PT anuncia Haddad como vice na chapa de Lula e acordo com o PCdoB

Posted On Segunda, 06 Agosto 2018 05:44
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Acerto deve levar Manuela D´Ávila a vice na chapa, após término dos trâmites na Justiça Eleitoral que vai definir se o ex-presidente pode ou não disputar as eleições 2018.

 

Com Agências

 

O PT deve oficializar neste domingo (5) o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para ser o vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela Presidência . Membros do partido estão reunidos desde o início da noite em São Paulo para definir a coligação e o vice de Lula.

 

Segundo o jornal Estado de S.Paulo, Lula teria enviado uma carta para a Executiva Nacional do PT onde indicava o nome de Haddad. O ex-presidente teria congitado a possibilidade de Manuela d'Ávila (PCdoB) como vice de Lula , mas deixou a decisão para a executiva do PT.

 

No sábado (4), o PT oficializou a candidatura de Lula, preso desde o dia 7 de abril em Curitiba, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

 

Nascido em São Paulo, no dia 25 de janeiro de 1963, Fernando Haddad (PT) foi ministro da Educação entre 2005 e 2012, quando licenciou-se para disputar a Prefeitura de São Paulo. O convite partiu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu a escolha de Haddad em detrimento de nomes tradicionais do PT, entre os quais, a ex-prefeita Marta Suplicy.

 

Filho de comerciantes do Bom Retiro, na região central de São Paulo, aos 18 anos Haddad entrou para a faculdade de direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo de São Francisco. Formou-se bacharel em 1985.

Também pela USP, tornou-se mestre em Economia com especialização em economia política em 1990 e doutor em Filosofia em 1996. Foi professor de Teoria Política Contemporânea no Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, analista de investimento do Unibanco, consultor da Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe).

 

Em 2001, assumiu a chefia de gabinete da secretaria municipal de Finanças na gestão da prefeita Marta Suplicy. Dois anos depois, se tornou assessor especial do ministro do Planejamento, Guido Mantega. Depois, foi secretário Executivo do Ministério da Educação e se tornou ministro sob a gestão de Lula.

Haddad escreveu os livros "O Sistema Soviético", "Em Defesa do Socialismo", "Desorganizando o consenso", "Sindicatos, cooperativas e socialismo" e "Trabalho e linguagem."

 

Responde inquerito

O ex-prefeito de São Paulo foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de uso de caixa 2 em sua campanha à prefeitura da cidade, em 2012. Ele negou as acusações e apontou, por meio de nota, que há irregularidades na investigação.

 

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (15) pelo portal de notícias G1. Fernando Haddad teve sua campanha investigada devido ao envolvimento com a empreiteira UTC por parte de sua chapa. A investigação apurava o pagamento, feito pela empreiteira, de R$ 2,6 milhões em dívidas de serviços gráficos.

 

Esse dinheiro, segundo delações feitas à Lava Jato, incluindo a do dono da UTC, Ricardo Pessoa, foi recebido em forma de propina da Petrobras pelo ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza (PT).
Quem teria pedido para que o dinheiro fosse repassado à gráfica fora João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.

 

Fernando Haddad, Francisco Carlos de Souza, João Vaccari Neto, além de Chico Macena e outras três pessoas ligadas à gráfica foram indiciadas no caso.

 

Souza negou em depoimento dado à Polícia Federal em 2017, segundo informa a Folha de São Paulo, que pagamentos de caixa 2 haviam sido feitos para a campanha do ex-prefeito de São Paulo.

 

Em nota divulgada pelo portal de notícias, a assessoria de imprensa de Fernando Haddad nega as acusações e afirma que o delator não tem credibilidade.