Por Edson Rodrigues
O PMDB de Porto Nacional passa por um momento ímpar na sua história. Ímpar e triste. Sem uma Comissão Provisória registrada no TRE, o partido não tem como realizar eleições para a formação do seu Diretório Municipal permanente, com vigência de dois anos.
Enquanto isso, o partido tem em seus registros mais de três mil filiados, mas, para validar uma hipotética eleição, teria que ter, pelo menos 20% desses filiados aptos a votar, ou seja, 600 membros.
O problema é que, na prática, o partido já não conta com tantos membros, pois algumas dezenas já morreram, outras centenas nem moram mais na cidade ou, sequer, no Estado. Já a maior parte dos “vivos”, migrou para outros partidos.
Os demais “vivos” restantes e que realmente participam da vida política, se digladiam entre si, dividindo o partido em alas e vertentes, o que transforma em tarefa inglória as tentativas do presidente estadual do PMDB, Derval de Paiva,tentar unir a legenda na cidade.
Mais ainda, essa divisão interna do PMDB portuense dificulta que o governador Marcelo Miranda prestigie os quadros oriundos da cidade, sob pena de se desgastar com as demais vertentes.
Em menos de um ano os eleitores de Porto Nacional vão eleger novos vereadores e o prefeito. Será que o PMDB, um partido grande, histórico, tradicional na cidade e no Brasil, vai ficar a ver o bonde passar?
NOSSO PONTO DE VISTA
Em nosso ver, só há um caminho a ser seguido pelo PMDB de Porto Nacional, que seria o presidente estadual da legenda, Derval de Paiva reunir os líderes dessas alas internas divergentes e formar uma comissão provisória de consenso, com a prioridade de realizar um recadastramento dos filiados e saber quem realmente está no partido e quem não está. A partir desse ponto, o próximo passo seria a realização de uma eleição para a presidência do Diretório Municipal, o que permitiria a indicação de candidatos a vereador, prefeito e vice de forma legal, resgatando a honra do partido e possibilitando que a legenda participe efetivamente do processo sucessório do ano que vem.
Caso essa atitude não seja tomada, o PMDB de Porto Nacional terá seus “aparelhos desligados” e sairá da UTI direto para o cemitério político do esquecimento e da desmoralização, significando um fim melancólico.
Os que restarem não terão nem moral nem representatividade sequer para serem recebidos no gabinete do Governador Marcelo Miranda, pois serão apresentados como líderes de quem? De onde?
Quem viver verá!