PROCESSO SUCESSÓRIO NO TOCANTINS CONTINUA DESFIGURADO, COM CENÁRIOS MUDANDO A TODO MOMENTO Destaque

Posted On Quarta, 20 Dezembro 2017 06:35
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Marcelo Miranda e Ronaldo Dimas, agora, são os favoritos para um provável segundo. Vicentinho Alves desponta na briga pelo Senado

 

Por Edson Rodrigues, aos 20 dias do mês de dezembro de 2017

 

Quem esperava por uma eleição judicializada, com candidatos eleitos sem, porém, podendo ser diplomados ou tomar posse, começa a mudar de idéia com as notícias desta semana.

Primeiro, o processo contra o governador Marcelo Miranda, sobre o dinheiro encontrado em um avião, foi arquivado pela Justiça, abrindo novas perspectivas eleitorais para o governador.  Segundo, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, foi indiciado pela Polícia Federal, invertendo sua categoria eleitoral.e, em terceiro lugar, porque o “ministro laxante”, aquele que solta tudo o que está peso, Gilmar Mendes, decidiu por ele mesmo que a Polícia Federal não pode mais conduzir ninguém, nenhum suspeito, de maneira coercitiva, abrindo uma nova brecha para que pessoas, antes ameaçadas pelas garras da Justiça, durmam mais tranqüilas, sem ter de e preocupar com os “homens de toga preta”.  Pelo menos por enquanto.

Logo, aquilo que vínhamos falando, que a cada lance, a cada nova notícia, o cenário político sucessório tocantinense iria mudar, está se cristalizando, tomando forma, bem diante dos nossos olhos.

 

RONALDO DIMAS

Quando falamos sobre o lançamento do nome do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, como pré-candidato do PR, enfatizamos que, embora sendo um grande administrador, Dimas ainda carecia de conhecimento fora da região de Araguaína.

O nome de Dimas tem corrido de boca em boca como homem de realizações, um dos melhores prefeitos do Tocantins e que tem sua pré-candidatura alicerçada pelo excelente trabalho do senador Vicentinho Alves junto aos municípios e como coordenador da Bancada Federal tocantinense e líder do PR no Senado.

Dimas segue no trabalho para se tornar cada vez mais popular, conversando com dirigentes partidários de todas as regiões do Estado, com outros prefeitos e com os nomes que está selecionando para compor a chapa majoritária junto com ele.

O sucesso desse trabalho já pode ser sentido nas ruas e coloca Dimas como um dos favoritos ao segundo turno em 2018.

Salientamos, porém que a candidatura de Dimas ainda é embrionária, tendo apenas o seu nome à frente, mas sem os nomes que comporão com ele a chapa majoritária.

Dimas deve iniciar uma série de viagens à todas as regiões do Estado, para se apresentar e tornar seu nome mais conhecido e viabilizar, de forma definitiva, a sua candidatura.

 

VICENTINHO ALVES

Enquanto vê a candidatura própria do PR ganhar corpo no Tocantins, o senador Vicentinho Alves vem trabalhando de forma gradativa, cautelosa e certeira, visitando os principais municípios de cada região do Tocantins, sem levar nenhum candidato à tiracolo, a não ser ele mesmo, e recebendo o apoio de dezenas e dezenas de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e ex-vereadores.  Vicentinho já esteve em Pedro Afonso, Dianópolis, Gurupi e vai estar, nesta semana, em Guaraí, Paraíso e na região do Bico do Papagaio.

Após o Natal, Vicentinho inicia mais um giro, desta vez de carro, perfazendo uma média de quatro cidades por dia, quando vai visitar companheiros e lideranças políticas.  Outro giro já está confirmado entre os meses de fevereiro e março, dessa vez levando na bagagem mais boas notícias aos municípios que visitará, colocando uma pulga atrás da orelha dos principais analistas políticos: será que  o senador está preparando um “pulo do gato” em relação às suas pretensões políticas em 2018?

 

EDUARDO GOMES

Em uma raia paralela, aparece o nome do ex-deputado federal Eduardo Gomes, como forte candidato ao Senado.

Grande articulador político, inteligente e carismático, Eduardo Gomes nunca pode ser subestimado e soubemos de fonte fidedigna que ele vem trabalhando muito nos bastidores e, em breve, colocará publicamente suas pretensões para 2018.

 

MARCELO MIRANDA

Em editoriais anteriores vínhamos avisando que Marcelo Miranda só não concorreria à reeleição se não quisesse.  Essa assertiva surgiu com a indefinição – ou silêncio – do próprio governador em relação ao seu futuro político.

