Segundo jornal, essa seria a manobra do senador alagoano para conquistar apoio do Partido dos Trabalhadores na disputa pela presidência da Casa
Com Folha de São Paulo
Em busca de apoio parlamentar na disputa pela presidência do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) pode prometer a presidência do Conselho de Ética para o Partido dos Trabalhadores (PT). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo a edição do jornal desta terça-feira (11), o partido deve apoiar Renan Calheiros para o comando da Casa e, em troca, comandar o Conselho de Ética – cujo presidente tem o poder de instaurar e arquivar pedidos de investigação contra colegas com apenas uma canetada.
Atualmente, o conselho é feudo do MDB. Afinal, nos últimos seis anos, ele foi presidido por João Alberto Souza (MDB-MA), senador alinhado a José Sarney. Em fevereiro de 2019, porém, Alberto Souza encerra o seu mandato, o que abre a disputa pelo controle de um dos órgão mais poderosos da Casa.
Durante a presidência do Conselho, Alberto Souza livrou vários aliados da guilhotina. O mesmo pode acontecer com o partido que tomar posse do seu cargo em 2019.
Pelo lado do PT , segundo o jornal, ainda não há um consenso sobre o possível acordo com Renan. Afinal, enquanto uma ala é a favor de presidir o Conselho de Ética , outra avalia que o comando do órgão pode ser um acúmulo de problemas. Essa mesma ala prefere ficar com o comando, por exemplo, da primeira-secretaria do Senado, que supervisiona os recursos da Casa, ou da Comissão de Direitos Humanos.
Neste ano, o Conselho de Ética do Senado está sendo composto por 15 membros. São os senadores Airton Sandoval (PMDB-SP), João Alberto Souza (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Eduardo Amorim (PSDB-SE), José Pimentel (PT-CE), Acir Gurgacz (PDT-RO), João Capiberibe (PSB-AP), Antônio Carlos Valadares (PSB-CE), Wellington Fagundes (PR-MT) e Pedro Chaves (PSC-MS).
Há informações ainda de que, se Renan Calheiros vencer a disputa pela presidência do Senado, há chances de Flavio Bolsonaro ser mandado para o Conselho de Ética, quando ele assumir o mandato em fevereiro, se o filho do presidente eleito mantiver críticas a candidatura do alagoano. Porém, Renan não confirma tais informações.