado a um partido político até a data limite de março do ano que vem. Até lá, muita lama vai rolar sob as pontes, inclusive cobrindo os feitos daqueles que são políticos e estarão do lado do prefeito Carlos Amastha, momento que deverão pedir desculpa ao eleitor, por serem vagabundos assumidos.

 

 

Por Edson Rodrigues  e Edivaldo Rodrigues

 

As definições mais aguardadas recaem nas perguntas que teima em não calar: por qual partido o ex-governador Siqueira Campos será candidato ao Senado? Quem serão seus dois suplentes? Quem encabeçará esta chapa majoritária? Certamente tanto o partido, quanto os nomes que acompanharão esta que é uma das mais expressivas figuras públicas do Tocantins, pelas ruas e praças do Estado, estarão fazendo história, dada a liderança que ele ainda exerce sobre o povo tocantinense.
Outro questionamento diz respeito à senadora Kátia Abreu que, hoje, “está no PMDB, mas não é do PMDB”, como falam nos bastidores e mostram os fatos internos do partido, que está sob total comando do governador Marcelo Miranda. Logo, a congressista tocantinense não terá outra alternativa senão mudar de legenda até março de 2018.

Os vagabundos
Um dos questionamentos mais curiosos é quem vai vestir a carapuça e compor chapa com o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que chamou os políticos tocantinenses de “vagabundos”. Apesar de já estar filiado e no comando do PSB tocantinense, o prefeito da capital viu, na última semana, o início de uma debandada do partido, orquestrada pelo prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, que vai levar consigo mais cinco dos oito prefeitos da legenda, o que pode ser fatal para uma pretensão de eleição em nível estadual.

 

Os familiares dos vagabundos
O que é surreal nestes episódios em que o prefeito de Palmas destrata a classe politica tocantinense, a jogando na latrina, é a ligação umbilical e a dependência dele, Carlos Amastha, tem com estas figuras do povo. É sabedor que, seus principais auxiliares na administração da capital, seus líderes na Câmara Municipal, além de alguns admiradores partidários e deputados estaduais,são homens públicos com atuações cotidianas e diuturnas na vida política, o que fazem deles políticos na teoria e na prática. Após serem chamados de malandros, vagabundos e “cambada de safados”, como é que olham nos olhos de seus filhos, esposas, amigos e eleitores?

As desculpas dos vagabundos
Qual será o discurso dos companheiros de campanha de Carlos Amastha numa provável candidatura dele ao Governo do Tocantins? Estarão eles preparados para chancelar as afirmativas do colombiano, ao mesmo tempo em que terão coragem de pedir desculpas aos eleitores, por serem políticos tocantinenses e por isso malandros, “cambada de safados” e vagabundos? Somenteo tempo dirá se estes homens e mulheres, que num passado recente ajudaram a consolidar o sonho libertário, vão manchar suas vidas apequenar seus feitos. Se isso ocorrer estarão abrindo a porta que os conduzirão ao calabouço da insignificância como cidadãos.

 

Carlesse
Quem também se movimenta nos bastidores para viabilizar uma candidatura ao Governo do Estado é o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse que, além da costura política, tem o desafio de se tornar conhecido pelo eleitorado. Para isso, o deputado vem trabalhando em uma agenda de visitas às regiões do Tocantins, como fez, recentemente, no Bico do Papagaio.

 

Marcelo Miranda
O governador, Marcelo Miranda é quem surge com mais força nessas primeiras análises. Depois de conduzir a barca da máquina estatal por momentos de turbulência e tempestade econômica, enfrentando um sangramento constante desde o seu primeiro dia de mandato, o chefe do executivo estadual inaugurou recentemente um período de reconquista de espaço, e com isso vem demostrando fôlego renovado, com apoio de uma bem coordenada bancada federal, que vem liberando recursos da União, por meio demendas de deputados e senadores, sempre com a fiel e competente batuta do senador Vicentinho Alves.

