SAÚDE DO ESTADO TEM BOM DESEMPENHO MESMO COM ATRASO DE RECURSOS FEDERAIS E ESTADUAIS

Posted On Quarta, 09 Dezembro 2015 15:26
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Com apenas 42% do montante devido pelo governo federal, servidores da Saúde se unem a secretário em prol da população

 

Imagine uma área em que a demanda é sempre crescente, que atua sobre o ponto mais sensível da população, e que precisa estar sempre pronta para atender a qualquer problema, trabalhar com um orçamento que só diminui e com fornecedores se recusando a entregar material fundamental para o desenvolvimento das atividades, e mesmo assim mostrar resultados.

É esse o panorama da saúde Pública no estado do Tocantins.

Para se ter uma idéia, no momento em que você lê esta matéria, o secretário da Pasta, Samuel Bonilha, está em Brasília, rodando por gabinetes para angariar apoio para a liberação dos recursos federais garantidos pela constituição e que a União tem deixado de repassar ao Tocantins.

Não fosse esse desprendimento do secretário, que já trouxe resultados expressivos, o panorama da Saúde no Tocantins poderia estar bem pior.

Samuel Bonilha soube sensibilizar os servidores e profissionais da Saúde do Tocantins e conseguiu formar uma equipe motivada e empenhada em lutar contra os problemas externos que afetam a Pasta.

Junto com os servidores, a secretaria estadual da Saúde vem conseguindo, com os parcos recursos, realizar ações pontuais e renegociar dívidas antigas com os fornecedores, que acreditam na boa vontade do secretário em resolver os atrasos e começam a reabastecer os almoxarifados dos hospitais e unidades de Saúde por todo o Estado.

Quanto aos recursos da União, a batalha é bem mais dura que se imaginava.  O ano financeiro da União termina no próximo dia 20 e é improvável que o restante do dinheiro que obrigatoriamente deveria ser repassado pelo governo federal chegue em sua totalidade  aos cofres da secretaria.

Se a coisa estava ruim para os estados, o governo do PT contribuiu para piorar ainda mais ao deixar de repassar esses recursos.

 

FOGO AMIGO

Segundo fontes palacianas, antes de viajar para o exterior, o governador Marcelo Miranda deixou acertado com a secretaria estadual da Fazenda um repasse no valor de 20 milhões de reais para a secretaria da Saúde.  Até a data de hoje, esse dinheiro não havia sequer passado perto dos cofres da Saúde.

Com esse “fogo amigo”, fica ainda mais difícil para o secretário Samuel Bonilha cumprir os acordos com os fornecedores.

Pode-se notar, claramente, que tanto o secretário quanto servidores e profissionais da Saúde não podem ser responsabilizados pelas mazelas do setor.

Só o governo federal deve mais de 400 milhões de reais para a Saúde do Tocantins, montante que resolveria grande parte das pendências e colocaria de volta a excelência no atendimento nas unidades hospitalares.  Estamos falando em recursos garantidos pela Constituição e pelo SUS, além de emendas parlamentares e outras fontes, que o governo de Dilma Rousseff vem simplesmente ignorando, deixando os cidadãos tocantinenses carentes de um serviço de Saúde Pública eficiente.

Definitivamente, os culpados pela situação da Saúde no Tocantins não estão no atual governo estadual, mas estiveram – e estão – nos gabinetes de Brasília.

 

AÇÕES DA SAÚDE COMPROVAM COMPROMETIMENTO

Após toda essa explanação sobre o não repasse de recursos garantidos pela Constituição, por parte do governo do PT para o Tocantins, é inacreditável o que vamos escrever nas linhas abaixo.

Mesmo com todos os problemas, a secretaria estadual da Saúde vem realizando ações pontuais e importantíssimas para que os índices da Saúde Pública no Tocantins se mantenham estáveis e a população tenha um mínimo de acesso aos serviços básicos.

Na próxima terça-feira, 15, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), passa a oferecer consultas e cirurgias oftalmológicas a pessoas com mais de 55 anos, através do atendimento de três unidades móveis Saúde para Todos.

Com a meta de realizar 1.300 cirurgias por mês, nove médicos e 60 outros profissionais, dentre instrumentadores, enfermeiros e anestesiologistas, estarão com as unidades móveis na cidade de Guaraí atendendo aos 23 municípios que compõem a Região de Saúde Cerrado Tocantins Araguaia.

O programa será executado em unidades móveis assistenciais, abrangendo todo o Estado do Tocantins, visando ofertar a população serviços oftalmológicos, clínicos e cirúrgicos, com valores estabelecidos na tabela unificada do Sistema Único de Saúde (SUS) e regulados pela Central de Regulação do Estado.

