O Natal é uma época complicada. Todo mundo manda mensagens de felicidades, de esperança, de fé... Mas, a verdade, é que poucos agiram, durante o ano todo, de acordo com o que pregam no Natal.
Por Edson Rodrigues
O Natal marca o aniversário de Jesus, aquele que morreu na cruz, que tomou para si os pecados de todos e, por meio do seu sacrifício, apelou a Deus por misericórdia aos pecadores. Mas, os seres humanos – os mercadores, mais precisamente – transformaram o Natal na época do “senhor gordinho, de roupa vermelha, que desce pela chaminé distribuindo presentes”.
Seria fácil fazer uma analogia, uma metáfora, entre o Natal e o período eleitoral. Enquanto alguns se sacrificam o ano inteiro, outros aparecem com presentes na hora certa, e acabam chamando mais a atenção do povo que aquele que foi fustigado, castigado e apedrejado para evitar que esses castigos chegassem aos incautos.
Pois bem! Dizem que “Deus dá o fardo conforme a capacidade de cada um”, mas o que dizer daquele que recebe o fardo divino mas leva sobre suas costas, sem reclamar, o fardo de pessoas que se dizem seus amigos, seus colaboradores, seus auxiliares?
Seria essa pessoa um mártir ou apenas um desavisado?
SOBRE O SACRIFÍCIO E A OMISSÃO
O Tocantins tem presenciado uma situação como essa. Não que o governador Marcelo Miranda seja algo parecido com Jesus ou com qualquer personagem bíblico, cheio de méritos, muito pelo contrário. Ele é apenas mais um ser humano, comum, pecador, como outro qualquer, mas que escolheu para si um fardo, uma missão.
E se “Deus dá o fardo de acordo com a capacidade”, o que acontece com Marcelo Miranda é, no mínimo, injusto.
Esse rapaz vem governando o Tocantins com uma minoria de apoio na Assembleia Legislativa, vem recebendo cargas e mais cargas de críticas e maledicências dos seus detratores, preocupados em crescer fazendo o sofrimento do “carregador de piano”.
Muitos fazem isso de forma velada, disfarçada, dizendo-se amigos, ajudantes, colaboradores, mas que, na hora de cumprir suas missões – missões essas que aliviariam o fardo – preferiram ficar na comodidade de seus gabinetes, na brisa do ar-condicionado, na regalia das requisições de combustível, na sombra da omissão.
Afinal, de que forma o povo tocantinense pôde, em meio a tanta crise econômica, política e institucional, receber benefícios como ter os salários do funcionalismo pagos mês a mês, com algum atraso aqui e acolá, mas sempre no mês vigente – lembrando que estados mais estruturados, industrializados, com economias fortes, ainda estão pagando parcelas, sim, parcelas, do 13º salário do ano passado e atrasando até quatro meses os vencimentos mensais dos servidores – e estar em vias de receber o restante do 13º ainda este ano? Ou benefícios como obras de infraestrutura, com rodovias sendo asfaltadas, escolas de tempo integral sendo construídas, ônibus escolares sendo entregues a municípios, hospitais sendo ampliados, outros construídos, delegacias de polícia sendo recuperadas, viaturas novas, armamentos e coletes para os policiais, concursos públicos sendo realizados e dezenas de ordens de serviço sendo assinadas, com dinheiro em caixa para transformar nosso Estado em um canteiro de obras no ano que vem, não fosse a batalha tão bem lutada pelo Chefe do Executivo estadual, com apoio de alguns membros da bancada federal, de alguns deputados estaduais e de uma minoria de secretários de estado presentes e atuantes?
Enquanto isso, gente para atrapalhar não falta. Seja com maledicências, seja com atitudes covardes contra a família do governador, seja com omissão ou seja, simplesmente, com um cruzar de braços.
Não se iluda, povo tocantinense! Neste natal, muitos desses que fizeram de tudo para atrapalhar sua vida vão assinar, de forma fria e automática, milhares e milhares de cartões de “feliz Natal e próspero ano novo”, que vão chegar em sua caixas de correio, mesmo tendo feito de tudo para que ao mensagem do texto não se concretizasse.
SOBRE A REALIDADE
Não fosse essa ação nefasta dos “lobos em pele de cordeiro”, o Tocantins, você, cidadão, poderia estar, hoje, muito melhor do que está. Nosso Estado poderia ter conquistado mais e as conquistas poderiam ser maiores.
Desejar um “feliz Natal” ao povo tocantinense neste findar do ano de 2017 é desejar que o governador Marcelo Miranda tenha sabedoria e discernimento para se livrar daqueles que aumentam seu fardo e tentam fazer sua travessia mais penosa. Aquela meia dúzia de secretários, diretores, gerentes e outras pessoas em postos-chave, que agem como “gafanhotos”, roendo e diminuindo os recursos públicos, colocando em seu lugar pessoas que saibam idealizar e produzir projetos que redundem em mais verbas federais para o Tocantins, com o auxílio do competente coordenador da Bancada Federal tocantinense, eliminando aqueles que não são honestos nem como o povo nem com o governador do Tocantins.
É também parabenizar a oposição construtiva, que mostra os erros, mas, também, aponta as soluções. Parte da atual oposição é assim, responsável, comprometida com o povo e não se furtando de alertar e fiscalizar onde e quando estavam os problemas, recebendo uma resposta imediata e eficaz, ajudando o Estado a se manter no curso dão enfrentamento da tempestade.
Desejar um feliz Natal para o Tocantins é desejar que os que se preocupam com o bem estar e com a qualidade de vida do povo tocantinense venham ser a maioria dos que cercam o governador Marcelo Miranda, que o governador tenha a sabedoria de trocar essas pessoas que não contribuem em nada para o crescimento do Tocantins, sob pena de o nosso Estado entrar diretamente na UTI, sem chances de tratamento como os outros estados, mais industrializados, mais antigos, mais tradicionais vêm recebendo, como Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande do Sul, entre outros.
O Tocantins não terá essa chance. Caso pessoas compromissadas com o progresso e o desenvolvimento não assumam os postos-chave, não haverá outro caminho, senão a UTI econômica, política e institucional.
Esses são os votos de toda a família de O Paralelo 13 aos nossos leitores, colaboradores, simpatizantes e conselheiros!
Um FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!