Ao mesmo tempo, enfatizamos que o governo do Estado tem mais de um bilhão e setecentos milhões de reais em caixa – recursos esses que só podem ser usados para obras estruturais – e que Marcelo Miranda vem fazendo uma turnê pelos municípios, sempre entregando obras, assinando ordens de serviços e ouvindo sugestões e as demandas dos companheiros de PMDB e dos demais partidos que são aliados ao seu governo.

Perguntamos: isso é ou não é um trabalho de quem será candidato à reeleição?  A sabedoria popular já sabe que, se parece com um elefante, tem orelhas grandes como as de um elefante, tem tromba  e tem patas de elefante, só pode ser um elefante....

Mas, só vamos poder ter a certeza da candidatura do governador a partir de março do ano que vem.  Por enquanto, sabemos, Marcelo Miranda faz uma verdadeira “via crucis”, lutando até contra o relógio para conseguir pagar, pelo menos, 80% do 13º salário dos servidores até o próximo dia 22, e os 20% restantes até o dia 31.  Se o governador conseguir essa proeza, poderemos afirmar com tranqüilidade d’alma que ele conseguiu vencer a maior das tempestades de maneira brilhante, digna de aplausos.  Juntando a isso o arquivamento do seu processo pelo STJ, Marcelo surge como favoritíssimo ao segundo turno em 2018.

 

KÁTIA ABREU

Outro nome de peso que busca um posicionamento mais claro em relação às eleições majoritárias doa no que vem é a senadora Kátia Abreu, primeiro quadro político do Tocantins a assumir um ministério. 

Sua personalidade forte é o seu maior adversário em suas pretensões.  Alijada do PMDB, Kátia ainda busca uma legenda para chamar de sua, que a aceite, de cara, como a líder suprema e que dê liberdade para que componha alianças e defina nomes para a chapa majoritária.

Mesmo com todas as dificuldades, Kátia Abreu já mostrou que tem força e que pode incomodar em 2018.

 

DR.MARLON

Não podemos deixar de citar neste Panorama Político, o nome do Dr. Marlon Reis, ex-magistrado, jurista, relator da Lei da Ficha Limpa e idealizador da expressão “Ficha Limpa”, que tamém lançou seu nome como pré-candidato ao governo do Estado em 2018.

Dr. Marlon vem formando seu grupo político e deve apresentar, já no início do ano que vem, o seu projeto de governo, assim como os componentes de sua chapa majoritária.

A incógnita de sua candidatura fica exatamente aí. Não há nem como cogitarmos os nomes que se juntarão à ele e, provavelmente, só saberemos após as convenções.

Mesmo assim, a candidatura de Dr. Marlon Reis deve ser observada e, principalmente, respeitada, pois traz como lastro uma história de sucesso na magistratura e a autoria de uma expressão amplamente utilizada no País.

 

CARLOS AMASTHA

Não é por acaso que deixamos o nome do prefeito de Palmas, Carlos Amastha por último nesta análise do panorama eleitoral do memento.

Se, antes, seu discurso era de que representava o “novo” e que os demais políticos do Tocantins eram “vagabundos e corruptos”, agora Amastha terá que refazer todo o trabalho de marketing referente à sua figura pública.  Alçado à categoria de indiciado pela Polícia Federal no processo que discorre sobre a implantação do sistema BRT de transporte público, o prefeito da Capital enfrenta, a partir do seu indiciamento, a sombra escura da impossibilidade de registrar sua candidatura por causa de problemas com a Justiça.

Se já não tinha muita escolha entre nomes de peso para compor uma chapa majoritária para 2018 por causa das suas declarações desastradas, Amastha corre, agora, o risco de provar do próprio veneno, vendo suas falácias se voltarem contra ele, mesmo que ainda não seja réu.

Pelo menos para a Polícia Federal, Carlos Amastha, agora é mais que um simples suspeito e, para o povo, isso parece já ser o bastante....

 

CONDUÇÃO COERCITIVA

Mas, como sempre fazemos questão de enfatizar, até as convenções, muitos dos que se declararam candidatos a alguma coisa em 2018 podem já ter se tornado “hóspedes” da Superintendência da Polícia Federal. Mesmo com o fim das conduções coercitivas – pelas mãos “escorregadias” de Gilmar Mendes –, sabemos  que esse não é o único meio que nossa competente PF tem para selar destinos.  Havendo provas, é prisão, mesmo. E em se comprovando delitos, é julgamento e inelegibilidade.

O que 2018 nos reservará?  Você sabe?  Nem eu!!!

Até sexta-feira!

 

Última modificação em Quarta, 20 Dezembro 2017 12:18