“O governador Marcelo Miranda determinou que a ação da oftalmologia fosse uma das primeiras a acontecer na área da Saúde e nós estamos muito felizes em poder concretizar essa ação. São procedimentos que serão realizados a preços SUS, pelos quais vamos pagar R$ 643 por cada cirurgia e vamos possibilitar que pessoas com problemas de visão voltem a enxergar”, disse o secretário Samuel Bonilha.

Entre os dias 15 e 19 vão ocorrer as consultas. Já as cirurgias devem ser realizadas entre os dias 16 e 21 de dezembro. Dentre os procedimentos a serem realizados estão cirurgias de catarata, tratamento clínico do aparelho da visão, terapia em oftalmologia, diagnose em oftalmologia, cirurgias de segmento posterior, retina e vítreo.

“A população das outras regiões pode ficar tranquila. Nós vamos chegar a todos os locais e levar atendimento a quem precisa”, reformou o secretário Samuel Bonilha.

 

NOVAS CAMAS

Para garantir uma melhor acomodação e conforto aos pacientes que procuram por atendimento em unidades hospitalares estaduais, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau),comprou 300 novas camas. Destas, 80 já foram entregues e distribuídas, sendo 40 unidades para o Hospital Geral de Palmas (HGP), 25 para o Hospital Regional de Paraíso (HRP), sete para o Hospital  Regional de Miracema (HRM) e três para o Hospital Regional de Guaraí (HRG).

No HGP, as camas já mudaram a realidade do local, que recebe pacientes vindos do interior do Tocantins e estados vizinhos como Pará, Mato Grosso e Maranhão, e já estão montadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). “Essas novas camas estão substituindo outras que tinham algum tipo de problema. Na UTI, elas facilitam a movimentação e o rápido acesso a realização de procedimentos, oferecendo mais conforto e mobilidade para médicos e enfermeiros cuidarem dos pacientes”, destacou a diretora geral do HGP, Renata Duran, acrescentando que as camas que foram substituídas serão reformadas para serem reaproveitadas em outros setores do hospital.

A diretora geral do Hospital Regional de Paraíso (HRP), Waldineide Pereira de França, também está contente com as camas que chegaram à unidade. “Por dia nós atendemos mais de 170 pessoas da Região de Saúde do Cantão e essas camas vão possibilitar mais conforto a quem procura por atendimento”, disse. A novidade do mobiliário agradou familiares de pacientes que estão internados.

 

NOVO SERVIÇO NO HOSPITAL INFANTIL

 

No Tocantins, as crianças de 0 a 11 anos, 11 meses e 29 dias que sofrem ou já sofreram algum tipo de violência agora poderão ser encaminhadas para um serviço de referência disponível no Hospital Infantil de Palmas (HIP). O Serviço de Atenção Especializada à Criança em Situação de Violência (Savi) conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e farmacêuticos capacitados para atender às crianças em variadas situações, seja de violência, física, psicológica, sexual e/ou negligência/maus tratos. A equipe do Savi realiza o acolhimento e o atendimento, providencia os encaminhamentos para exames e medicação de acordo com as necessidades e especificidades de cada caso, conforme as diretrizes e legislações vigentes, realiza a notificação, seguida do acompanhamento ambulatorial e acessa a Rede de Atenção, composta por serviços do Conselho Tutelar, Delegacia da Criança e do Adolescente, Instituto Médico Legal, dentre outros que se fizerem necessários.

 

TECNOLOGIA

Para oferecer procedimentos de intubação cada vez mais eficazes e de forma segura as equipes médicas do pronto socorro, centro cirúrgico e Unidade de Terapia Intensa do Hospital Geral de Palmas (HGP) passarão a utilizar o equipamento de vídeo laringoscopia. A tecnologia do aparelho possibilita ao profissional uma clara visão das vias aéreas para colocação do tubo no paciente.

Para capacitar os profissionais para utilização da nova tecnologia, médicos do HGP receberam treinamento para o manuseio do vídeo laringoscópio no procedimento de intubação e a equipe de enfermagem no suporte.  De acordo com a instrutora Conceição Marcondes, o vídeo laringoscópio é um dispositivo que facilita o acesso a via aérea e é usado pelos médicos para dar agilidade a progressão do tubo na traquéia. “O treinamento é para preparar a equipe médica para utilização do equipamento, que tem alguns detalhes técnicos que diferencia da laringoscopia tradicional”, destaca.

O médico José Atil disse que o treinamento foi importante.  “Com a utilização desse aparelho procedimento será facilitado, principalmente na sala vermelha, que é onde mais intubamos pacientes”, comenta.

O treinamento foi organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisa da Enfermagem (Cepen) do HGP e está contemplando contemplar as equipes diurnas e noturnas do hospital.