Nas últimas semanas Marcelo Miranda tem colocado o pé na estrada, inaugurando importantes obras de infraestrutura, educação, saúde, transportes além de abertura de frentes de trabalho. Nesta linha de retomada de território, o chefe do executivo tocantinense já articula os últimos preparativos a realização deum grande giro pelo Estado, oportunidade em que vai ouvir as demandas da população e sugestões, além de realizar reuniões com as classes política e empresarial local. Em paralelo, o governador e sua equipetrabalham para a liberação, por parte da Assembleia Legislativa, do empréstimo de 600 milhões de reais, levantado junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, que já virou novela e é a principal arma na campanha do presidente da Casa de Leis, Mauro Carlesse, para tentar evitar que o governador chegue ainda mais forte em 2018.Desse dinheiro dependem obras como a nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional e a construção do Hospital regional de Araguaína.

 

O povo está com nojo
Os políticos que conseguirem registrar suas candidaturas e estiverem aptos a disputar cargo eletivo, mesmo que sob liminar, deverão ter em mente que o povo, a sociedade em geral, está com nojo da classe política, sem distinção de partido ou ideologia. A revolta com os milhões roubados, que resultaram em vidas perdidas na saúde, empregos sumindo nas empresas e, principalmente, mais impostos para custear os gastos da União, é inédita e jamais vista no Brasil. As operações policiais estampadas na mídia nacional quase que diariamente, além de criar um sentimento de renovação imediata, estão afastando os eleitores das urnas. Essas mesmas operações podem impedir vários pretensos candidatos, Brasil afora, de conseguir suas candidaturas e o Tocantins não está fora dessa conta.


Logo, teremos uma campanha judicializada e cheia de sabotagens entre os próprios políticos e até mesmo dos eleitores com candidatos que insistirem em oferecer benefícios ilegais em troca de votos, institucionalizando um “terceiro turno”, no “tapetão”, que poderá definir vitórias e derrotas e mudar o resultado das urnas. Dessa forma, os candidatos precisam ter em mente a necessidade de ter em sua assessoria de campanha uma boa equipe de juristas e, principalmente, estar em partidos com um bom tempo no horário eleitoral gratuito – PMDB, PT, PSDB, PP, PR e DEM serão os detentores dos maiores tempos – para ter a oportunidade de aproveitar esse tempo para se diferenciar dos políticos que enojaram e envergonharam os eleitores.

 

Tocantins em números
o Tocantins ultrapassou a marca de 1,5 milhão de habitantes, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado mais novo do país possui agora 1.515.126 mil habitantes. A capital, Palmas é a cidade mais populosa do estado, com mais de 272.762 mil moradores. Deste número, o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE) apresentou em julho deste ano, que até o momento, 998.965 mil pessoas estão aptas a votar em 2018. Até julho do próximo ano, este número poderá aumentar com a adesão de novos eleitores nos 139 municípios tocantinenses. Conforme o TRE, os atuais eleitores poderão exercer em 2018 o seu direito de cidadania em 898 locais de votação, que comportam 4.103 seções eleitorais. Todos os municípios tocantinenses contam com a biometria.

Hoje, Palmas concentra o maior número de eleitores do Tocantins aptos para votar, com 176.381 eleitores, segundo o TRE. Este número representa 17,63% do eleitorado de todo o Estado. Araguaína, com 104. 381 mil eleitores, ocupa o segundo lugar, com uma representatividade de 10,45% dos eleitores. Ao Sul do Estado, Gurupi com 54.879 eleitores fica com 5,49% na estatística. Paraíso do Tocantins, quarta maior cidade do Estado possui um índice de 3,17% do eleitorado, que são 31.626. E a capital da Cultura, Porto Nacional, com 38.164 mil eleitores abriga 3,82% dos eleitores. Nestes cinco municípios concentram-se 40, 56% de todo o eleitorado tocantinense. Atualmente, os municípios com menor representatividade do eleitorado são Crixás do Tocantins, com 1.37 eleitores, e São Félix do Tocantins, com 1.350 eleitores. Ambos os municípios representam apenas 0,14% do eleitorado do Tocantins.