O vídeo laringoscópio é um equipamento portátil, operacional em segundos, com câmeras antiembaçantes apropriado a resistir a contaminação das lentes.

 

CENTRO CIRÚRGICO

Além disso, os equipamentos de foco cirúrgico, usados emprocedimentos complexos no centro cirúrgico do HGP, estão sendo trocados por outros mais modernos e uma TV de LCD está sendo instaladapara ser utilizada durante os procedimentos, com exibição de exames de imagem via sistema e de videolaparoscopia, procedimento de endoscopia no qual se visualiza a cavidade abdominal por meio de uma videocâmara.

Para melhorar ainda mais o atendimento, o hospital também recebeu um novo equipamento de autoclave, que será instalado nos próximos dias. O aparelho é importante no processo de esterilização dos instrumentais e paramentos utilizados pela equipe médica durante as cirurgias, oferecendo mais segurança aos profissionais e pacientes.

 

HGP ATENDE ALÉM DAS EXIGÊNCIAS

Mais 1500 pessoas que chegam ao HGP poderiam buscar atendimento em unidades básicas.

Queixas crônicas, resfriados, contusões, escoriações, dor de garganta, ferimentos que não requerem fechamento e mal-estar. Estas são algumas das queixas que levaram 1.782 pessoas a procurarem o Hospital Geral de Palmas (HGP) somente no último mês de outubro. Todas essas pessoas poderiam ter sido atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas ao procurarem o HGP, hospital de alta complexidade, contribuíram para filas desnecessárias e ocupação de profissionais que poderiam estar cuidando de casos com maior gravidade.

De acordo com dados do HGP, em outubro, a unidade recebeu 268 pacientes com classificação de risco azul e 1.514 com classificação de risco verde. A diretora geral do hospital, Renata Duran, destaca que “como o HGP é uma unidade porta aberta do Sistema Único de Saúde (SUS) realiza o atendimento, mas a mudança de atitude dessas pessoas seria uma grande contribuição para diminuir o fluxo de atendimento dentro da unidade”.

A não procura por uma unidade básica ou UPA, em alguns casos, ocorre por falta informação ou porque os pacientes acreditam que em um hospital maior o atendimento é mais rápido.  Em decorrência desta rotina, o HGP recebeu de janeiro a setembro de 2015 um total de 11.378 pacientes na classificação verde, que são casos considerados de baixa gravidade.

 

DIFERENÇAS

Para evitar a procura por atendimentos em hospitais de alta complexidade, quando o problema de saúde poderia ser resolvido em outras unidades, o cidadão pode observar as seguintes diferenças: unidade Básica de Saúde (UBS) é onde são realizados exames, consultas e acompanhamento médico, além de entrega de remédios e aplicação de vacinas. Funcionam de segunda à sexta-feira e sua utilização deve ser, por exemplo, em casos de traumas leves, sintomas leves de gripe, tonturas dor abdominal leve e mal-estar.

As UPAs são unidades de urgência e emergência para serviços de média a alta complexidade. Funcionam todos os dias, por 24 horas e sua utilização deve ser, por exemplo, em casos de parada cardiorrespiratória, trauma craniano, choques, dor torácica moderada, dor abdominal moderada e ferimentos com febre.

Os hospitais são unidades que deve atender casos de alta complexidade e emergência, encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde, UPAs ou por ambulâncias, além de fazer atendimento clínico geral em diversas especialidades. Tem mais recursos tecnológicos de intervenção (Centro cirúrgico e Unidade de Terapia Intensiva (UTI)), funcionam diariamente 24 horas e sua utilização deve ser em casos de risco à vida, acidentes graves de trânsito, atendimentos envolvendo ortopedia, neurocirurgia, oftalmologia, AVC (Acidente Vascular Cerebral).

No mês de outubro o HGP recebeu 268 pacientes com classificação de risco azul (pouco urgente, para atendimento preferencial nas unidades de atenção básica, esta classificação incluem-se queixas crônicas, resfriados, contusões, escoriações, dor de garganta, ferimentos que não requerem fechamento, entre outros), e 1514 com classificação de risco verde (pouco urgente, para atendimento preferencial nas unidades de atenção básica).

Todos esses pacientes deveriam ser atendidos em uma unidade de pronto atendimento ou de atenção básica e não estarem em um hospital de alta complexidade, no entanto o HGP realiza o atendimento porque é uma unidade porta aberta do SUS.

No mês de setembro na classificação verde, foram 1390 atendimentos em agosto 1228, em julho 1.188, em junho 938, em maio 1.414, em abril 1.271, em março 1.393, em fevereiro 1.237, e em janeiro 1.319.

Até o mês de outubro deste ano foram realizadas 2.978 cirurgias ortopédicas. Em 2014 foram 2.726 procedimentos.